O superfaturamento do FIES - ISTOE
Levantamento obtido por ISTOÉ revela que Ministério da Educação divulgou um número de favorecidos 8,57% maior que o total de estudantes beneficiados em 2015
Ludmilla Amaral ( O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. )
Nas vésperas do segundo turno das últimas eleições presidenciais, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) segurou dados e análises que mostravam um aumento da pobreza e da desigualdade no País. A justificativa oficial foi de que a lei eleitoral impediu a divulgação dessas informações. Mas o desconforto foi tanto que um diretor do Ipea pediu demissão. Essa não é uma prática que se resume a ano eleitoral. Um levantamento obtido com exclusividade por ISTOÉ pela Lei de Acesso à Informação revela que houve um superfaturamento das vagas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) no ano passado . Para o 1º e 2º semestres de 2015, o Ministério da Educação (MEC) divulgou que o número de bolsas disponíveis para estudantes universitários em todo o País que, somados, era de 314 mil. Segundo os dados consolidados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), foram preenchidas 287.123 mil vagas. Ou seja, 8,56% a menos do que o divulgado. Procurado pela reportagem, o MEC não justificou por que no número oficial há 27 mil contratos a mais. “Se isso se confirmar é muito grave do ponto de vista ético e de manipulação de dados”, diz o senador Cristovam Buarque (PPS-DF).
Acima alunos fazem fila em universidade para renovar o Fies no ano passado.
Juros negativos: a solução para a crise? ISTOE
No Japão e na Suécia, agora o investidor pode receber do banco menos do que aplicou. A dúvida é se a medida será capaz de fazer a economia acelerar
Mariana Queiroz Barboza ( O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. )
Num país com a maior taxa de juros reais do mundo como o Brasil – a Selic está em 14,25% ao ano –, ler que o Japão implementou juros negativos na terça-feira 16 pode soar absurdo. Enquanto por aqui os juros altos fazem parte do cenário recessivo, do outro lado do mundo a taxa negativa é uma solução para sair da crise. O primeiro impacto derrubou o valor do iene e das ações do setor financeiro, que vive de juros. Numa economia com deflação persistente, em que os consumidores adiam compras na expectativa de que no próximo mês elas estarão mais baratas, o governo do primeiro-ministro Shinzo Abe espera que, ao cobrar dos bancos comerciais uma taxa para manter suas reservas adicionais junto à autoridade monetária, ele dará novo fôlego à economia e levará a inflação perto da meta de 2%. De acordo com essa lógica, só assim os bancos estarão dispostos a emprestar dinheiro para as famílias e os empresários e estimular uma demanda doméstica cada dia mais fraca.
INCERTEZA
A primeira reação das bolsas japonesas foi ruim, mas a implementação dos
juros negativos é considerada até por Janet Yellen, do Fed (abaixo)
Macri seduz os empresários - até os brasileiros
Como a política econômica liberal do presidente argentino Mauricio Macri abriu caminho para tirar o país do isolamento nos mercados internacionais
Mariana Queiroz Barboza ( O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. )
No fim de janeiro, ao sair de uma conversa de 15 minutos com o novo presidente da Argentina, o liberal Mauricio Macri, no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, o presidente global da Coca-Cola, Muhtar Kent, fez um anúncio. Nos próximos quatro anos, a companhia vai investir US$ 1 bilhão no país. “Isso mostra mais uma vez nosso comprometimento com o desenvolvimento econômico e social na Argentina”, disse Kent. A Coca-Cola, que, em 2015, colocou US$ 16 milhões na operação argentina, vai construir uma nova fábrica de engarrafamento, dois centros de distribuição e sinalizou interesse na compra de empresas locais do setor não-alcoólico. De Davos, também saíram encantados com Macri o presidente da Alphabet, Eric Schmidt, e a chefe operacional do Facebook, Sheryl Sandberg, que discutiram planos para abrir novas vagas de trabalho e ampliar o alcance da internet no país.
EM ALTA
Em dois meses na presidência da Argentina, Macri (acima) reconquistou a
confiança dos investidores. Abaixo, Muhtar Kent, presidente mundial da
Coca-Cola, que anunciou que injetará US$ 1 bilhão no país
"FHC é um bom pai" / ISTO´´E
"FHC é um bom pai"
O Brasil descobriu que Fernando Henrique Cardoso é um excelente pai, graças à indiscrição da jornalista Miriam Dutra. Em entrevista à “Brazil com Z”, Miriam desenterrou algo que FHC jamais escondeu: o romance extraconjugal que os dois mantiveram na década de 1980. Dessa relação amorosa nasceu Tomás, hoje com 25 anos. Ao tentar dar ares de novidade a uma história já explorada, Miriam acabou apresentando FHC como um pai amoroso com o filho – que nem é dele, conforme atestam dois exames de DNA. Apesar dos resultados negativos, o relacionamento entre o ex-presidente e Tomás seguiu harmonioso. Ao contrário do que Miriam tenta mostrar, FHC nunca a deixou sem farta assistência e lhe dava mensalmente US$ 3.000. Ela diz que para receber o dinheiro, teve de manter um contrato fictício com a empresa Brasif Exportação e Importação. FHC afirma que os recursos integravam e integram rendas legítimas.
Haddad e Tatto por improbidade na ciclovia que custou R$ 54 milhões
O Ministério Público do Estado requereu à Justiça, em ação civil, a condenação do prefeito Fernando Haddad (PT) por suposta improbidade administrativa na contratação da Jofege Pavimentação e Construção Ltda. para ampliação da malha cicloviária da cidade de São Paulo, com a criação de cerca de 400 quilômetros de vias especiais. A ação mira a ‘Operação Urbana Consorciada Faria Lima’, trecho Ceagesp-Ibirapuera, com extensão de 12,4 quilômetros, ao custo de R$ 54,78 milhões, ou R$ 4,4 milhões o quillômetro A Promotoria pede também a condenação do secretário municipal de Transportes Jilmar Tatto, do ex-secretário municipal de Coordenação das Subprefeituras Ricardo Teixeira, do ex-chefe de Gabinete da Secretaria Valter Antonio da Rocha e da Jofege Construção. O ESTADO DE SP
O fator 'amante' - Eliane Cantanhêde
Quase 30 anos depois, eis que uma nova Miriam (agora com N) adentra a vida política nacional com histórias sobre relações perigosas, filhos fora do script e abortos clandestinos. Na campanha de 1989, Miriam Cordeiro foi usada e se deixou usar covardemente por Fernando Collor contra seu adversário do segundo turno, Luiz Inácio Lula da Silva. No desastre político e econômico de 2016, chega da Europa a voz de Mirian Dutra, dando de bandeja para o PT de Lula munição contra Fernando Henrique Cardoso.
O mundo dá voltas, a política é estonteante e os métodos que o PT e o País condenavam contra aquele Lula de antigamente são agora assimilados como válidos e pertinentes contra os adversários deste Lula de hoje em dia – e com a rapidez e a irresponsabilidade típica das redes sociais. Quem te viu, quem te vê? Sem entrar em questões de ordem íntima e moral, que dizem mais respeito a pessoas, casais e famílias, as recentes declarações da jornalista Mirian Dutra, amante de Fernando Henrique nos anos 1980 e 1990, podem vir a ser um fato político importante, com repercussão nada desprezível na barafunda que o País vive.