EXAME/IDEIA: Para 73%, aprovação do governo depende de uma vacinação mais rápida
Por Gilson Garrett Jr. / exame
Aumentar a velocidade da vacinação contra a covid-19 é o item mais importante para 73% dos brasileiros na hora de avaliar positivamente o governo do presidente Jair Bolsonaro. Para 27%, a volta do pagamento do auxílio emergencial é decisiva para analisar a qualidade do trabalho do chefe do Executivo.
Os dados são da pesquisa inédita EXAME/IDEIA, projeto que une Exame Research, braço de análise de investimentos da EXAME, e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. O levantamento ouviu 1.200 pessoas entre os dias 9 e 11 de fevereiro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Do total de entrevistados, 65% consideram que a aplicação da vacina está atrasada, 19% acham que está dentro do prazo, e somente 4% consideram que o processo está adiantado. Sobre a perspectiva de imunização, 42% acreditam que serão vacinados até o meio do ano, 18% acham que só no próximo semestre, e 17% somente em 2022. Há ainda uma parcela, de 24%, que não sabe quando será vacinada.
“Um tema unifica o país: a sensação de atraso da vacinação contra a covid-19. Entre os que desaprovam o presidente Bolsonaro, esse número alcança 78%. Podemos inferir que a vacinação seguirá como a variável-chave de avaliação presidencial”, explica Maurício Moura, fundador do IDEIA.
Moura ainda pontua que a necessidade de que a vacinação seja célere é mais pertinente que a volta do auxílio emergencial nos estrados de escolaridade e de classe social altas. Das pessoas com ensino superior, 84% entendem que a velocidade da vacina é mais importante para avaliar Bolsonaro. Para 54% das classes D e E, a volta do auxílio seria mais decisivo para aprovar a gestão do presidente.
“Nas classes de renda mais baixa, os respondentes se dividem estatisticamente entre o auxílio e a vacina. Obviamente é uma simulação de preferências. Na vida real ambos podem andar em paralelo, mas dá a exata percepção da relevância de acelerar a vacinação”, explica.
A primeira pessoa imunizada contra o coronavírus no Brasil recebeu a dose no dia 17 de janeiro. De lá para cá, o país vacinou mais de 4,3 milhões de pessoas. Este valor equivale a 2,04% da população brasileira. Israel é o país que mais vacinou no mundo, com 42% da população imune, seguido do Reino Unido (19%), Bahrein (12%), e Estados Unidos (10%). Os dados são de um levantamento feito pela Universidade de Oxford.
Aprovação de Bolsonaro
Com o ritmo lento de vacinação e sem uma definição clara se o auxílio emergencial irá voltar, a avaliação do presidente Jair Bolsonaro está em 27%. O percentual indica uma ligeira queda desde a última pesquisa EXAME/IDEIA do fim de janeiro, quando estava em 29%. A oscilação é dentro da margem de erro da pesquisa, que é de três pontos percentuais, portanto é considerada estável.
A desaprovação passou de 42% para 44%. Aqueles que nem aprovam nem desaprovam eram 24% na última pesquisa, e agora somam 26%.
“A avaliação do presidente Jair Bolsonaro segue estável, oscilando na margem de erro. É importante notar a vulnerabilidade que se apresenta no Nordeste, com 21% de aprovação e 46% de desaprovação. O efeito do fim do auxílio certamente já foi sentido nesta região”, diz Maurício Moura.
Em uma outra questão da pesquisa, em que é abordado o auxílio emergencial, 48% acreditam que o benefício será concedido novamente. Entre os entrevistados, 66% esperam que o pagamento volte neste semestre.
Na quinta-feira, 11, o presidente Bolsonaro disse, em um evento em Alcântara (MA), que o governo estuda renovar o auxílio emergencial. O pagamento poderia começar a partir de março e seria feito em três ou quatro parcelas. Mas para isso, ele disse que é preciso “responsabilidade fiscal”.
Pela primeira vez, a pesquisa também fez uma comparação da avaliação do presidente em regiões metropolitanas de capitais, interior e litoral. A aprovação é maior no interior, chegando a 31%. Nas regiões das capitais, a avaliação positiva é de 24%. Já nas cidades litorâneas, a aprovação fica em 13%.
Eleição da presidência do Congresso
A pesquisa EXAME/IDEIA também questionou os brasileiros sobre a eleição para a presidência do Congresso Nacional, realizada na semana passada. Mais da metade dos entrevistados, 53%, não sabem que o deputado Arthur Lira (PP-AL) e o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) são os novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, respectivamente.
Os entrevistados foram questionados se esta troca no comando do poder Legislativo vai mudar a situação do país. Para 31%, a situação vai continuar igual, 33% acham que vai ficar melhor, e 24% acham que vai piorar.
Todos os resultados da pesquisa EXAME/IDEIA serão debatidos por um grupo de especialistas nesta sexta-feira, 12, a partir do meio-dia, em uma sala da plataforma Clubhouse. Clique aqui para acessar.
Sobre a arte de governar - FABIO GIAMBIAGI
No diálogo com meus colegas, costumo ser criticado amistosamente pela minha tendência a “fulanizar” as análises sobre política. Ora da parte dos mais velhos, treinados no campo do determinismo histórico, ora por parte dos mais novos, que por vezes tendem a achar que o mercado sempre domestica o processo decisório, sou objeto de questionamentos quando tendo a destacar a força dos nomes.
Embora ciente da importância dos processos históricos e conhecedor dos condicionantes impostos pelo mercado, continuo pensando que o nome do Presidente faz a diferença em muitos países - para o bem ou para o mal.
Muito já se escreveu sobre como os EUA se beneficiaram pelo fato de terem tido entre os "founding fathers" uma das mais extraordinárias gerações de políticos surgidas num único país mais ou menos na mesma época. O país não seria o que é hoje se na origem não tivesse contado com a sabedoria e a habilidade de gente do quilate de George Washington, Alexander Hamilton, James Madison, Thomas Jefferson, Benjamin Franklin e John Adams.
Esses homens tiveram um misto de liderança, percepção acerca das necessidades do país, intuição política, flexibilidade e a dosagem certa entre princípios e capacidade de fazer concessões, requerida para que um país avance.
Com o tempo, outros atributos passaram a ser necessários para ser um bom líder político de um país. O debate entre Kennedy e Nixon trouxe, há seis décadas, a irrupção do domínio da imagem como um elemento chave para a sedução do eleitorado; e, naturalmente as questões associadas à gestão se tornaram cada vez mais importantes, a medida em que as sociedades e o mundo se tornaram mais complexos.
Antônio Carlos Magalhães, em matéria de política um PhD, dizia que “a arte da política consiste em saber dar a cada um o que ele espera de você. Alguns querem um emprego. Outros querem dinheiro. Há um terceiro tipo, que busca poder, prestígio, até um carinho.
Se você confundir as demandas e oferecer dinheiro a quem quer carinho, ou poder a quem quer emprego, arrumará um inimigo”. Noves fora a dúvida do que pode significar “dinheiro” dependendo do contexto, é por isso que governar é uma arte. E é por isso que F. H. Cardoso denominou de “A arte da política” o seu primeiro livro escrito com reflexões sobre o tema após sair da Presidência.
Nele, o autor escreve: “O Presidente precisa ter equilíbrio para perceber que as obstruções, emendas e negaças do Legislativo muitas vezes propiciam entendimentos que melhoram os resultados. Nem sempre, é verdade. Neste caso, cabe ao Presidente bater o pé, dentro das regras do jogo... É por isso que nas democracias a luta é contínua e as melhoras são incrementais”.
O exercício da liderança política de um país requer uma combinação de capacidade de persuasão, ascendência sobre os atores políticos, inteligência emocional no mais alto grau, reconhecimento das limitações do cargo, potencial de sedução do eleitorado, charme, atributos gerenciais, disposição ao diálogo, raciocínio estratégico para saber aonde se quer chegar, domínio da tática para definir onde se pode ceder, conhecimento dos diferentes aspectos da gestão pública – com ênfase na saúde, na educação e na segurança – e – last but not least – uma fonte inesgotável de paciência para os avanços e recuos que fazem parte do dia a dia ao longo de um mandato.
Esta é minha primeira coluna neste espaço que o jornal me abriu. Aqui falaremos de economia. Quem escreverá é um tecnocrata que aprendeu ao longo de quase quatro décadas de exercício da profissão que o economista pode palpitar, mas quem comanda uma Nação é a política.
Da interação entre esses dois campos depende o futuro dos países. É por isso que este primeiro artigo desta etapa trata desse assunto, a caminho de um ano chave para o Brasil (2022). Tentarei dar minha modesta contribuição, neste espaço, para que o leitor entenda os meandros dessa interação.
Boa viagem a todos nós nessa jornada.
A maturidade do BC -
Decorridos 56 anos desde sua criação e depois de laboriosa trajetória de construção e legitimação institucional, o Banco Central brasileiro terá sua autonomia reconhecida em lei. Embora não se trate de panaceia, ficam reforçados os pilares da gestão monetária responsável, com benefícios para a estabilidade econômica e o bem-estar social.
Em votação final pela Câmara dos Deputados, o projeto foi aprovado por ampla maioria, de 339 a 114, evidência nem tanto de convicção dos parlamentares, mas da força da nova aliança do presidente Jair Bolsonaro com o centrão. Mesmo assim, a escolha da autonomia como teste da coalizão não deixa de refletir a decantação do tema.
O texto, que segue para sanção presidencial, estabelece a estabilidade de preços como objetivo principal da autoridade monetária. Subsidiariamente, e dentro de suas possibilidades, o BC também deverá zelar pela estabilidade e eficiência do sistema financeiro, suavizar flutuações econômicas e fomentar o pleno emprego.
A hierarquia é correta para evitar conflitos entre vários objetivos e o risco de elevação das expectativas de inflação. Trata-se de orientação consolidada na lista amplamente majoritária de países desenvolvidos que optaram pela autonomia de seus bancos centrais.
Outro dispositivo fundamental é a definição de mandatos de quatro anos para o presidente e a diretoria, não coincidentes entre si nem com o do presidente da República, permitida uma recondução.
O Planalto continua a indicar os dirigentes, que precisam ser aprovados pelo Senado, mas a demissão fica mais difícil. O BC também deixa de ser vinculado ao Ministério da Economia e passa a ter status de autarquia de natureza especial, sem subordinação hierárquica. Fica assim reforçada a blindagem contra interferências políticas.
Não procedem os argumentos de falta de controle democrático, já que o poder político eleito continuará a indicar os executivos e a definir a meta de inflação. Ao órgão caberá apenas o uso dos instrumentos de que dispõe —principalmente o controle da taxa básica de juros— para cumprir o comando que recebeu.
A autonomia, para ser sólida, também deve ser resultado de avanços institucionais que se acumulam no tempo. Um dos mais fundamentais é a proibição de que a autoridade monetária financie diretamente o governo, algo já consagrado na legislação brasileira.
A contrapartida a se exigir dos dirigentes do BC, ainda mais agora, é o compromisso com a transparência. Reuniões gravadas e tornadas públicas ao longo do tempo, clareza quanto aos métodos e decisões e conduta austera dos dirigentes podem e devem ser reforçadas.
Com salto nas festas de fim de ano, Covid-19 se espalha de forma igual por todas as regiões e classes sociais em SP
A Covid-19 se espalhou em toda a cidade de São Paulo e agora atinge de forma equivalente pessoas de regiões, renda, escolaridade e cores diferentes.
O dado é da fase dois do inquérito sociológico da capital. O estudo, que faz exames para detectar se os moradores da cidade já tiveram contato com o novo coronavírus, mostra, por exemplo, que a diferença de prevalência, ou do percentual de pessoas já contaminadas, entre pretos, pardos e brancos passou a ser residual.
De acordo com os números, 14,5% dos pretos e pardos testados nesta fase do inquérito já tiveram contato com o novo coronavírus, contra 13,3% de brancos.
No estudo anterior, apresentado em janeiro, o percentual era de 15,6% e 12,8%.
Houve aproximação também na prevalência de Covid-19 nas regiões de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) médio e baixo.
O percentual de infectados nos locais de IDH médio saltou de 10,9% em janeiro para 16,4% nos resultados finalizados na terça (9). Ele se iguala, portanto, aos bairros de IDH baixo, onde chegou a 16,2%.
Já em regiões de alta renda, com IDH alto, a prevalência foi de 6,3% —ainda abaixo dos locais menos favorecidos.
A região centro-oeste registrou o maior salto: de 8,1% no começo de janeiro para 17,2% agora.
O estudo revela ainda que 72% dos examinados disseram sair de casa apenas para trabalhar ou fazer atividades essenciais, contra 15% que afirmam não sair de casa e 13% que admitem ir às ruas sem qualquer restrição.
A Covid-19 atinge com mais força essa população, chegando a 19,2% entre os que saem de casa com frequência.
Entre os que dizem não sair de casa, a prevalência é de 11,4%. E entre aqueles que afirmam apenas trabalhar ou fazer atividades essenciais, ela chega a 13,6%.
O percentual é maior entre os que frequentam atividades religiosas: 22,4%.
O inquérito questionou as pessoas também sobre seus contatos sociais. A maioria (61,7%) respondeu que vê apenas grupos restritos de amigos ou colegas de trabalho. Outros 29,9% afirmaram que só se encontram com as pessoas que moram na mesma casa. Apenas 8,4% disseram não restringir contatos.
Entre os que encontram as pessoas sem qualquer tipo de restrição, 20% já pegaram o novo coronavírus, contra 9,5% que não recebem a visita sequer de familiares e têm contato apenas com aqueles que moram sob o mesmo teto.
Pazuello derrapa e dá força à CPI da Covid-19
Coluna do Estadão
12 de fevereiro de 2021 | 05h00
O desempenho de Eduardo Pazuello no Senado surpreendeu negativamente até os governistas. Havia a expectativa de que o ministro conseguisse arrefecer o clamor pela CPI da Covid-19, mas o sentimento foi na contramão. Senadores próximos a Rodrigo Pacheco (DEM-MG) acham que ainda é cedo para ele botar a comissão para andar. Afinal, acabou de assumir o comando da Casa com o apoio do Planalto. Mas é quase consenso entre os senadores: se a vacinação não deslanchar e a pandemia continuar se agravando, Pacheco terá de se mexer.
Como? Pazuello também surpreendeu secretários estaduais e municipais ao anunciar, no Senado, que os leitos de UTI para pacientes com covid-19, desabilitados pela pasta, podem continuar sendo usados pelos Estados porque o ministério custeará o uso por meio de reembolsos.
Veto. O modelo, no entanto, não agradou. Para o presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), Carlos Lula, os Estados, que enfrentam grande aperto financeiro, não terão como pagar e esperar para receber depois. Há ainda questões técnicas envolvidas.
Ué? O ministro deu a informação aos senadores sem ter comunicado os gestores locais, segundo relatos ouvidos pela Coluna.
Novo auxílio deve ter quatro parcelas de R$ 250; contrapartidas virão em 2 PECs
12 de fevereiro de 2021 | 05h00
BRASÍLIA - Governo e lideranças do Congresso avançaram nas negociações para a concessão de mais uma etapa do auxílio emergencial com valor de R$ 250 em quatro parcelas, com custo total de cerca de R$ 30 bilhões. O benefício deve começar a ser concedido em março com término em junho.
Já há entendimento político de que a concessão do auxílio terá de ser dada por meio da aprovação de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de orçamento de guerra, semelhante, mas não igual à aprovada em 2020. Na prática, o orçamento de guerra permitiu que o governo ampliasse os gastos no combate à pandemia livre das “amarras” das regras fiscais.
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Agora, as medidas de contrapartidas de corte de despesas e de renúncias fiscais, cobradas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, serão divididas em duas etapas.
A “PEC de guerra”, que se espera esteja aprovada até a primeira semana de março, conterá uma versão mais compacta de medidas fiscais com base em um texto que já está no Senado, o do pacto federativo, que tem como relator o senador Márcio Bittar (MDB-AC).
Essa PEC terá a cláusula de calamidade e permitirá que os gastos para o pagamento do auxílio não sejam incluídos no espaço no teto de gastos, a regra que impede o crescimento das despesas acima da inflação, nem no Orçamento de 2021.
A segunda PEC conterá a outra parte das medidas mais duras de corte de despesas, com o objetivo de sustentar a sobrevivência do teto de gastos até 2026. As lideranças buscam fechar um compromisso para que essa segunda PEC fiscal esteja aprovada até junho, quando terminará o pagamento do auxílio. A ideia é consolidar o que os líderes do governo têm chamado de “fortalecimento das âncoras fiscal e monetária”, com a garantia da sobrevivência do teto de gastos e aprovação da autonomia formal do BC.
A expectativa é de que até o fim da próxima semana a divisão das medidas entre as duas PECs esteja concluída. Segundo fontes envolvidas nas negociações, esta semana de discussões entre Guedes e lideranças do Congresso termina com o consenso de que o instrumento legal para o pagamento do auxílio emergencial é via “PEC de guerra”. Pareceres da área jurídica do Ministério da Economia e da Advocacia-Geral da União (AGU) apontaram essa necessidade. Consultoria do Senado também deverá apresentar parece nessa direção.
Nessa primeira PEC, será retomado o estado de calamidade com as medidas de ajuste. Detalhes técnicos do que será aproveitado da PEC que deu origem ao orçamento de guerra ainda estão sendo discutidos entre o governo e os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
O mundo político queria o valor do auxílio em R$ 300 em seis parcelas, enquanto o ministro Guedes de R$ 200 em três parcelas. O meio termo deve prevalecer, segundo apurou a reportagem. Ou seja, devem ser pagas quatro parcelas de R$ 250. O presidente Jair Bolsonaro em discurso ontem deu o tom da estratégia ao falar que “não basta apenas conceder mais uma período de auxílio, mas é preciso ter responsabilidade fiscal”. Bolsonaro disse que uma nova rodada do auxílio emergencial deve ser paga a partir de março e por um período de até quatro meses. A leitura na área econômica é de que as medidas fiscais serão aprovadas na primeira e na segunda PEC.
Bolsa Família
Está descartado o movimento inicialmente de ampliação agora do Bolsa Família, que ficará para o segundo semestre depois do fim do auxílio. Até o fim da semana que vem, também deverão estar fechados os parâmetros do público-alvo do novo auxílio.
A ideia é pagar para todas as famílias que são elegíveis ao Bolsa Família (cerca de 19 milhões) mais 11 milhões de informais que, se calcula, estão ainda enfrentando dificuldade por conta da pandemia. A dificuldade maior é identificar quem de fato nesse grupo precisa do auxílio agora. Vários recortes de público estão sendo feitos com base nos dados do Cadastro Único e nos pagamentos que foram feitos no auxílio anterior.
Com a PEC aprovada, o pagamento do auxílio será feito por meio de contratação de dívida, sem que as despesas passem pelo Orçamento de 2021.