BC perde R$ 89,7 bi com intervenções no câmbio em 2015
O Banco Central (BC) teve perda de 89,7 bilhões de reais com suas intervenções no mercado de câmbio em 2015, segundo contas da autoridade monetária pelo regime de caixa divulgadas nesta quarta-feira. Trata-se da maior perda anual na série histórica, que tem início em 2003. De maneira geral, o BC tem perdas com os swaps cambiais (modalidade de venda futura de dólar) quando a moeda americana avança em relação ao real. Em 2015, o dólar subiu 48,5%, a maior apreciação em treze anos.
Esse custo pesa sobre a dívida bruta do governo brasileiro, métrica que ganhou importância no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff e é acompanhada de perto pelas agências de classificação de risco.
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No caso da dívida líquida, porém, os gastos são compensados pela valorização das reservas internacionais, que acompanham a trajetória da moeda dos EUA. Em 2015, o resultado líquido das reservas internacionais -- que desconta os custos de captação -- somou 260 bilhões de reais, o maior resultado para a série histórica, que vai até 2008. Com isso, as operações cambiais do BC resultaram em ganho de 157,3 bilhões de reais no ano passado, também recorde no período. veja
Governo vai ao STF para suspender pagamento de seguro a pescadores
A presidente Dilma Rousseff apresentou nesta quarta-feira (6) uma ação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para manter suspenso por 120 dias o defeso, período em que pesca é proibida para preservar a reprodução dos peixes. Por consequência, o governo deixaria de pagar o seguro-defeso, benefício da Previdência concedido no período da proibição. A ação visa derrubar um decreto legislativo aprovado em dezembro pelo Congresso que anulava os efeitos de uma portaria dos Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente que também suspendiam o defeso e o pagamento do seguro. Conforme a ação, o pagamento do benefício traria um impacto de R$ 1,6 bilhão aos cofres públicos, que seriam pagos a partir da próxima segunda-feira (11), além de outros R$ 3 milhões em custos operacionais.
Prefeitura não paga empréstimos e deixa servidores com nome no SPC
O contracheque da professora Ana Carla Nery mostra que a parcela de R$ 270,47 tem sido descontada todo mês direto na folha de pagamento. Ela pegou o empréstimo consignado com a prefeitura de Barra Mansa, RJ, há dois anos para comprar um carro, mas desde o fim do ano passado descobriu que o nome estava no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). "Há poucos dias fui na farmácia para comprar remédio para a minha filha, eu tenho uma filha especial, e não consegui comprar. Eu perguntei porque e eles disseram que não podia porque tinha restrição. Eu liguei. Fui na Caixa Econômica ontem e realmente estou com três prestações em atraso".
O mesmo aconteceu com Cândida Mara Bruno de Paiva. Ela só soube do problema quando tentou fazer crediário em uma loja e passou pelo constrangimento que o nome também estava no SPC. "Um susto imenso porque eu não costumo atrasar prestação nenhuma que eu faço", disse.
Conta de luz deve subir até 15% em 2016
Apesar da folga no abastecimento de energia, a conta de luz dos brasileiros deve seguir aumentando em 2016. A previsão da consultoria Thymos Energia é que o reajuste médio das distribuidoras fique entre 3% e 15%, a depender da região atendida. O número está muito abaixo dos mais de 50% registrados em 2015, quando a combinação de energia térmica cara, empréstimos a distribuidoras, dólar mais alto e fim de aportes do Tesouro Nacional ao setor formou a tempestade perfeita.
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Mas contrasta com o preço no mercado de curto prazo, utilizado para fechamento de contas no setor e que obedece apenas a critérios de oferta e demanda. A cotação deve ficar perto do piso regulatório de R$ 30 por megawatt-hora (MWh), nas contas da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Na maior parte de 2015, esse valor ficou próximo do teto de R$ 388/MWh.
Firmes no atraso / Opovo
Entre os oito Objetivos do Milênio (conjunto de metas que deveriam ter sido alcançadas em 2015) estipulados há 15 anos pela ONU, um deles em especial (“Garantir a sustentabilidade ambiental”) apresentou resultados que indicam de forma irrefutável o quanto o Brasil ainda mantém indicadores típicos do subdesenvolvimento. No âmbito da questão ambiental, o saneamento é um ponto que merece especial atenção. Por todos os parâmetros, o quadro nessa área é crítico. Hoje, na média, apenas 49% da população brasileira têm acesso a esgoto sanitário coletado de forma adequada. Incluam-se nesse rol as questionáveis fossas sépticas. Os dados são do Instituto Tratar. Olhando a questão pelo lado inverso, significa dizer que 51% dos brasileiros não têm acesso aos serviços de esgoto. Ou seja, estão submetidas a padrões comuns à Idade Média. São evidentes e conhecidos os problemas que o não acesso ao saneamento provoca na saúde pública.
'Um susto!', diz paraibano processado por empresa de Roberto Carlos
“Pense em um susto que eu levei!”. Foi assim que o empresário paraibano Roberto Carlos Dantas Barbosa disse que reagiu ao saber que estava sendo processado por uma empresa do cantor Roberto Carlos por causa do nome de uma imobiliária na cidade do Conde, Litoral Sul paraibano. A história do processo começou em maio de 2014 e chegou ao fim em dezembro de 2015, quando a Justiça de São Paulo julgou como improcedente a ação do cantor. O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa de Roberto Carlos, que informou que estava aguardando um retorno da assessoria jurídica da empresa do cantor para se posicionar a respeito do caso. Roberto Carlos, o paraibano, é dono de uma imobiliária desde 2009 e a empresa possui o nome do proprietário. “Trabalho como corretor de imóveis desde 2007. Quando fui abrir minha própria empresa, decidi colocar o meu nome, uma vez que é algo bastante comum no ramo. Na época, e até o ano passado, não imaginava nunca que iria ter algum problema por causa disso”, contou.