Prazo para médias empresas fecharem folha no eSocial acaba nesta quinta-feira(07)
Pela primeira vez, 1,24 milhão de empresas de médio porte terão de fechar a folha de pagamento no novo sistema do eSocial, plataforma que unifica a prestação de informações por parte dos empregadores e reduz a burocracia. O prazo para processar as folhas dos trabalhadores acaba nesta quinta-feira (07).
Segundo a Receita Federal, que administra o eSocial, o novo sistema elimina 15 informações periódicas que os empregadores eram obrigados a fornecer ao governo. Adotado para empregadores domésticos em 2015, o eSocial está sendo expandido gradualmente para todos os empresários.
As médias empresas, que faturam de R$ 4,8 milhões a R$ 78 milhões, e as pequenas empresas que não fazem parte do Simples Nacional começaram a aderir ao eSocial em julho do ano passado. Depois de passarem os últimos meses incluindo os dados das empresas e de cada trabalhador no sistema, os empregadores passarão a fechar as folhas de pagamento pelo eSocial.
Dança das cadeiras: 12 senadores mudam de partido e novas legendas ganham poder
Renan Truffi, Matheus Lara e Paulo Beraldo, O Estado de S.Paulo
07 Fevereiro 2019 | 10h50
Mesmo após uma eleição marcada pelo discurso de novas práticas políticas, 12 senadores já trocaram de partido desde outubro do ano passado. O troca-troca partidário mudou a dinâmica de forças entre as bancadas da Casa, diminuindo a importância de siglas tradicionais, como o PSDB, e colocando em destaque novos grupos partidários, a exemplo do Podemos e do PSD.
A forte renovação obtida em 2018 – apenas 8 dos 54 senadores foram reeleitos – não evitou que uma parcela significativa desses parlamentares protagonizasse ‘traições’ partidárias ou acordos envolvendo 12 partidos. A dança das cadeiras envolve tanto figuras tradicionais, como o ex-presidente Fernando Collor (AL), como os estreantes Jorge Kajuru (GO) e o Capitão Styvenson (RN). Com as mudanças, cinco siglas foram "expulsas" do Senado: PTC, PRP, PHS, PTB e Solidariedade. Todas saíram das urnas com pelo menos um senador, mas começaram o ano legislativo esvaziadas.
O PTB, partido do ex-deputado Roberto Jefferson, conhecido pelo envolvimento no caso do "mensalão", é a mais prejudicada. A legenda elegeu dois novos senadores em outubro e, como já tinha um parlamentar em meio de mandato, terminou 2018 projetando uma bancada de três parlamentares, o que lhe garantiria uma estrutura de liderança partidária – com gabinete próprio e cargos em comissão. Nesses 90 dias, porém, a sigla perdeu seus três senadores, sendo dois deles para o PSD, e perdeu representação na Casa. O Broadcast Político apurou que Roberto Jefferson, irritado, tentou reverter as saídas, mas não conseguiu.
Sítio foi mais usado por Lula do que por proprietário, diz Gabriela Hardt
Ao condenar o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva a 12 anos e 11 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, a juíza federal Gabriela Hardt afirmou que a família do petista “usufruiu do imóvel como se dona fosse”. “Inclusive, em 2014, Fernando Bittar alegou que sua família já não o frequentava com assiduidade, sendo este usado mais pela família de Lula”, anotou a juíza. A magistrada afirmou, no entanto, que a ação penal não “passa pela propriedade formal do sítio”.
Em sentença, Hardt considerou que o valor de R$ 1 milhão empregado por OAS, Schahin e Odebrecht no Sítio Santa Bárbara foram propinas em benefício do ex-presidente. Ela ressalta que a denúncia oferecida pela Operação Lava Jato narra “reforma e decoração de instalações e benfeitorias” que teriam sido realizadas em benefício de Luiz Inácio Lula da Silva e família. “O registro da propriedade do imóvel em que realizadas tais reformas está em nome de Fernado Bittar, também réu nos presentes autos, pois a ele imputado auxílio na ocultação e dissimulação do verdadeiro beneficiário”, anotou.
Mentiras políticas / VEJA
Políticos precisam mentir. Somos protegidos por algumas mentiras. Outras disfarçam a natureza não-cooperativa, agressiva, do mundo político. Tão comuns quanto mentiras são pequenas atitudes, pequenos eufemismos, que permitem a convivência pacífica entre Joices Hasselmans (PSL) e Paulos Teixeiras (PT).
Três exemplos são didáticos.
Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, quer transparência sobre os valores que beneficiários da anistia da ditadura militar recebem. Por enquanto, apenas os nomes são divulgados. A ideia de Damares é contra o espírito do governo em relação à transparência de dados governamentais, mas está muito bem alinhada com um revanchismo bobo – pois surgiu após Dilma Rousseff (PT) pleitear indenização. Veredito: Damares engabelou bem nessa.
O novo líder do governo se chama Major Vitor Hugo (PSL). Foi indicado ao cargo pelo presidente por motivos pessoais – sabe-se lá quais. Ontem sua assessora Carminha disparou um zap convidando líderes partidários para uma reunião. Distinguiu líderes do “apoio consistente” (presumidamente ideológico) e os de “apoio condicionado” (presumidamente fisiológico). Ninguém foi. Veredito: faltaram eufemismos, honrarias, decoros.
Por fim, Fernando Haddad (PT). O candidato derrotado nas eleições presidenciais do ano passado fez uma grave acusação a Jair Bolsonaro. Segundo Haddad, ele teria pedido pessoalmente dinheiro ilegal para fazer campanha via whatsapp. Suas palavras exatas foram: ““Nós vamos levar ao conhecimento da Justiça todos os indícios, alguns que estão nos chegando agora de reuniões que ele… de viva voz pediu apoio via WhatsApp, ou seja, ele próprio em jantares com empresários fez um pedido para que a atuação fosse feita dessa maneira, de forma ilegal”. O público espera, há mais de três meses, as provas sobre essa acusação de Haddad. Veredito: parece verídico, mas por enquanto é mentira. VEJA