Gilmar pede providências a Toffoli sobre declarações de senador Kajuru à imprensa
19 de março de 2019 | 19h57
BRASÍLIA - No mesmo dia em que foi protocolado no Senado o requerimento para criação da CPI da Lava Toga, nesta terça-feira, 19, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu à presidência da Corte, ministro Dias Toffoli, para que sejam tomadas providências sobre uma entrevista concedida pelo senador Jorge Kajuru (PSB/GO) a uma rádio, na qual o parlamentar afirma que Gilmar será o "primeiro a ser questionado" pela CPI, que tenta emplacar uma investigação contra o "ativismo judicial" dos tribunais superiores. Cabe ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), determinar se a comissão será criada.
O ofício enviado ao ministro Dias Toffoli descreve que a entrevista foi concedida no último domingo, 17. Nele, há trechos com a transcrição das falas de Kajuru, em que diz que Gilmar "vende sentenças". "De onde você tirou esse patrimônio? Da Mega Sena? De herança, de quem você tirou, Gilmar Mendes? Foram das sentenças que você vendeu, seu canalha!", diz parte da entrevista do senador.
A chuva floresce um gosto de sertão
Numa terra que carece de água, chuva é bom presságio, é terra molhada, é Caatinga verde, é alegria de menino debaixo de bica. A chuva é acalanto e, para as bandas de cá, é mais: é parte do que é ser cearense. Gostar do dia branco é identitário. E hoje, nesse 19 que se celebra o padroeiro São José, é desses dias que a esperança sertaneja que se acumula no coração sangra feito açude cheio.
"A chuva é sempre benfazeja. No Ceará, é prova da existência e da misericórdia dos deuses. Eu ousaria parafrasear o samba e dizer que no Ceará, quem não gosta de chuva 'é ruim da cabeça ou doente do pé'. A chuva é a esperança de dias melhores", deságua o professor, jornalista, escritor, pesquisador e doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC de São Paulo, Gilmar de Carvalho.
Chuva deve abastecer Capital sem ajuda do Castanhão
As recentes chuvas no Estado trouxeram um fôlego no abastecimento de municípios mais próximos ao litoral. Dos 18 reservatórios cearenses monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) que, hoje, ultrapassam o volume máximo de sua capacidade, oito pertencem à Bacia Metropolitana, entre eles o Gavião, em Pacatuba.
Apesar de, em sua maioria, se tratar de açudes de pequeno porte, a avaliação da Secretaria de Recursos Hídricos (SRH) do Estado é que as recargas são fundamentais, neste momento, para que o abastecimento de Fortaleza e Região Metropolitana em 2019 transcorra sem problemas, mesmo sem a colaboração do Castanhão, atualmente com 3,57% de sua capacidade.
Coleta especial de lixo ultrapassa limites e vira rotina em Fortaleza
No meio do caminho, o cenário é a rotina: vias lotadas de carros, barra que oscila anunciando as chegadas e partidas do trem, calçada de começo e fim marcados por lixo, muito lixo. A paisagem no entorno da Av. Dr. Theberge é semelhante em muitos outros locais de Fortaleza, como as avenidas Osório de Paiva, Domingos Olímpio, José Bastos e Bezerra de Menezes.
Em algumas comunidades, a população explica o acúmulo de lixo em vias pelo fato de os caminhões não conseguirem adentrar em vias estreitas para a coleta. É esse acesso restrito que os leva a carregarem seus materiais para descarte até canteiros centrais de avenidas próximas - ou quaisquer locais que sejam convenientes. Como forma de complementar a limpeza urbana e amenizar consequências do lixo descartado em locais indevidos, foi criada em 2006 a coleta especial.
Constrangimento verbal. Toques não consentidos. Abuso sexual. A dura realidade das mulheres que sofrem violência obstétrica
No início de fevereiro, um vídeo que circulou nas redes sociais causou revolta ao mostrar uma mulher em trabalho de parto sendo agredida pelo médico obstetra que a acompanhava na Maternidade Balbina Mestrinho, em Manaus. A agressão, óbvia nas imagens, chocou o mundo. Infelizmente, ela não é uma exceção. A violência obstétrica, termo utilizado para designar maus-tratos - físicos ou verbais - ocorridos durante o parto, nem sempre é tão evidente.
Além da humilhação verbal - "Para de gritar! Quando fez não reclamou da dor, né?"- muitas vezes, as grávidas são impedidas, por exemplo, de comer ou beber água por horas, são tocadas sem necessidade ou submetidas a práticas arcaicas que já não são recomendadas há décadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). E o pior: a maioria das mulheres não têm consciência disso.
Dodge pede abertura de 18 inquéritos sobre deputados do PT, MDB e Pros
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu nesta segunda-feira (18) abertura de 18 novos inquéritos sobre deputados e senadores do MDB, PT e PROS suspeitos de participação em pagamento de propina na Petrobras.
Os novos pedidos se baseiam em duas delações premiadas que estão sob sigilo, validadas pelo ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).