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Paraná Pesquisas em SP: Bolsonaro tem 57,3% e Lula 42,7% dos votos válidos

Novo levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, divulgado nesta sexta-feira (28/10), aponta que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem 57,3% dos válidos em São Paulo, contra 42,7% do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

Em comparação com o levantamento anterior, os candidatos quase não oscilaram. Bolsonaro tinha 57,6% e Lula 42,4%.

Lula e Bolsonaro disputam o segundo turno no próximo domingo (30/10). Hoje acontece o último debate presidencial, na TV Globo, a partir das 21h30.

A pesquisa

O levantamento foi feito com 1.810 eleitores, entre os dias 23 e 27 de outubro. A margem de erro é de 2.4 pontos percentuais com nível de confiabilidade de 95%.

A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-07426/2022.

Nova carta de Lula é tentativa frustrada de preencher o 'cheque em branco'

Por Malu Gaspar / o globo

 

A "Carta do Amanhã" divulgada nesta quarta-feira pela campanha de Luiz Inácio Lula da Silva é resultado de uma constatação bastante pragmática: a de que, nesta disputa presidencial tão apertada, não convinha desafiar a percepção de um segmento do eleitorado que reclamava que Lula queria um cheque em branco para governar.

 

O documento é fruto da pressão de diversos setores que apoiam o PT, e que vem insistindo que Lula precisaria fazer gestos para o eleitor mais moderado que ainda tinha restrições a ele.

 

Dos interlocutores no mercado financeiro a marqueteiros consultados pelo partido, todos insistiam no ponto de que, nessa disputa apertada, o petista não poderia se dar ao luxo de ignorar um segmento do eleitorado que rejeita Bolsonaro, não quer votar pela reeleição do presidente da República, mas também não gosta de Lula por considerá-lo um radical.

 

Várias versões de documentos foram propostas nos últimos dias por esses setores a interlocutores do PT. O texto divulgado nesta tarde é resultado dessa pressão e procura detalhar um pouco mais alguns dos compromissos divulgados de forma genérica do programa já anunciado em agosto.

 

Estão ali a proposta de isenção de impostos para quem ganha até R$ 5 mil, ou a promessa de dar aumento real ao salário mínimo, repondo integralmente as perdas com a inflação.

 

Também constam da carta a proposta ambiental de Marina Silva, que declarou seu apoio a Lula ainda antes do primeiro turno, e os pontos apresentados por Simone Tebet, que se engajou na campanha depois, como a bolsa-estudante e a “igualdade salarial para homens e mulheres que exerçam a mesma função”.

 

O documento, porém, ainda não atende à principal demanda do setor que mais tem pressionado Lula por respostas: o mercado financeiro, que tem pedido sinalizações mais precisas sobre o que seria a política econômica no governo Lula.

 

Na carta, que tem 13 pontos para fazer referência ao número do PT, a questão econômica só aparece no final e em termos ainda genéricos.

 

Fala em "política fiscal responsável" e afirma que o país deve "seguir regras claras e realistas, com compromissos plurianuais, compatíveis com o enfrentamento da emergência social que vivemos e com a necessidade de reativar o investimento público e privado para arrancar o país da estagnação".

 

Promete ainda um um sistema tributário que não penalize "o investimento, a produção e a exportação industrial", nem "trabalhadores, consumidores e camadas de mais baixa renda". Não explica, porém, como seria esse novo sistema tributário.

 

E para quem presta atenção a detalhes, manda alguns sinais que preocupam quem teme um revival de algumas políticas lulistas, ao afirmar que os "bancos públicos, especialmente o BNDES, e empresas indutoras do crescimento e inovação tecnológica, como a Petrobras, terão papel fundamental neste novo ciclo."

 

Comparado às propostas que o PT recebeu nos últimos dias de aliados na Faria Lima, o trecho econômico da carta é menos do que um rascunho.

 

Ainda assim, o fato de o documento ter sido escrito e divulgado a esta altura representa uma admissão, por parte de Lula e de sua campanha, de que precisa fazer mais gestos em direção ao centro.

 

Foi essa mesma compreensão que levou Lula a reunir na segunda-feira (24), no palco do Teatro Tuca, na PUC de São Paulo, figuras como Henrique Meirelles, o economista Persio Arida e a ex-candidata à presidente do MDB, Simone Tebet, para dizer que, se eleito, não fará "um governo do PT", mas sim um governo para "além do PT".

 

Nesse ponto, talvez tenha feito mais por Lula a entrevista dada nesta quinta-feira ao jornal Valor Econômico pelo ex-presidente do Banco Central de Lula e ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Na entrevista, Meirelles assumiu um discurso de ministro e apresentou sua "plataforma de governo", da qual faz parte uma reforma administrativa (inclusive defendendo a extinção de algumas estatais) e o estabelecimento de uma regra clara para o chamado "furo no teto de gastos", permitindo saber quanto o governo poderá gastar além do que arrecada.

“Houve pessoas, não necessariamente intermediários, com boas relações com o presidente, comigo, com o PT, que já me disseram: ‘fica preparado’”, disse. “Mas não é uma coisa direta”, disse ele ao repórter Alex Ribeiro, do Valor.

Embora nada esteja definido, e o próprio Meirelles tenha me dito nesta tarde que suas declarações não foram combinadas com Lula – "só falei o que penso"--, houve até uma leve alta na bolsa hoje. Tudo com base na leitura de que a presença de Meirelles e Persio Arida no entorno de Lula deve levá-lo a adotar uma linha mais amigável com as pautas liberais num futuro governo.

Para quem procura sinais, afinal, nada passa despercebido. Nem mesmo o fato de que, na segunda-feira, no Tuca, Meirelles e Persio Arruda estavam no palco. Já Aloizio Mercadante, ex-ministro desenvolvimentista de Dilma Rousseff que a Faria Lima abomina, estava sentado na plateia.

 
 

Datafolha: Bolsonaro lidera no Rio com 51%, contra 41% de Lula

Carolina Linhares / folha de sp

 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) lidera com 51% das intenções de voto contra 41% do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Rio de Janeiro, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (27). Brancos e nulos somam 5%, e 3% não sabem.

A margem de erro do levantamento no estado é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos.

No cenário nacional, que tem margem de erro de dois pontos percentuais, a pesquisa Datafolha mostra vantagem de Lula, que tem 49% dos votos totais, ante 44% de Bolsonaro, 5% de brancos e nulos e 2% de indecisos.

Em relação aos votos válidos, que desconsideram brancos e nulos, Bolsonaro marca 56%, e Lula, 44%.

No primeiro turno, Bolsonaro teve 51,09% dos votos válidos no Rio, enquanto Lula marcou 40,68%.

Aliado de Bolsonaro, o governador Cláudio Castro (PL) se reelegeu no primeiro turno, derrotando o candidato de Lula, Marcelo Freixo (PSB).

No estado, a rejeição a Lula é maior (53%), enquanto 43% indicam não votar em Bolsonaro de jeito nenhum.

Entre os eleitores do Rio de Janeiro, 42% consideram o governo Bolsonaro ótimo ou bom; 20% avaliam como regular; 36% opinam que é ruim ou péssimo; e 2% não sabem.

Lula e Bolsonaro têm mirado o Sudeste nesta segunda etapa da campanha. Os dois candidatos estiveram no Rio de Janeiro na mesma semana. Enquanto o presidente tem o governador como cabo eleitoral, o ex-presidente conta com o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD).

A pesquisa Datafolha, contratada pela Folha e pela TV Globo, ouviu 799 pessoas no estado do Rio de Janeiro, de terça (25) a esta quinta. O levantamento foi registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número 04208/2022.

Datafolha: Lula tem 48% em Minas, e Bolsonaro, 43%

Carolina Linhares / folha de sp

 

Em Minas Gerais, estado que é considerado um espelho do resultado da eleição nacional, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) marca 48% das intenções de votos totais ante 43% do presidente Jair Bolsonaro (PL). O total de indecisos é de 3%, e os brancos e nulos, 5%.

Considerando a margem de erro, há um empate técnico entre Lula e Bolsonaro.

A pesquisa Datafolha, contratada pela Folha e pela TV Globo, ouviu 1.009 pessoas no estado de Minas Gerais, de terça (25) a esta quinta. A margem de erro é de três pontos para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número 04208/2022.

No cenário nacional, que tem margem de erro de 2 pontos percentuais, a pesquisa Datafolha mostra vantagem de Lula, que tem 49% dos votos totais, ante 44% de Bolsonaro, 5% de brancos e nulos e 2% de indecisos.

Em relação aos votos válidos, que desconsideram brancos e nulos, Lula marca 52%, e Bolsonaro, 48%.

Em Minas, no primeiro turno, Lula venceu Bolsonaro com praticamente o mesmo placar nacional —48,29% dos votos válidos, contra 43,60% do adversário. Nacionalmente, a contagem ficou em 48,43% para Lula contra 43,20% para Bolsonaro.

Em termos de rejeição, 50% indicam não votar de jeito nenhum em Bolsonaro, enquanto 45% rejeitam Lula.

Entre os eleitores de Minas Gerais, 40% consideram o governo Bolsonaro ótimo ou bom; 23% avaliam como regular; 36% opinam que é ruim ou péssimo; e 1% não sabe.

As duas campanhas cantam vitória no estado com base em suas medições internas. Bolsonaro conta com o apoio do governador Romeu Zema (Novo), que foi reeleito no primeiro turno, derrotando o candidato de Lula, Alexandre Kalil (PSD).

Zema tem aparecido na campanha de Bolsonaro e busca angariar prefeitos para apoiar o presidente, algo que é minimizado pelos petistas, que não veem uma virada no estado.

Minas Gerais, com o segundo maior colégio eleitoral do país, é uma prioridade para as campanhas de Lula e Bolsonaro. É um estado simbólico —desde a redemocratização, todos os presidentes eleitos venceram também em Minas.

Como mostrou a Folha, em um período de sete dias, o estado já recebeu ou receberá as visitas de Lula e Bolsonaro; dos dois candidatos a vice Geraldo Alckmin (PSB) e Braga Netto (PL); além de duas das principais apoiadoras dos postulantes ao Planalto neste segundo turno: Simone Tebet (MDB) e a primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Datafolha: Bolsonaro lidera em SP com 49%, ante 43% de Lula

Carolina Linhares / folha de sp

 

SÃO PAULO

Em São Paulo, estado mais populoso do país, Jair Bolsonaro (PL) marca 49% das intenções de votos totais ante 43% de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (27). O total de indecisos é de 2%, e os brancos e nulos, 6%.

A diferença entre os dois está no limite máximo da margem de erro, em que uma situação de empate é improvável, segundo o Datafolha.

A pesquisa Datafolha, contratada pela Folha e pela TV Globo, ouviu 1.022 pessoas no estado de São Paulo, de terça (25) a esta quinta. O levantamento foi registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número 04208/2022. A margem de erro é de três pontos para mais ou para menos.

Em relação aos votos válidos, que desconsideram brancos e nulos, Bolsonaro marca 53%, e Lula, 47%.

Em São Paulo, no primeiro turno, Bolsonaro venceu no estado com 47,71% dos votos válidos, contra 40,89% de Lula.

No cenário nacional, que tem margem de erro de 2 pontos percentuais, a pesquisa Datafolha mostra vantagem de Lula, que tem 49% dos votos totais, ante 44% de Bolsonaro, 5% de brancos e nulos e 2% de indecisos.

Na última pesquisa, de 19 de outubro, Bolsonaro marcou 47% e Lula tinha os mesmos 43% em São Paulo. Antes ainda, em 7 de outubro, o presidente marcou 46% ante 43% do petista.

No estado de São Paulo, 51% dos eleitores indicam que não votariam em Lula de jeito nenhum, enquanto 46% não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum.

Entre os eleitores de São Paulo, 39% consideram o governo Bolsonaro ótimo ou bom; 21% avaliam como regular; 39% opinam que é ruim ou péssimo; e 1% não sabe.

No segundo turno, Lula e Bolsonaro concentraram suas campanhas na região Sudeste. Em São Paulo especificamente, fizeram campanhas coladas às de Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), que disputam o Palácio dos Bandeirantes.

Tarcísio venceu o primeiro turno e segue à frente nas pesquisas, embora Haddad se aproxime —o último Ipec marcou 46% a 43%.

O objetivo da campanha do PT no estado é diminuir a vantagem de Bolsonaro. Para isso, o candidato a vice-presidente e ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) foi escalado para percorrer interior paulista.

Já Bolsonaro conquistou o apoio do governador Rodrigo Garcia (PSDB), derrotado no primeiro turno, o que arrastou para sua campanha centenas de prefeitos e consolidou uma vantagem no interior.

 

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