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Lula usa dinheiro público para enganar eleitorado

Lula será proibido de disputar o Planalto. Isso acontecerá porque ele é ficha-suja e a Justiça Eleitoral decidiu fazer valer a Lei da Ficha Limpa. O PT sabe que registrou no TSE um candidato-fantasma. Tanto que já levou à vitrine um substituto: Fernando Haddad. A insistência de Lula em prolongar a polêmica sobre sua falsa candidatura tem dois propósitos: desmoralizar a Justiça e enganar o eleitor.

A defesa de Lula mobilizou advogados especializados em jurisprudência eleitoral para esticar um processo que todos sabem que não dará em nada. Um político que se imaginava invulnerável e está preso numa sala de 15 metros quadrados tem todo o direito de optar por viver no Mundo da Lua. O que não seria aceitável é que a Justiça fizesse o papel de boba.

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Militância compara Lula a Cristo e ataca custos do STF

Marcelo Coelho / FOLHA DE SP
BRASÍLIA

A Esplanada dos Ministérios todo mundo conhece, mas basta pegar uma avenida paralela, a caminho do Tribunal Superior Eleitoral, que uma quantidade inimaginada de grandes edifícios públicos, com siglas menos famosas, se dá a conhecer. 

A Enamat (Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho), por exemplo, é um predião respeitabilíssimo, de vidros cor de âmbar, estendendo-se pelo que seriam uns dois belos quarteirões do Setor de Autarquias Sul, separado da estrutura do TSE por uma larga rua asfaltada. Por ali, apertavam-se os apoiadores da candidatura Lula na tarde de ontem.

Não seriam, certamente, os 50 mil anunciados do palanque. Talvez não chegassem a 10 mil, mas de qualquer modo cobriram de centenas de bandeiras vermelhas metade do perímetro da sede do tribunal, onde seria entregue oficialmente o pedido de registro do ex-presidente.

A cor unânime das bandeiras escondia, entretanto, a variedade dos lemas e dos desenhos que surgiam em cada camiseta, em cada faixa apresentada pelos militantes.

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Candidatura fake

William Waack, O Estado de S.Paulo

16 Agosto 2018 | 03h00

A apresentação da candidatura de Lula é uma farsa. Ou, para ficar no termo da moda, é fake. As fake news realmente perigosas são as que tem uma verossimilhança com fatos reais, parecem explicar “mistérios” e reforçam preconceitos.

O script do fake lulista está perfeitamente descrito no artigo de opinião que publicou no (desavisado?) New York Times. É a mesma narrativa de muitos anos atrás, a do pobre (com patrimônio de 7,9 milhões declarado à justiça eleitoral) representante de anseios populares perseguido por elites raivosas aliadas à imprensa e o Judiciário.

Essa narrativa foi amplamente desmentida pelos fatos, mas fakes não se interessam nem buscam fatos. É o que o historiador Timothy Snyder recentemente abordou num livro (The Road to Unfreedom) que está fazendo grande sucesso ao descrever e explicar fenômenos de líderes populistas do século 21 ao redor do mundo.

“O líder”, escreve o historiador, “se apresenta sozinho e caminha sozinho pois ele vê qual é o futuro da política e sabe o que tem de ser feito”.

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Análise: Um fato que não corresponde aos fatos

Marcelo de Moraes, O Estado de S.Paulo

16 Agosto 2018 | 05h00

 

Já se passaram mais de quatro meses da prisão de Lula, mas o comando do PT, teleguiado pelo ex-presidente, tenta criar uma realidade paralela, onde Lula pode ser candidato ao Planalto, apesar de seu caso claramente se enquadrar na Lei da Ficha Limpa. Ou seja, está inelegível. Mais grave ainda é omitir no registro da candidatura aquilo que todo o mundo já sabe: Lula foi condenado e está preso.

Não é preciso ser gênio para ver que o PT segue roteiro elaborado para tentar estabelecer, até quando der, a dúvida na cabeça dos eleitores e levar adiante a tese da perseguição política. Querem transformar em fato algo que não corresponde aos fatos. O fato que existe é que Lula está preso, depois de ser condenado em 2.ª instância.

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PT registra Lula e omite sua condenação criminal

O Estado de S.Paulo

15 Agosto 2018 | 17h37 
Atualizado 16 Agosto 2018 | 00h41

BRASÍLIA - O PT registrou na tarde desta quarta-feira, 15, no último dia do prazo, a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto nas eleições 2018sem informar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a condenação por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex, imposta pela Justiça Federal no Paraná e confirmada no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4). Antes mesmo de o edital com o nome dos candidatos ser publicado pelo TSE, a procuradora-geral eleitoral, Raquel Dodge, entrou com impugnação da candidatura do petista. Ela pede a rejeição liminar do requerimento, o que pode acelerar a decisão sobre o caso.

Sorteado relator, o ministro Luís Roberto Barroso, vice-presidente do TSE, vai analisar o pedido. A inscrição da candidatura é a última formalização na Justiça Eleitoral antes do início da campanha, que começa nesta quinta-feira, 16.

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