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Lava Jato, partidos e democracia

Difícil calcular, ainda, o impacto e o alcance de uma operação como a Lava Jato não só sobre usos e costumes, como também sobre o sistema partidário, esse elemento central da vida democrática. Numa visão clássica da moderna comunidade política de massas, os partidos são a própria “democracia que se organiza”, ao lado, naturalmente, de outros numerosos institutos que expressam o associativismo, representam interesses e, em última análise, animam o confronto de ideias e dão substância ao pluralismo.

Não é trivial saber, pela voz do Ministério Público, que haverá consequências para partidos, como o PT ou o PMDB, que em maior ou menor grau se envolveram em esquemas de poder ao longo dos últimos governos. Esses dois partidos não são agremiações irrelevantes. O primeiro corporificou majoritariamente a “nova esquerda” tal como construída no País redemocratizado; o segundo constituiu o instrumento decisivo para a derrota do regime militar, manteve capilaridade em todo o território nacional, mesmo depois do desaparecimento de suas lideranças históricas e de sua evidente involução programática – o partido que gerou, há décadas, documentos como Esperança e Mudança só recentemente reencontrou fôlego para propor “uma ponte para o futuro”, seja qual for o juízo que fizermos da possibilidade de uma ação partidária minimamente vertebrada daqui por diante.

O impacto sobre um partido de esquerda, como o PT, medido pela eventual retenção significativa de fundos públicos ou pela hipótese extrema de cassação do registro, não pode nem deve ser subestimado. Melhor buscar atar algumas pontas soltas de nossa história política do que bradar, de modo estridente ou imaturo, contra perseguições ou pretensas tentativas de criminalização de uma força popular, urdidas por uma “direita” aninhada nos órgãos republicanos de controle e mancomunada com a mídia conservadora e outras forças do mal. O maniqueísmo não costuma ser bom conselheiro; antes, é uma das formas prediletas de loucura induzidas pelos deuses naqueles a quem querem perder.

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O PT secou

Diferentes sondagens de opinião vêm atestando o desgosto generalizado dos brasileiros em relação aos políticos e aos partidos, como reflexo não apenas da corrupção e da incompetência do governo e de seus apoiadores no Congresso, mas da incapacidade da oposição de apresentar-se como alternativa a tudo isso que está aí. Em meio a tal desencanto, contudo, destaca-se a decadência irresistível do Partido dos Trabalhadores (PT), que hoje assiste, aparvalhado, a uma debandada de seus quadros e, principalmente, à construção de uma unanimidade em torno de seu nome: o PT se tornou o partido mais detestado do País.

Uma pesquisa do Ibope antecipada por José Roberto de Toledo, colunista do Estado, mostra que 70% dos brasileiros têm opinião desfavorável sobre o PT. Já o PSDB, partido com o qual o PT costuma rivalizar, é malvisto por 50% dos entrevistados.

Além disso, apenas 12% disseram que são simpáticos ao partido – o porcentual mais baixo desde 1989. A decadência do PT fica ainda mais evidente quando se oferece ao entrevistado uma lista com os nomes de todos os partidos e se pergunta de qual deles o eleitor “menos gosta”: o PT aparece bem à frente, com 38% das menções; seguido do PSDB, com 8%; e do PMDB, com 6%.

É claro que o PT está muito longe de se transformar em um nanico. Trata-se, ainda hoje, de uma muito bem estruturada e agressiva máquina eleitoral, como comprova seu crescimento desde que chegou à Presidência, em 2002. Até recentemente, apenas o PMDB ostentava capilaridade nacional tão robusta como a do PT, que invadiu nos últimos anos até mesmo os grotões onde os peemedebistas reinavam absolutos.

Ao mesmo tempo que se expandiu, no caminho de se tornar o maior partido do País, o PT procurou manter seu discurso fundador, segundo o qual sua missão era mudar o modo de fazer política e de governar, empreendendo a tal “justiça social” assim que chegasse ao Planalto.

Em nome dessa missão redentora, a companheirada, sob a liderança do guia genial Luiz Inácio Lula da Silva, prometeu mundos e fundos aos eleitores. O carisma de Lula, que só diz o que a plateia quer ouvir, foi suficiente para convencer uma grande parte do País de que era possível realizar o sonho do Brasil potência sem fazer força – bastava que o Estado abrisse as burras e pronto, o milagre da multiplicação dos empregos e do crediário para os pobres se realizaria.

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Prédio em SP terá miniapartamento de apenas 14 m²

interessados; metragem vem caindo na cidade nos últimos 10 anos

Foto: Hélvio Romero/ Estadão

Foto: Hélvio Romero/ Estadão

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“Seu apartamento pelo preço de um carro: o menor e mais inteligente apartamento do Brasil”. É com essa premissa marqueteira que a incorporadora e construtora Vitacon prepara o lançamento de um edifício, no Bom Retiro, que terá unidades de 14 metros quadrados – oficialmente, o preço e a data de lançamento ainda não foram divulgados, mas corretores ouvidos pela reportagem cravam em valores a partir de R$ 89 mil e no início das vendas na próxima terça (17). Se o preço é de um carro, a área interna equivale ao espaço de duas Kombis. (Na foto acima, maquete do empreendimento.)

É uma tendência. Levantamento obtido pelo Estado mostra que, nos últimos dez anos, o número de unidades lançadas em São Paulo com menos de 40 metros quadrados saltou de 960 para impressionantes 7.810 – de 2005 a 2014. Até setembro deste ano, com crise e tudo, já são 3.170 lançamentos do tipo na cidade. Os dados são da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp).

“Isto aconteceu porque os imóveis se tornaram muito caros em São Paulo. Assim, as unidades menores surgiram como soluções não proibitivas”, analisa Fernando Pompéia, diretor de Planejamento e Pesquisa da Embraesp. “E o mercado imobiliário vive de ciclos. Se uma empresa lançou apartamento muito pequeno e fez sucesso, outras vão atrás.”

O cenário é confirmado por outro estudo da Embraesp, que detalha como a metragem quadrada dos novos apartamentos da cidade está despencando. Um apartamento de um quarto lançado em 2009 tinha, em média, 55,69 metros quadrados. Neste ano, a média caiu para 34,37 metros quadrados. Considerando a totalidade de unidades lançadas na cidade, de todos os tamanhos e padrões, a média era 79,7 metros quadrados em 2009 e, agora, está em 58,04 metros quadrados.

No discurso da Vitacon, o formato compacto é uma “resposta contra a crise”. “A gente se especializou neste segmento”, admite o CEO da empresa, Alexandre Lafer Frankel – a média de tamanho dos apartamentos dos 40 empreendimentos já entregues para construtora é de 28 metros quadrados. “Vivemos um momento de mudança social, em que as pessoas têm menos necessidade de espaço. Nossas unidades representam menor custo e um ganho em sustentabilidade e praticidade.”

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Os esquemas do ministro motoqueiro

Como o ex-titular da Previdência aparelhou os fundos de pensão para montar, segundo a CPI, uma máquina de arrecadar dinheiro para o PT

Sérgio Pardellas ( O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. )

Ao se debruçar sobre as indicações do PT para cargos estratégicos nos fundos de pensão, a CPI responsável por investigar o tema no Congresso puxou o fio de um intrincado novelo e alcançou um personagem mais conhecido em Brasília por oferecer a garupa de sua moto Harley Davidson vermelha para a presidente Dilma Rousseff, nas horas vagas, do que pelo zelo no manejo do dinheiro público. Trata-se do ex-ministro da Previdência, Carlos Gabas, atual secretário especial da pasta.  Um organograma sigiloso, ao qual ISTOÉ teve acesso, em poder da CPI desde a semana passada, mostra como Gabas aparelhou a Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) com pessoas de sua estrita confiança de modo a exercer ascendência sobre os principais fundos de pensão do País e a gerir negócios ao sabor dos interesses do PT. De tão extensa, a teia tecida pelo ex-ministro acabou entrelaçada aos esquemas investigados pela Lava Jato.

MOTOQUEIRO-01-IE.jpg VELOZ O atual secretário especial da Previdência, ex-ministro Carlos  Gabas, controla a Previc,  a partir da qual exerce ascendência sobre  os demais fundos de pensão do País

Controlar a Previc é como ter em mãos a chave de um cofre recheado. O órgão é responsável por regular e fiscalizar todos os fundos de pensão existentes no Brasil. Significa que quem comandá-lo pode realizar intervenções e autuações nas fundações conforme sua conveniência. Para se ter uma ideia do peso dessa arca de dinheiro, o total de ativos dos fundos de pensão somou R$ 733 bilhões no primeiro semestre deste ano. Por isso, manter a Previ sob sua batuta representou o pulo do gato para o motoqueiro Gabas e para o PT.

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Saiba quais são as complicações mais comuns do Diabetes não tratado:

  1. 1

    Retinopatia diabética

    O excesso prolongado de glicose no sangue pode deteriorar os vasos sanguíneos da retina tornando-os mais permeáveis a sangue e fluído, formando um inchaço local. Inicialmente, percebe-se a visão turva, quadro que pode evoluir para perda da visão

  2. 2

    Nefropatia diabética

    Alteração nos vasos sanguíneos dos rins, que leva à perda de proteína por meio da urina e faz com que o órgão reduza sua função lenta e progressivamente, até a paralisação. Como não há sintomas, o problema só é descoberto quando está em estágio avançado

  3. 3

    Neuropatia diabética

    Consiste em danos nos nervos ao longo do corpo. O tipo mais comum dessa complicação afeta as extremidades, como pés, pernas, mãos e braços. Ela ocorre porque o excesso de glicose no sangue diminui o oxigênio que chega aos nervos por meio de pequenos vasos

Consultoria: Hospital 9 de Julho / O ESTADO DE SP

Tratamento inadequado da diabete pode levar à cegueira e doença renal crônica

No Brasil, mais de 3 milhões de pessoas têm a doença, mas ainda não foram diagnosticadas

'Quando não tratado, o diabetes pode causar sequelas graves e, por vezes, irreversíveis ao organismo, como a cegueira ou a doença renal crônica', explica endocrinologista

'Quando não tratado, o diabetes pode causar sequelas graves e, por vezes, irreversíveis ao organismo, como a cegueira ou a doença renal crônica', explica endocrinologista

A diabete é uma das doenças mais comuns no mundo - é difícil encontrar alguém que nunca tenha sequer ouvido falar da doença. Mesmo com tanto acesso à informações sobre prevenção e tratamento, muita gente ignora as recomendações e acaba sofrendo com a evolução da enfermidade. Segundo Roberta Frota Villas Boas, endocrinologista do Centro de Rim e Diabetes do Hospital 9 de Julho, quando não tratado, a diabete pode causar sequelas graves e, por vezes, irreversíveis ao organismo, como a cegueira ou a doença renal crônica.

Um dos fatores que podem contribuir para o não tratamento da doença é o diagnóstico tardio. Segundo uma pesquisa feita pela Federação Internacional de Diabetes, no Brasil aproximadamente 3 milhões de pessoas têm a doença e não sabem. Caracterizado pelo excesso de glicose no sangue, a chamada hiperglicemia, a diabete decorre da ação inadequada da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e responsável pela metabolização da glicose, mas também pode ocorrer quando não há produção dele pelo organismo.

Vale lembrar que existem dois tipos da doença: a diabete tipo 1 e tipo 2. O primeiro ocorre principalmente em crianças e adultos jovens. Nesses casos, a produção de insulina pelo pâncreas é praticamente nula. Já a diabete tipo 2 é mais comum em adultos e está associado ao sobrepeso. "Nesses pacientes o excesso de gordura corporal atrapalha a ação da insulina resultando, com o passar dos anos, em hiperglicemia", afirma a especialista. Na diabete tipo 2, porém, há um agravante. Durante anos a pessoa pode não apresentar sintomas e, com isso, não procurar o tratamento adequado. 

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