A Comissão Especial da reforma da Previdência inicia nesta terça os debates sobre o parecer apresentado pelo deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) na semana passada. Considerada a principal proposta do início do governo de Jair Bolsonaro, a reforma enfrenta,
O Exército não quer seus militares tratando de assuntos institucionais pelas redes sociais. Nova portaria a ser publicada pela força terrestre, segundo o Valor, vai exigir desvinculação dos perfis pessoais ao da instituição. “Houve proliferação indiscriminada de mídias sociais em vários níveis da força (…) O regulamento já prevê isso. Só que a gente não deu conta de acompanhar essa coisa toda”, afirmou o general Richard Fernandez Nunes, responsável pelo Centro de Comunicação Social do Exército (Ccomsex).
O antecessor do atual comandante Edson Leal Pujol, Eduardo Villas Bôas, que o diga. Em abril do ano passado, véspera do julgamento de um HC de Lula no STF, o atual assessor especial do Gabinete de Segurança Institucional escrevera no Twitter: “Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do país e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?”. Foi comparado, à época, pelo ministro Celso de Mello, do STF, a Floriano Peixoto, o segundo presidente da República, conhecido como “marechal de ferro”. BR 18
Do Marcelo: Um relatório pressionado por todos os lados
A Comissão Especial da reforma da Previdência inicia nesta terça os debates sobre o parecer apresentado pelo deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) na semana passada. Considerada a principal proposta do início do governo de Jair Bolsonaro, a reforma enfrenta, nesse momento, pressão de todos. É normal que um projeto dessa envergadura enfrente resistências. A novidade é que a confusão política envolvendo a discussão é tão grande que o relatório de Moreira está sendo bombardeado simultaneamente pela oposição, pela equipe econômica, pelos bolsonaristas, pelos governadores e pelos prefeitos. De quebra, ainda enfrenta olhares enviesados dos militares, que não sabem quando e se o projeto de reformulação da sua carreira será votado no Congresso para compensar as mudanças que a reforma provocará na categoria.
‘Carona’ de Terra a Jucá mexe em vespeiro
A ideia do ministro Osmar Terra (MDB) de levar o ex-senador Romero Jucá (MDB-RR) em voo na semana passada a Roraima provocou reclamações de opositores do ex-ministro que podem chegar à mesa do novo ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos. O senador aliado do governo, Chico Rodrigues (DEM-RR), qualificou de “descortesia” ao Valor o fato de outros parlamentares de Roraima não terem sido convidados. Telmário Mota (PROS-RR), desafeto notório de Jucá, promete até ir ao Ministério Público por Terra ter transportado “amigos” em avião da FAB.
“O presidente Bolsonaro fez vários vídeos dizendo que, quando ele fosse presidente, o Jucá não entraria nem na cozinha dele e agora está andando no avião, indo e voltando. Isso desmoraliza o governo Jair Bolsonaro e deixa constrangidos os seus parceiros de primeira hora. Se eu fosse da base do governo, eu estava pulando fora do navio agora”, esbravejou Mota. BR18
‘Objetivo claro de libertar Lula e destruir Moro’, diz Carlos Lima sobre ação de hacker
Fausto Macedo, Julia Affonso e Ricardo Brandt / o estado de sp
17 de junho de 2019 | 14h00
Ex-integrante da Lava Jato, Carlos Fernando dos Santos Lima acredita que os ataques desferidos às autoridades da operação, após o vazamento de conversas entre procuradores da República e o ex-juiz Sérgio Moro – atual ministro da Justiça e Segurança Pública -, sejam parte de “uma campanha orquestrada”, com “objetivo claro de libertar Lula“. O ex-presidente está preso em Curitiba desde abril de 2018, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.
Aposentado em março do cargo de procurador regional da República, Carlos Lima foi membro da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba de 2014 – quando foi deflagrada a primeira fase da operação – até 2018. Em entrevista ao Estadão, o ex-decano do grupo e agora advogado e consultor para área de compliance, fala em “crise artificial” gerada pelas conversas de Telegram divulgadas pelo site The Intecept, aponta “foco exclusivo em libertar Lula e destruir Sérgio Moro” e diz não ver “juridicamente a menor possibilidade” de nulidade dos processos da 13.ª Vara Federal, em Curitiba. Moro, o ex-titular da Lava Jato, não reconhece a autenticidade das mensagens e desafiou a divulgação completa do material.
Desinteligência generalizada
17 de junho de 2019 | 03h00
Não são apenas os devotos das seitas extremistas, à esquerda e à direita, que limitam sua visão de mundo às mentiras, distorções e meias-verdades cínicas que leem nas redes sociais. A histeria irresponsável parece ter capturado também aqueles dos quais se esperam equilíbrio e sobriedade na formação de opinião pública.
Quase todos aparentemente estão se deixando pautar pela gritaria que tão bem notabiliza essa forma de comunicação instantânea, que na prática dispensa a reflexão. Nas redes, mesmo bem preparados formadores de opinião vêm tomando como expressão da verdade tudo aquilo que para eles faz sentido, sem se perguntarem se, afinal, aquilo que se informa é um fato ou uma rematada mentira.
OBSERVE: Se a reforma não incluir os estados, eles quebram
Administrando o Rio Grande do Sul aos 34 anos, Eduardo Leite é o governador mais jovem do Brasil. A precocidade vem de longe. Aos 28 anos, elegeu-se prefeito de sua cidade natal, Pelotas, onde foi também vereador. Tomou gosto pela política ainda aos 16 anos, quando filiou-se ao PSDB, partido do qual é hoje um dos expoentes.
À frente de um estado praticamente falido, com déficit previdenciário de R$ 12 bilhões, rombo que cresce ao ritmo de R$ 1 bilhão por ano, Leite tem se colocado ao lado dos demais governadores no apoio à Reforma da Previdência. Ele luta para que os estados não fiquem de fora da mudança, pois, se isso acontecer, muitos quebrarão. Ele diz que apoia a agenda reformista de Bolsonaro, mas não as iniciativas do governo nas questões de costumes. É crítico quanto ao armamento da população e contesta as medidas que afrouxam as regras de trânsito, mas isso não quer dizer que faça oposição ao presidente. O governo, segundo ele, deveria ter como foco a recuperação da economia e não se concentrar em questões de menor importância, como vem fazendo até aqui. “O que anima é que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tem mantido o foco no que é essencial”.