Carga horária de policiais e bombeiros é tema de audiência nesta sexta
Capitão Wagner informa que a Constituição Federal de 1988 estabeleceu uma carga horária máxima semanal para os trabalhadores urbanos e rurais. “Porém, de forma não isonômica, a Constituição não determinou, no seu artigo 42, uma carga de trabalho semanal máxima para os militares estaduais.”
João Jaime é o convidado do Narcélio desta sexta-feira
Deputado João Jaime> Foto: Arquivo AL>
O programa também recebe o presidente da Associação dos Médicos Artistas e Intelectuais, Marcos Cunha. Ele vai divulgar a festa beneficente “O melhor do Brega”, que tem o propósito de arrecadar recursos para a Associação Anjos de Deus. O ouvinte também vai acompanhar os quadros Ouvidoria, Direitos do Consumidor, Minha Rua Tem História e Momentos no Rádio.
O programa Narcélio Limaverde vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 9h. Aos sábados, a emissora apresenta os destaques da semana, a partir das 10h. WT/GS
- Fonte:Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
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Prévia da inflação oficial chega a 10,28% nos últimos 12 meses
Da Agência Brasil
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial, subiu 0,85% em novembro. É o índice mais elevado desde 2010, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quando foi registrado 0,86%.
No ano, o indicador chegou a 9,42% no ano, o maior no acumulado de janeiro a novembro desde 1996. Em 2014, em comparação ao mesmo período, a taxa era 5,63%.
Em relação aos últimos 12 meses, o índice chegou a 10,28%, acima da taxa dos 12 meses imediatamente anteriores (9,77%). "Desde novembro de 2003, com os 12 meses em 12,69%, não havia registro de taxa mais elevada. Em novembro de 2014 o IPCA-15 havia sido 0,38%", diz o IBGE.
O preço do combustível, com alta de 5,89% no mês, foi o que mais pressionou o IPCA-15 em novembro. O item responde por 35% do indicador.
"O consumidor passou a pagar 4,70% a mais pelo litro da gasolina, que exerceu impacto de 0,18 p.p. [ponto percentual] no índice, enquanto o etanol, que ficou 12,53% mais caro, exerceu 0,11 p.p.. O aumento da gasolina nas bombas, que acumula 6,48% nos meses de outubro e novembro, foi consequência dos 6% praticados ao nível das refinarias, reajuste em vigor desde o dia 30 de setembro", diz nota do IBGE.
Dilma tinha um plano de governo: não cair. Agora, ela tem outro: aprovar a CPMF!
Ai, ai…
A presidente Dilma Rousseff se reuniu nesta quinta-feira com os governadores do Nordeste e afirmou uma coisa realmente fabulosa. Ela só tem uma ideia para tornar um pouco mais raso o buraco da economia brasileira: recriar a CPMF.
É o que tem a nos dizer esta senhora, menos de um ano depois de tomar posse de seu segundo mandato, contrariando mais uma de suas promessas solenes de campanha. Como disse Lula, com a sua metáfora de encanador, a presidente percebeu que estava “saindo mais água da caixa do que entrando”. O homem falou a coisa assim, com aquele seu descompromisso habitual, como se o que temos aí não fizesse parte das escolhas do PT, inclusive no seu governo.
Dilma ouviu dos governadores que a resistência à CPMF estaria diminuindo na sociedade, e essa é também a convicção da mandatária. O governo, diga-se, já encaminhou ao Congresso na semana passada uma alteração para a lei orçamentária de 2016 que inclui na coluna das receitas R$ 32 bilhões oriundos da CPMF. Para tanto, o imposto teria de ser criado até o fim do ano.
É mesmo? O governo acabou de passar por um vexame na votação dos vetos presidenciais. Embora a maioria deles tenha sido mantida porque os que se opuseram a Dilma não conseguiram reunir metade mais um dos deputados, o Planalto perdeu feio no placar. No caso do reajuste dos servidores do Judiciário, por exemplo, a massa antigovernista juntou 251 votos — faltaram apenas seis; o Planalto ficou com magros 132.
Alguém realmente acha que se vai conseguir aprovar a CPMF até o fim do ano? Assim, o governo poderia ser realista: é evidente que o relator do Orçamento do ano que vem não terá como incluir aqueles R$ 32 bilhões na receita — esse dinheiro não existirá.
Noto ainda que o governo já nem se dá ao trabalho de mentir que a CPMF será destinada a essa ou àquela área. Até o rol de desculpas já envelheceu. Precisa é de caixa mesmo. Fim de papo.
Pois é…
Até a semana passada, Dilma tinha um plano de governo. Não cair. Ela acha que esso risco já passou. Agora ela tem outro plano de governo: aprovar a CPMF.
Que estadista ambiciosa! REINALDO AZEVEDO/VEJA
Cunha se junta ao PT para anular sessão do Conselho de Ética
Se alguém tinha alguma dúvida do que está em curso, não precisa mais ter nenhuma. O PT se uniu à tropa de choque de Eduardo Cunha para tentar retardar o processo que corre contra ele no Conselho de Ética. Em troca, o presidente da Casa guarda na gaveta a denúncia contra Dilma.
Houve de tudo, e, creiam, nem vale a pena entrar nos detalhes da chicana. Até o atraso para o início da reunião do conselho foi evocado para anular a sessão. Os petistas, vejam que graça, não registraram presença no colegiado, uma forma de boicotar os trabalhos.
Revoltados, deputados comandaram uma retirada em massa da sessão.
Informa VEJA.com: Com um duro discurso contra Cunha, a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) puxou a debandada do plenário. “Eu gosto do senhor, mas o senhor nos decepciona. O senhor nos chama de imbecis e está perdendo a cada dia a legitimidade de presidir”, disse a parlamentar. “O senhor está com medo? É isso que está acontecendo? Eu convido todos os deputados a deixarem essa sessão pela ética, pela moral que todos temos de ter nessa casa. Chega, senhor presidente. O senhor não consegue mais presidir. Levanta dessa cadeira”.
Não retiro uma vírgula de tudo o que escrevi sobre Cunha. Ele foi um bom presidente da Câmara e prestou serviços apreciáveis à democracia. Até a hora em que deixou de fazê-lo e passou a cuidar exclusivamente do seu próprio destino.
E, para tanto, encontrou o parceiro ideal: o PT. Não resta mais dúvida sobre qual é o seu jogo. REINALDO AZEVEDO / VEJA
Prevaricação
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não faz nenhuma questão de parecer o que não é. Age exatamente como se espera de alguém que chegou ao topo como representante da ralé política, para a qual o poder é construído e mantido exclusivamente à base de chantagem e fisiologismo. Para políticos como Cunha, não há parceiros de negociação em torno de uma pauta comum, de interesse do País; em vez disso, há reféns de articulações opacas que se prestam a proteger negócios, amealhar prebendas e garantir impunidade.
Fiel a seu estilo, Cunha manda recados pela imprensa para avisar que dispõe de trunfos para prejudicar a presidente Dilma Rousseff caso prospere o processo que corre contra ele no Conselho de Ética da Câmara, repleto de evidências indecorosas que, em qualquer país sério, já teriam bastado para lhe cassar o mandato.
Na quarta-feira passada, Cunha mandou vazar para os jornalistas o conteúdo das conversas que manteve com deputados aliados uma semana antes, nas quais teria dito que são remotas as possibilidades de que aceite o processo de impeachment contra a petista ainda neste ano. Ficará para 2016, “no mínimo”, conforme informou o Estado. Com razão, a advogada Janaína Paschoal, uma das signatárias do pedido de impeachment, lembrou que Cunha pode ser enquadrado no artigo 319 do Código Penal – crime de prevaricação – por não cumprir seu dever de ofício em razão de interesses pessoais. “Cunha está segurando o processo para se segurar no cargo”, disse Janaína.
Note-se que a “opinião” de Cunha a respeito do impeachment da presidente, dada dias antes, foi tornada pública somente na véspera da sessão em que o Conselho de Ética analisaria o relatório que pede a continuidade do processo que investiga o deputado. O timing não poderia ser mais revelador.