Laís Nunes cobra ações para minimizar efeitos da seca
A deputada Laís Nunes (Pros), que retornou à Assembleia Legislativa após licença maternidade, cobrou, na sessão plenária desta terça-feira (24/11), ações mais incisivas para minimizar os efeitos da seca no Estado. A parlamentar relatou que, em visita aos municípios, constatou a preocupação com falta de água, “que assusta e assola toda a população.”
De acordo com a deputada, para estar mais perto do povo, foi criado o projeto Parlamento na Comunidade, de início implantado no município Icó. “Mais adiante pretendemos ampliar para os demais municípios onde fui votada. A iniciativa objetiva ouvir as pessoas que em mim confiaram seu voto e, dentro do possível, transformar essas solicitações em projetos e requerimentos. Dessa forma, atender as demandas”, assinalou.
A parlamentar lembrou que já são quatro anos de seca prolongada, inclemente como não se via desde o distante 1979 - 1983. E a probabilidade de um quinto ano de seca é muito grande. As previsões climáticas apontam nessa direção. “É tanta demanda por água que perdi a conta do número de requerimentos que encaminhei, ao longo de todo esse ano, ao Governo do Estado, solicitando a perfuração de poços profundos nas mais diversas comunidades”, informou. Alguns desses pedidos foram atendidos pelo governador Camilo Santana, segundo ela, outros ainda aguardam deliberação.
Capitão Wagner critica segurança pública e destaca número de roubos
O deputado Capitão Wagner (PR) criticou, no primeiro expediente da sessão plenária desta terça-feira (24/11) da Assembleia Legislativa, a situação da segurança pública do Estado. O parlamentar destacou a matéria do jornal Diário do Nordeste, destacando que, de julho a outubro, foram registrados 17.949 crimes violentos contra o patrimônio. Uma média de 147 vítimas por dia.
Capitão Wagner salientou que os números não são precisos já que muitos não registram assaltos e furtos às delegacias. “As pessoas não fazem o boletim de ocorrência porque acreditam que o crime não vai ser solucionado. Os números de crimes, na verdade, são maiores”, apontou.
Para o deputado, o efetivo policial não é suficiente. “Cerca de 60 policiais são tIrados das ruas para fazer escolta de presos nos Instituto José Frota (IJF). Se um preso é lesionado, são quatro policiais que precisam fazer a escolta desse preso. Em vez de de estarem nas ruas, estão sendo babá de preso. Muitos recebem alta, mas não voltam às delegacias. É absurdo”, assinalou.
Bumlai repetiu mensalão e beneficiou PT, diz Moro
A atuação do empresário e pecuarista José Carlos Bumlai, que utilizou seu nome e as suas empresas para supostamente viabilizar dinheiro sujo ao Partido dos Trabalhadores (PT), repete o modus operandi do escândalo do mensalão, o primeiro grande esquema de corrupção do governo Lula e responsável por levar próceres petistas para a cadeia. A comparação foi feita pelo juiz Sergio Moro, responsável pelos processos do petrolão em primeira instância.
Preso preventivamente na manhã de hoje em Brasília, Bumlai é suspeito de ter atuado diretamente em um esquema de corrupção envolvendo a contratação da Schahin pela Petrobras para operação do navio sonda Vitoria 10000. A transação só ocorreu após o pagamento de propina a dirigentes da Petrobras, ao próprio pecuarista e ao PT. A exemplo do escândalo do mensalão, o pagamento de dinheiro sujo foi camuflado a partir da simulação de um empréstimo no valor de 12,17 milhões de reais. "Mais grave em concreto, o destinatário final da vantagem teria sido, segundo os colaboradores [da Lava Jato], o Partido dos Trabalhadores, com afetação do processo político democrático", relata o juiz Sergio Moro no despacho que autorizou a prisão de Bumlai. "O mundo da política e o do crime não deveriam jamais se misturar", acrescenta.
No mensalão, dos 32 milhões de reais repassados de forma fraudulenta pelo Banco Rural ao esquema do publicitário Marcos Valério entre 2003 e 2004, 3 milhões de reais foram destinados diretamente ao PT - num empréstimo fictício que tinha Marcos Valério, Delúbio Soares e José Genoino como avalistas e foi renovado dez vezes.
Bumlai usava nome de Lula em negociatas
Juiz Sérgio Moro afirma que há o receio de que o nome do ex-presidente seja usado também para interferir nas investigações da Lava Jato
Preso temporariamente na 21ª fase da Operação Lava Jato, o lobista e pecuarista José Carlos Bumlai utilizava o nome do ex-presidente Lula para obter benefícios e contratos. A informação consta de pelo menos três depoimentos do lobista Fernando Baiano, que fechou acordo de delação premiada, e serviu de base para a decratação da prisão de Bumlai. O empresário e o petista são amigos íntimos desde 2002, quando foram apresentados pelo então governador de Mato Grosso do Sul Zeca do PT. Oficialmente, o ex-presidente não é investigado no petrolão, mas a cada dia pessoas próximas do petista - de ex-ministros a amigos pessoais - são envolvidos nas apurações da força-tarefa da Lava Jato e presos por ordem do juiz Sergio Moro.
Em sua delação premiada, o lobista Fernando Baiano disse que, na tentativa de emplacar um contrato entre a empresa OSX, do ex-bilionário Eike Batista, com a Sete Brasil, empresa gestada no governo Lula para construir as sondas de exploração do petróleo do pré-sal, o empresário José Carlos Bumlai foi acionado para interceder junto a Lula. Em troca, o pecuarista teria recebido comissão de 2 milhões de reais, que acabaram repassados a uma nora do ex-presidente para a quitação da dívida de um imóvel.
Mais 69 km de rodovias serão inaugurados pelo Governo do Estado na região Norte
O governador Camilo Santana, acompanhado do superintendente do Departamento Estadual de Rodovias (DER) Sérgio Azevedo, inaugura nesta terça-feira (24) dois novos trechos rodoviários: a CE- 183, no entrocamento da BR-222 com a CE-366, em Varjota; e a CE-253, no trecho entre Groaíras e Cariré (foto). Sessenta e nove quilômetros serão entregues, sendo 53 quilômetros de restauração e 16 de pavimentação. As obras nos trechos envolveram recursos da ordem de R$ 34.813.651,68, voltados para pavimentação, movimentação de terra, drenagem, obras d'artes correntes e especiais e sinalizações horizontal e vertical. Os financiamentos das obras são do Tesouro do Estado e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Além de proporcionar segurança viária aos motoristas e passageiros que trafegam pelas novas rodovias, a entrega vai facilitar o escoamento da produção na região. A fiscalização da obra foi de responsabilidade do DER. Novas rodovias também no Cariri No último fim de semana, o governador também entregou novas estradas na Região do Cariri. No domingo, ele esteve em Salitre e Nova Olinda para inaugurar a pavimentação da rodovia CE-187, trecho Salitre - Divisa CE/PE e a restauração da CE-292, Nova Olinda - Potengi. Ao todo, foram 56 quilômetros de estradas estaduais, sendo 14 de pavimentação e 42 de restauração, contemplados dentro do Programa Viário de Integração e Logística - Ceará IV. A obra envolveu recursos da ordem de R$ 34.443.940,71, do Tesouro Estadual e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). |
“Brasil insiste em exaltar obras mal feitas e muito bem pagas”
Na última sexta-feira (20), a presidente Dilma Rousseff sancionou a MP 678/2015, que amplia o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) para as obras de mobilidade urbana, infraestrutura logística e de ensino, pesquisa, ciência e tecnologia. A convite do blog Cidades sem Fronteiras, o presidente nacional do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) Sergio Magalhães detalha em artigo as preocupantes consequências da sanção.
Lastimável
A dispensa de projeto para a contratação de construtoras de obras públicas, autorizada por Medida Provisória sancionada sexta-feira à noite pela presidente da República, é um monumental erro somente menor do que o prejuízo que causará ao país. Prejuízo que se medirá em dinheiro, em tempo e em qualidade das obras.
Contrariando as boas práticas, vigentes onde há controle do dinheiro público e eficiência nos equipamentos destinados à população, o Brasil insiste na exaltação de obras mal feitas e muito bem pagas. Contrariando o sentimento geral, que exige transparência, o Brasil insiste no obscurantismo.
Mas a luta continua. Uma das batalhas, como se vê pela liminar deferida pelo ministro Barroso, se dará no Supremo Tribunal Federal.