Prédio de tríplex reformado pela OAS para Lula teve uso irregular de FGTS, diz auditoria
Gerente da empresa panamenha Mossack Fonseca no Brasil, Renata Pereira foi acordada pela Polícia Federal na última quarta-feira na Operação Triplo X, o nome da 22ª fase da Operação Lava Jato. Havia um mandado de prisão temporária contra ela. De casa, na Zona Sul de São Paulo, Renata foi levada para a sede da empresa, na Avenida Paulista, onde foi obrigada a destravar quatro computadores e liberar o acesso dos policiais a documentos de uma das mais famosas criadoras de offshores do mundo. Arrumar os papéis para a criação de empresas em paraísos fiscais, o trabalho da Mossack, facilita a vida de terroristas, políticos corruptos e empresários interessados em ocultar bens e lavar dinheiro. No escritório, os policiais coletaram milhares de dados sobre muitos desses filhotes, alguns usados para corrupção, paridos pela Mossack nos últimos anos.
Entretanto, a 90 quilômetros dali, estava o alvo mais poderoso da Triplo X. A força-tarefa da Lava Jato investiga se os apartamentos do Condomínio Solaris, na Praia das Astúrias, em Guarujá, foram utilizados pela OAS como moeda para pagamento de propina no esquema de corrupção da Petrobras. O conjunto de 112 unidades é o prédio da companheirada. Abriga um tríplex destinado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e apartamentos do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, hoje preso em São José dos Pinhais por coletar propina de contratos da Petrobras, e de Freud Godoy, um ex-segurança de Lula que, entre outras coisas, teve uma empresa que recebeu dinheiro de Marcos Valério, operador do mensalão. No despacho que autorizou a operação, o juiz Sergio Moro disse que a OAS “teria utilizado o empreendimento imobiliário em Guarujá para repasse disfarçado de propina a agentes envolvidos no esquema criminoso da Petrobras”. Até a semana passada, Vaccari era um desses agentes. Lula, ainda não.
Xô crise: criadores de senepol comemoram expansão acelerada do mercado
O desânimo e a prostração que abatem outros setores da economia, seguramente não tem vez no agronegócio, principalmente no promissor segmento da pecuária de corte. Nesta quinta-feira (28/1), em São Paulo (SP), eu participei de um evento em comemoração ao movimentado ano de 2015 para o bovino senepol e às expectativas otimistas dos seus criadores para a temporada atual e também para as próximas. Por sinal, o foco dos pelo menos 40 ou 50 pecuaristas presentes estava centrado na expansão da raça seja em número de animais ou em qualidade diante das exigências crescentes do mercado. As conversas giravam em torno de investimentos em genética, manejo, desempenho do senepol no cruzamento industrial com o zebu, conquista de mercados como o da China para a carne brasileira, necessidade de novos leilões diante da demanda que cresce acelerada e muito mais.
Chuvas de janeiro mudam paisagens no interior do Ceará; VEJA
As chuvas de janeiro no Ceará não foram suficientes para encher os grandes reservatórios, mas já mudou a paisagem do sertão. Três açudes de pequeno porte sangraram no Ceará em 2016; os agricultores anteciparam a plantação no campo, e cachoeiras voltaram a atrair turistas em Ipu e Missão Velha. O G1 mostra algumas das paisagens do sertão cearense em janeiro deste ano, após acumulado de 197 milímetros de precipitações no estado, o maior volume para o mês nos últimas cinco anos, de acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
'Lula é o retrato do PT, partido envolvido em corrupção', diz Alckmin
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou neste sábado (30) que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva é o retrato do Partido dos Trabalhadores (PT), partido “sem compromisso com a ética” (veja no vídeo acima). “O Lula é o Partido dos Trabalhadores. O Lula é o retrato do PT, partido envolvido em corrupção, sem compromisso com as questões de natureza ética, sem limites”, afirmou o governador ao comentar as recentes denúncias envolvendo o nome de Lula. O Ministério Público de São Paulo intimou o ex-presidente e sua mulher, Marisa Letícia, para depor em investigação sobre um apartamento triplex no Guarujá, no litoral do estado.
Alckmin disse ainda considerar "triste" o cenário. “É muito triste o que nós estamos vendo, e o que a sociedade espera é que seja apurado com rigor e que se faça justiça", disse. As afirmações foram feitas em evento em que Alckmin entregou novos veículos para as polícias Civil e Militar de São Paulo.
O G1 procurou as assessorias de Lula e do PT para comentar as declarações de Alckmin e aguarda retorno.
O novo elo de Bumlai com a Petrobras - ISTOÉ
No final de novembro, nove meses depois de ISTOÉ revelar em primeira mão a ligação do pecuarista José Carlos Bumlai com o esquema do Petrolão, a Polícia Federal deflagrou a Operação Passe Livre, 21ª fase da Lava Jato, destinada a prender o amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dono de trânsito livre no Planalto durante a gestão do petista. Ouvido pelos agentes federais, Bumlai negou, num primeiro momento, o envolvimento com as irregularidades. Bastaram mais duas semanas de confinamento numa cela em Curitiba para que o pecuarista capitulasse e decidisse fazer uma confissão. Bumlai reconheceu aos policiais que contraiu um empréstimo de R$ 12 milhões junto ao Grupo Schahin que serviria para irrigar campanhas do PT. O grupo mantinha negócios com a Petrobras. O dinheiro, ao menos parte dele, também foi usado para calar o empresário Ronan Maria Pinto, que ameaçava envolver Lula, José Dirceu e Gilberto Carvalho no nebuloso episódio do assassinato do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel. Posteriormente, narrou o pecuarista, ele atuou para que a Petrobras contratasse o Schahin por US$ 1,6 bilhão para operar a sonda Vitoria. Foi a solução encontrada para quitar o débito.
NOVO INDÍCIO Para a Lava Jato, José Carlos Bumlai pode ter ajudado a Marítima
Desmorona o castelo de Lula - ISTOÉ
Pedro Marcondes de Moura ( O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. )
Na sexta-feira 29, o Ministério Público de São Paulo intimou para prestar depoimento o ex-presidente Lula, sua mulher Marisa Letícia e o ex-presidente da OAS, Leo Pinheiro. Lula será ouvido em 17 de fevereiro como investigado, sob a suspeita de ter praticado crimes de ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro. Frente a frente com os promotores, a família do ex-presidente e o empreiteiro terão de apresentar justificativas mais plausíveis do que aquelas já expostas até agora a respeito do tríplex localizado no condomínio Solaris, no Guarujá, e reformado pela OAS, que na semana passada transformou-se em alvo da mais recente fase da Operação Lava Jato. As suspeitas, segundo os procuradores, recaem sobre o uso dos apartamentos do Solaris, entre eles o de Lula, para “repasse disfarçado de propina a agentes envolvidos no esquema criminoso da Petrobras.” Em outras palavras, pagamento de suborno do Petrolão.
NA MIRA O ex-presidente Lula terá de depor ao MP para explicar a relação com imóvel reformado por empreiteira do Petrolão
ISTOÉ teve acesso a três documentos que comprometem as versões exibidas por Lula, desde que o caso veio à tona. No ano passado, quando surgiram as primeiras denúncias de que a empreiteira OAS, envolvida nas falcatruas da Petrobras, desembolsou mais de R$ 700 mil na reforma do apartamento no litoral paulista, o Instituto Lula se esmera em negar com veemência que o ex-presidente ou a ex-primeira-dama Marisa Letícia sejam donos do imóvel. Eles seriam, segundo insistem em afirmar, apenas cooperados de uma cota da quebrada Bancoop, a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo, já comandada por dirigentes petistas, como João Vaccari Neto e Ricardo Berzoini, hoje ministro de Dilma, que deixou mais de três mil famílias sem ver a cor de seus imóveis e do dinheiro aplicado por eles movidos pelo sonho da casa própria. O discurso do principal líder petista persistiu até semana passada, apesar de toda a sorte de depoimentos que confirmaram a presença rotineira de integrantes da família Lula durante as obras responsáveis por mudar (para melhor) a configuração do tríplex. Os documentos que ISTOÉ apresenta agora revelam que Lula jamais abriu mão do imóvel. Há sete anos, a família Lula deveria ter exercido o direito, caso tivesse interesse, de se desfazer da cobertura de frente para a praia e receber a restituição em dinheiro do que havia desembolsado até ali. Mas não o fez. Na época, um acordo foi selado, transferindo o empreendimento atrasado e inacabado da Bancoop para a OAS.