O patético fim de Lula - REINALDO AZEVEDO
Onde quer que eu esteja, na rua ou à porta de um bar ou restaurante, quando saio pra fumar, as pessoas se aproximam e quase sempre fazem a mesma observação, em tom de desalento: “Esse negócio do Lula não vai dar em nada outra vez, né?”. Os mais otimistas arriscam: “Acho que desta vez ele não escapa, né?”. Nesse caso, não é necessário dizer o nome. Todo mundo sabe quem é “ele”. Pois é… Ainda que Lula e seus advogados consigam encontrar uma explicação que possa ser abrigada pela lei para o imbróglio do tríplex no Guarujá, sobrou como a hipótese mais benigna para o “homem mais honesto do mundo” a versão de um político no qual ninguém mais confia.
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E não deixa de ser irônico, já observei aqui, que o Lula que transitou e transita ainda em tão altas esferas tenha encontrado sua Waterloo num apartamento relativamente modesto, dada a fortuna que ele já amealhou. Só em palestras, como se sabe, faturou R$ 27 milhões.
Uma visita ao sítio - JANIO DE FREITAS
A renovada notícia sobre obras em um sítio que a família de Lula frequentaria, na paulista Atibaia, dá oportunidade à recuperação de dois casos reais da afinidade rural comum a presidentes e empreiteiros. Embora um caso se passasse na ditadura e outro na democracia, a discrição que os protegeu teve a mesma espessura.
A ótima localização de um sítio em Nogueira, seguimento de Petrópolis, não chegava a compensar o aspecto simplório dada à área, nem a precariedade da casa. Em poucos meses, porém, acabou o desagrado do general-presidente com as condições locais. O terreno foi reurbanizado, a casa passou a ser um moderno bangalô de lazer. Surgiram piscina, uma pista de hipismo, estrebaria, estacionamento e um jardim como as flores gostam. Uma doação da empreiteira Andrade Gutierrez ao general Figueiredo, então na Presidência.
Edifícios de cooperados da Bancoop estão na mira da Operação Lava-Jato
SÃO PAULO - Embora altas, as duas torres do Condomínio Casa Verde, na Zona Norte de São Paulo, não conseguem ocultar uma ausência. Onde deveria haver um prédio com cerca de 80 apartamentos, há só o concreto de uma laje. O drama dos cooperados da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo) começou há cerca de dez anos, quando parte deles descobriu que não receberia os apartamentos de 64 metros quadrados pelos quais já haviam pagado cerca de R$ 120 mil.
O que se seguiu foram batalhas administrativas e disputas judiciais até que, há três anos, a OAS assumiu as obras prometendo aprontar tudo até o fim do ano passado, em troca de cerca de mais R$ 50 mil de cada cooperado. Três anos depois, não há sinal da nova torre, a OAS entrou em recuperação judicial após seus executivos serem condenados no maior escândalo de corrupção do país e disse aos moradores que não deve mais fazer a obra. Para a surpresa dos proprietários do Condomínio Casa Verde, cujo sonho era ter uma casa própria, o local foi incluído na lista de obras investigadas pela Lava-Jato.
Rio amanhece com mistura de cores no céu e previsão de forte calor
O Rio de Janeiro amanheceu com uma mistura de cores no céu da cidade nesta segunda-feira (1), num dia que promete muito calor. A segunda-feira será de tempo estável no Município do Rio de Janeiro devido a atuação de um sistema de alta pressão sobre a Região Sudeste. A previsão é de céu claro a parcialmente nublado, sem chuva. Os ventos serão de intensidade fraca a moderada, e as temperaturas permanecerão estáveis, com máxima prevista de 41°C e mínima de 22°C. O domingo (31) de vários blocos de pré-carnaval e muito sol bateu o recorde de calor de 2016 no Rio de Janeiro. Segundo o Alerta Rio, a temperatura máxima chegou a 40,8°C, a maior registrada no ano. Sensação térmica foi ainda maior: 45,1°C. PORTAL G1
Déficit crescente do INSS não dará trégua em 2016
O desequilíbrio das contas do Regime Geral da Previdência Social (RGPS) elevou-se a R$ 85,8 bilhões em 2015, em valores correntes, e a R$ 89,1 bilhões em termos reais. Cresceu 51,4% nominais e 38,4% reais em relação a 2014 e o mais provável é que registre novo recorde negativo em 2016. De fato, continuam presentes os principais fatores que pressionam as contas, como o desemprego e a queda da renda real, que comprometem a arrecadação, e o aumento do salário mínimo e dos benefícios de maior valor, encorpando as despesas do INSS.´Os resultados de 2015 seriam piores não fosse a sazonalidade favorável de dezembro, quando houve um superávit primário de R$ 3 bilhões, decorrente do ingresso das contribuições previdenciárias dos trabalhadores referentes ao 13.º salário, enquanto as despesas correspondentes já haviam sido realizadas, em parte, em setembro. Além disso, o INSS recebeu do Tesouro Nacional quase R$ 6,2 bilhões na rubrica Compensação RGPS, relativa aos subsídios à folha de pagamento de empresas. Em termos reais, o Tesouro elevou essas transferências em R$ 5,9 bilhões no ano.
Um fracasso bilionário
Se um dia o governo Dilma Rousseff conseguir, como demagogicamente está prometendo, iniciar o programa de investimentos que chama de “novo PAC”, não é difícil de prever que será um fracasso. É isso que tem sido o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Lançado em 2007, o PAC serviu para o então presidente Lula fazer de Dilma Rousseff, que era ministra-chefe da Casa Civil, a “mãe do PAC”. Relançado em 2010 com o nome de PAC 2, o programa transformou-se em bandeira da vitoriosa campanha presidencial da “mãe do PAC”. Mas os resultados práticos do programa são o oposto dos resultados eleitorais alcançados por seus criadores.
Embora o PAC tenha contribuído para assegurar a eleição e a reeleição de Dilma, apenas duas de suas dez maiores obras foram concluídas em nove anos, como mostrou reportagem do Estado (24/1). Atrasos constantes de obras, mudanças nos planos, revisão de projetos e gastos não previstos com desapropriações e exigências ambientais são citados pelo governo como fatores que elevaram os custos dos projetos. Na maioria dos casos, o que o PAC deixa claro é a falta de planejamento e de competência administrativa.