Balanço da gestão RC. O que falta cumprir no último ano do governo Roberto Cláudio?
Isabel Filgueiras O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
Chegado o último ano de mandato do prefeito Roberto Cláudio (PDT), Fortaleza já exibe os traços da gestão. No balanço de três anos de governo, algumas promessas prioritárias na campanha que o elegeu em 2012 ficaram pela metade ou não foram feitas. No entanto, outros pontos, como a implantação de ciclofaixas e bicicletários, que apareciam como segundo plano nas eleições, acabaram avançando com mais rapidez. Por um lado, cinco das seis policlínicas prometidas continuam no papel. Nenhuma delas foi entregue à população até o momento. Uma está em execução em terreno ao lado do Hospital da Mulher. Por outro lado, pelo menos dois túneis e dois viadutos foram concluídos, conforme prometido. A reforma dos Frotinhas e Gonzaguinhas ainda aguarda licitação. Já o concurso para 117 médicos ocorreu no ano passado. Eles agora aguardam nomeação para começar a trabalhar pelo município. Alguns (74) irão aumentar o quadro do Instituto Dr. José Frota (IJF), cujo fluxo de pacientes é um dos maiores do Estado. Também foram abertos concursos para a Guarda Municipal (mil vagas, 756 assumiram o cargo) e para professores (1.679 vagas) e assistentes e pedagógicos (400).
Isolado, PT busca novo líder na Câmara
Após dois anos liderada por Vicentinho (SP) e Sibá Machado (AC), deputados considerados por colegas da base – e até da oposição – como omissos e de atuação política fraca, a bancada do PT na Câmara busca um líder para 2016 com um perfil mais atuante, capaz de romper o isolamento do partido na Casa e disposto a desarmar a principal pauta-bomba do Legislativo neste ano: o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A liderança do partido na Câmara ficará a cargo da indicação da Mensagem ao Partido, corrente petista ligada ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Disputam o posto Afonso Florence (BA), Paulo Pimenta (RS) e Reginaldo Lopes (MG). O novo líder será definido em fevereiro, no retorno do recesso parlamentar.
PP desviou R$ 358 mi dos cofres da Petrobrás, afirma Janot
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que o esquema de corrupção sustentado pelo PP na Petrobrás, que tinha como principais operadores o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, desviou R$ 357,9 milhões dos cofres da estatal, entre 2006 e 2014 – 161 atos de corrupção em 34 contratos, 123 aditivos contratuais e quatro transações extrajudiciais. O balanço está descrito na denúncia contra o deputado Nelson Meurer (PP-PR) oferecida ao Supremo Tribunal Federal. Segundo a acusação formal do Ministério Público, doações oficiais à legenda ocultaram propina. O PP é o primeiro partido a ter seu esquema de corrupção devassado pela força-tarefa da Lava Jato. A investigação em Curitiba concentra seus trabalhos também na atuação do PT e do PMDB no esquema. As três legendas, conforme o Ministério Público Federal, agiam como controladoras de áreas estratégicas da Petrobrás, por meio do controle de diretorias, e beneficiárias diretas de desvios.
Galinhas-d'angola são arma contra invasão de escorpiões no Morumbi
Na calada da noite, um morador de um condomínio luxuoso em São Paulo driblou a equipe de seguranças da portaria e infiltrou dez agitados soldados na luta contra um exército peçonhento. Na manhã seguinte, "tô fraco, tô fraco", galinhas-d'angola acordam os moradores, que neste verão viram seu sossego ter fim com a invasão de escorpiões. Daí a ideia de recorrer, na quarta (13), às galinhas, predadoras naturais dos temidos artrópodes. Pais e filhos deste condomínio de sete prédios e 200 casas no Morumbi (zona oeste de São Paulo) saem todas as noites à caça dos escorpiões. Sua presença, com uma ou outra aparição, já havia sido notada em 2013, quando o condomínio de 155 mil m² foi inaugurado.
Em janeiro, porém, a infestação piorou: moradores dizem ter encontrado cem escorpiões em só três dias. Duas cobras também apareceram nos últimos meses.
Projeto endurece punição por desvios de materiais e verbas em hospitais públicos
Estudo mostra que governo investe menos em esgotos sanitários
A água que entra pelos canos das casas nos Municípios do Semiárido brasileiro e chega para cozinhar, lavar as mãos e beber vem recebendo mais atenção do que aquela que sai em forma de esgoto. Estudos mostram que 70% das 14 milhões de pessoas que vivem nas áreas urbanas dos 1.135 Municípios localizados no Semiárido não são beneficiadas com esgotamento sanitário. Desse total, apenas 243 cidades (21%) possuem sistema de coleta de esgoto. No entanto, nem todos têm acesso a esse serviço. Das 7,3 milhões de pessoas que vivem nas áreas urbanas destes Municípios, somente 44% são beneficiadas.
Além disto, o pesquisador e diretor do Instituto Nacional do Semiárido (Insa), Salomão de Sousa Medeiros, enfatiza esses dados acrescentando uma visão financeira. Dos R$ 262,7 milhões destinados aos serviços de água e esgoto, apenas R$ 93,6 milhões (35%) foram investidos no sistema de esgotamento sanitário, incluindo coleta e tratamento, em 2011.
"A maioria das casas que não são beneficiadas com a coleta de esgoto possuem fossas sépticas ou os moradores lançam os dejetos em valas a céu aberto. Essa situação não tem visibilidade, a não ser para a população daquela cidade. Isso traz impactos negativos para o meio ambiente, para a economia e para a saúde. No Semiárido, há um alto índice de internações por conta da falta de saneamento básico devido a doenças ligadas à água", afirma o pesquisador.
Falta de capacitação Para o pesquisador, muitos órgãos municipais não são capacitados para angariar investimentos. "O governo federal, por meio do Ministério das Cidades e da Funasa [Fundação Nacional de Saúde], possui linhas específicas para executar obras de saneamento básico, mas a questão é que muitos Municípios não têm estrutura física e técnica para elaborar esses projetos. Os prestadores de serviços, tanto privados como públicos, precisam dar maior atenção a isso. Os investimentos estão muito aquém do necessário."
Da Agência CNM, com informação da Agência Brasil