Uma boa hora para ignorar Lula
Fez bem aos ouvidos de todo brasileiro pensante um pequeno trecho de um discurso da presidente Dilma Rousseff na quinta-feira, dia 21. A presidente inaugurava um trecho de uma via no Recife, quando apresentou as metas mais amplas de seu governo. “Nosso objetivo, neste momento, é reequilibrar o orçamento do país, reduzir a inflação e reconstruir a capacidade de investimento público e privado”, afirmou. Dilma foi não apenas correta ao listar as prioridades, como extremamente precisa na ordem em que as enunciou. Ela e seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, deveriam ter percebido que essas três frentes de trabalho não são encrencas a resolver durante crises. São basilares para qualquer economia funcional. Exigem dedicação contínua da administração pública. A dupla de presidentes ignorou isso até que o país afundasse na crise atual.
A zica do Planalto - RUTH DE AQUINO
Zica com “c” é uma gíria brasileira que significa mau agouro, azar, maldição, momento de baixo-astral, quando tudo dá errado. A origem da palavra não se sabe ao certo, mas há quem jure que seria uma contração da palavra ziquizira. Faz sentido. Não tem nada a ver com a zika, triste doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Triste porque infecta o cérebro de bebês no útero materno, triste porque atesta nossa incompetência de país subdesenvolvido diante do mosquito que também transmite a dengue, triste porque pode atingir 1,5 milhão de pessoas no Brasil neste ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Cada fala da presidente Dilma Rousseff sobre a zika vira uma festa para humoristas e um constrangimento para a maioria da população – não, claro, para os militantes dilmistas, que a perdoam sempre e atribuem esses lapsos à pressão da dieta argentina ou da “inquisição medieval” contra ela e contra Lula. Dilma já chamou o mosquito de vírus. Dilma já chamou a zika de vetor. Dilma já disse que a doença é transmitida por ovos infectados por vírus. Dilma já inventou um outro inseto que seria especializado em zika, e que não seria o mesmo da dengue.
Prédio de tríplex reformado pela OAS para Lula teve uso irregular de FGTS, diz auditoria
Gerente da empresa panamenha Mossack Fonseca no Brasil, Renata Pereira foi acordada pela Polícia Federal na última quarta-feira na Operação Triplo X, o nome da 22ª fase da Operação Lava Jato. Havia um mandado de prisão temporária contra ela. De casa, na Zona Sul de São Paulo, Renata foi levada para a sede da empresa, na Avenida Paulista, onde foi obrigada a destravar quatro computadores e liberar o acesso dos policiais a documentos de uma das mais famosas criadoras de offshores do mundo. Arrumar os papéis para a criação de empresas em paraísos fiscais, o trabalho da Mossack, facilita a vida de terroristas, políticos corruptos e empresários interessados em ocultar bens e lavar dinheiro. No escritório, os policiais coletaram milhares de dados sobre muitos desses filhotes, alguns usados para corrupção, paridos pela Mossack nos últimos anos.
Entretanto, a 90 quilômetros dali, estava o alvo mais poderoso da Triplo X. A força-tarefa da Lava Jato investiga se os apartamentos do Condomínio Solaris, na Praia das Astúrias, em Guarujá, foram utilizados pela OAS como moeda para pagamento de propina no esquema de corrupção da Petrobras. O conjunto de 112 unidades é o prédio da companheirada. Abriga um tríplex destinado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e apartamentos do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, hoje preso em São José dos Pinhais por coletar propina de contratos da Petrobras, e de Freud Godoy, um ex-segurança de Lula que, entre outras coisas, teve uma empresa que recebeu dinheiro de Marcos Valério, operador do mensalão. No despacho que autorizou a operação, o juiz Sergio Moro disse que a OAS “teria utilizado o empreendimento imobiliário em Guarujá para repasse disfarçado de propina a agentes envolvidos no esquema criminoso da Petrobras”. Até a semana passada, Vaccari era um desses agentes. Lula, ainda não.
Xô crise: criadores de senepol comemoram expansão acelerada do mercado
O desânimo e a prostração que abatem outros setores da economia, seguramente não tem vez no agronegócio, principalmente no promissor segmento da pecuária de corte. Nesta quinta-feira (28/1), em São Paulo (SP), eu participei de um evento em comemoração ao movimentado ano de 2015 para o bovino senepol e às expectativas otimistas dos seus criadores para a temporada atual e também para as próximas. Por sinal, o foco dos pelo menos 40 ou 50 pecuaristas presentes estava centrado na expansão da raça seja em número de animais ou em qualidade diante das exigências crescentes do mercado. As conversas giravam em torno de investimentos em genética, manejo, desempenho do senepol no cruzamento industrial com o zebu, conquista de mercados como o da China para a carne brasileira, necessidade de novos leilões diante da demanda que cresce acelerada e muito mais.
Chuvas de janeiro mudam paisagens no interior do Ceará; VEJA
As chuvas de janeiro no Ceará não foram suficientes para encher os grandes reservatórios, mas já mudou a paisagem do sertão. Três açudes de pequeno porte sangraram no Ceará em 2016; os agricultores anteciparam a plantação no campo, e cachoeiras voltaram a atrair turistas em Ipu e Missão Velha. O G1 mostra algumas das paisagens do sertão cearense em janeiro deste ano, após acumulado de 197 milímetros de precipitações no estado, o maior volume para o mês nos últimas cinco anos, de acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
'Lula é o retrato do PT, partido envolvido em corrupção', diz Alckmin
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou neste sábado (30) que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva é o retrato do Partido dos Trabalhadores (PT), partido “sem compromisso com a ética” (veja no vídeo acima). “O Lula é o Partido dos Trabalhadores. O Lula é o retrato do PT, partido envolvido em corrupção, sem compromisso com as questões de natureza ética, sem limites”, afirmou o governador ao comentar as recentes denúncias envolvendo o nome de Lula. O Ministério Público de São Paulo intimou o ex-presidente e sua mulher, Marisa Letícia, para depor em investigação sobre um apartamento triplex no Guarujá, no litoral do estado.
Alckmin disse ainda considerar "triste" o cenário. “É muito triste o que nós estamos vendo, e o que a sociedade espera é que seja apurado com rigor e que se faça justiça", disse. As afirmações foram feitas em evento em que Alckmin entregou novos veículos para as polícias Civil e Militar de São Paulo.
O G1 procurou as assessorias de Lula e do PT para comentar as declarações de Alckmin e aguarda retorno.