'Lula é o retrato do PT, partido envolvido em corrupção', diz Alckmin
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou neste sábado (30) que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva é o retrato do Partido dos Trabalhadores (PT), partido “sem compromisso com a ética” (veja no vídeo acima). “O Lula é o Partido dos Trabalhadores. O Lula é o retrato do PT, partido envolvido em corrupção, sem compromisso com as questões de natureza ética, sem limites”, afirmou o governador ao comentar as recentes denúncias envolvendo o nome de Lula. O Ministério Público de São Paulo intimou o ex-presidente e sua mulher, Marisa Letícia, para depor em investigação sobre um apartamento triplex no Guarujá, no litoral do estado.
Alckmin disse ainda considerar "triste" o cenário. “É muito triste o que nós estamos vendo, e o que a sociedade espera é que seja apurado com rigor e que se faça justiça", disse. As afirmações foram feitas em evento em que Alckmin entregou novos veículos para as polícias Civil e Militar de São Paulo.
O G1 procurou as assessorias de Lula e do PT para comentar as declarações de Alckmin e aguarda retorno.
O novo elo de Bumlai com a Petrobras - ISTOÉ
No final de novembro, nove meses depois de ISTOÉ revelar em primeira mão a ligação do pecuarista José Carlos Bumlai com o esquema do Petrolão, a Polícia Federal deflagrou a Operação Passe Livre, 21ª fase da Lava Jato, destinada a prender o amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dono de trânsito livre no Planalto durante a gestão do petista. Ouvido pelos agentes federais, Bumlai negou, num primeiro momento, o envolvimento com as irregularidades. Bastaram mais duas semanas de confinamento numa cela em Curitiba para que o pecuarista capitulasse e decidisse fazer uma confissão. Bumlai reconheceu aos policiais que contraiu um empréstimo de R$ 12 milhões junto ao Grupo Schahin que serviria para irrigar campanhas do PT. O grupo mantinha negócios com a Petrobras. O dinheiro, ao menos parte dele, também foi usado para calar o empresário Ronan Maria Pinto, que ameaçava envolver Lula, José Dirceu e Gilberto Carvalho no nebuloso episódio do assassinato do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel. Posteriormente, narrou o pecuarista, ele atuou para que a Petrobras contratasse o Schahin por US$ 1,6 bilhão para operar a sonda Vitoria. Foi a solução encontrada para quitar o débito.
NOVO INDÍCIO Para a Lava Jato, José Carlos Bumlai pode ter ajudado a Marítima
Desmorona o castelo de Lula - ISTOÉ
Pedro Marcondes de Moura ( O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. )
Na sexta-feira 29, o Ministério Público de São Paulo intimou para prestar depoimento o ex-presidente Lula, sua mulher Marisa Letícia e o ex-presidente da OAS, Leo Pinheiro. Lula será ouvido em 17 de fevereiro como investigado, sob a suspeita de ter praticado crimes de ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro. Frente a frente com os promotores, a família do ex-presidente e o empreiteiro terão de apresentar justificativas mais plausíveis do que aquelas já expostas até agora a respeito do tríplex localizado no condomínio Solaris, no Guarujá, e reformado pela OAS, que na semana passada transformou-se em alvo da mais recente fase da Operação Lava Jato. As suspeitas, segundo os procuradores, recaem sobre o uso dos apartamentos do Solaris, entre eles o de Lula, para “repasse disfarçado de propina a agentes envolvidos no esquema criminoso da Petrobras.” Em outras palavras, pagamento de suborno do Petrolão.
NA MIRA O ex-presidente Lula terá de depor ao MP para explicar a relação com imóvel reformado por empreiteira do Petrolão
ISTOÉ teve acesso a três documentos que comprometem as versões exibidas por Lula, desde que o caso veio à tona. No ano passado, quando surgiram as primeiras denúncias de que a empreiteira OAS, envolvida nas falcatruas da Petrobras, desembolsou mais de R$ 700 mil na reforma do apartamento no litoral paulista, o Instituto Lula se esmera em negar com veemência que o ex-presidente ou a ex-primeira-dama Marisa Letícia sejam donos do imóvel. Eles seriam, segundo insistem em afirmar, apenas cooperados de uma cota da quebrada Bancoop, a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo, já comandada por dirigentes petistas, como João Vaccari Neto e Ricardo Berzoini, hoje ministro de Dilma, que deixou mais de três mil famílias sem ver a cor de seus imóveis e do dinheiro aplicado por eles movidos pelo sonho da casa própria. O discurso do principal líder petista persistiu até semana passada, apesar de toda a sorte de depoimentos que confirmaram a presença rotineira de integrantes da família Lula durante as obras responsáveis por mudar (para melhor) a configuração do tríplex. Os documentos que ISTOÉ apresenta agora revelam que Lula jamais abriu mão do imóvel. Há sete anos, a família Lula deveria ter exercido o direito, caso tivesse interesse, de se desfazer da cobertura de frente para a praia e receber a restituição em dinheiro do que havia desembolsado até ali. Mas não o fez. Na época, um acordo foi selado, transferindo o empreendimento atrasado e inacabado da Bancoop para a OAS.
Lula e o PT não perceberam que a história da vítima já não cola mais
O ex-presidente Lula se reuniu nesta sexta com sua equipe de advogados para traçar a estratégia jurídica e de comunicação que deve adotar diante das investigações da fase Triplo X da Operação Lava Jato e da investigação conduzida pelo Ministério Público Estadual de São Paulo. O Instituto Lula divulgou à tarde uma nota em defesa do petista. O comunicado diz que “são infundadas as suspeitas do Ministério Público de São Paulo e são levianas as acusações de suposta ocultação de patrimônio”. A nota termina com a seguinte frase: “A verdade ficará clara no correr das investigações”. O presidente nacional do PT, Rui Falcão, saiu mais uma vez em defesa do chefão petista. Em nota publicada em uma rede social, afirmou que as investigações têm o objetivo de tentar “derreter o Lula” para destruir o PT.
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Falcão escreveu: “Eles sabem qual é a liderança, qual é a força política que tem o PT. Isso já vinha antes de a gente ter a Presidência. Tem uma série de episódios para tentar destruir o PT e destruir o Lula. São os mitos: casa do Morumbi, fortuna do Lula, conta no exterior, uma série de ataques. Não passarão”. Falcão fala por falar. Fala para falar alguma coisa. Fala para não ficar calado. Sabe, no entanto, que não há verdade no que diz. Desta feita, não se trata de lendas urbanas, de um diz-que-diz-que… A propriedades-problema têm uma série de desculpas, mas não têm explicação. Essa tática do PT envelheceu, e Lula e seus companheiros ainda não se deram conta. Quando os brasileiros imaginavam que Lula era realmente um homem pobre — ou com uma vida tão remediada como a deles —, então colava essa conversa de preconceito contra o operário, de tentativa de destruir Lula, de esforço para dar fim ao PT. Agora não mais. Agora o PT é poder, Lula é um homem rico, e já não se encaixa mais no figurino da vítima.
Diz-se muito que a melhor defesa é o ataque. É bom Lula repensar a máxima. No seu caso, a melhor defesa é mesmo tentar se defender. REINALDO AZEVEDO
CGU aponta uso indevido de verba pública até para banheiros em bares
Carlos Mazza O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
Auditoria da Controladoria Geral da União (CGU) em sete municípios do Ceará apontou uma série de supostas irregularidades em programas federais. Com superfaturamentos e desvios em merenda e transporte escolar, foi apontado até uso de dinheiro público para construção de banheiros em bares dos municípios.
Investigações integram ação de fiscalização por sorteio da CGU. Em 2015, foram visitados os municípios cearenses de Ararendá, Barreira, Capistrano, Chaval, Chorozinho, Itapajé e Martinópole, sendo identificadas irregularidades em todos eles.
Lava-Jato apura suposta propina a presidente da CCJ, Arthur Lira
BRASÍLIA — Um dos inquéritos da Operação Lava-Jato em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF) investiga suposto pagamento de propina em espécie ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL). Já houve, inclusive, um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) de condução coercitiva do ex-assessor parlamentar Jaymerson José Gomes de Amorim, que foi o responsável pelo transporte do dinheiro.
O STF autorizou a quebra de sigilo de dois celulares e um tablet do ex-auxiliar do deputado. Quando foi detido pela Polícia Federal no aeroporto de Congonhas em São Paulo com R$ 106,4 mil nos bolsos do paletó, em fevereiro de 2012, o então assessor de Arthur Lira declarou aos policiais que o dinheiro se destinava ao deputado, conforme documento enviado pela PGR ao STF.