Andrade diz que pagou pesquisas para Dilma em 2014 sem declarar
Paulo Lisboa - 20.jun.15/Folhapress | ||
Otávio Marques de Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, quando foi preso na Lava Jato |
A Andrade Gutierrez usou um contrato com o instituto Vox Populi para pagar pesquisas usadas e não declaradas pela equipe de comunicação da campanha da reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014. Segundo a Folha apurou, a construtora tinha um contrato com o Vox Populi para realização de levantamentos de dados destinados à empresa, que acabou sendo usado para bancar pesquisas qualitativas encomendadas pela equipe de produção de programas da candidata petista à reeleição.
STF mostra deferência a regras do Legislativo para rito do impeachment
Antonio Cruz/Agência Brasil | ||
Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) em sessão que analisou ações relacionadas à votação do impeachment |
O que influenciaria o voto de um deputado em um processo de impeachment? As teorias traçam muitas hipóteses, como o convencimento pessoal, orientação partidária, deferência à vontade de seu eleitorado. O tema foi levado ao Supremo e os ministros decidiram, por maioria, que o regimento interno da Câmara, ao dispor sobre a regra de intercalação entre votos de deputados dos estados mais ao sul e ao norte, em nenhuma medida fere a Constituição. Além do mais, a maioria afirmou que o tribunal deve ser deferente à forma como o Legislativo cria e interpreta as suas próprias regras de deliberação.
Pedindo para ser traída - ruy castro
RIO DE JANEIRO - Na iminência de despedir-se do poder que exerceu com triunfal empáfia, a presidente Dilma Rousseff olha em volta e se vê sozinha, abandonada e cercada de traidores. Com razão. Poucos seriam tão eficientes quanto ela na arte de chamar para seu governo aqueles que, na sua visão, acabariam por traí-la.
STF rejeita pedido da AGU e mantém votação do impeachment no domingo
O Supremo Tribunal Federal (STF) convocou sessão extraordinária nesta quinta-feira (14) para julgar cinco ações sobre a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no plenário da Câmara dos Deputados. Os pedidos tentavam suspender ou alterar a ordem da votação estabelecida pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mas foram negados.
Com isso, a votação continua marcada para o domingo (17) e a forma e a ordem definidas por Cunha estão mantidas. Haverá alternância na votação entre bancadas estaduais, começando por uma da região Norte, seguida por outra do Sul e vice-versa. Votarão primeiro todos os deputados de Roraima e depois os do Rio Grande do Sul.
Em seguida será a vez dos parlamentares de Santa Catarina, Amapá, Pará, Paraná, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Rondônia, Goiás, Distrito Federal, Acre, Tocantins, Mato Grosso, São Paulo, Maranhão, Ceará, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Piauí, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Sergipe e Alagoas.
Ações julgadas na sessão
O pedido para suspender a votação foi apresentado pela Advocacia-Geral da União(AGU), que questionava a análise das acusações contra a presidente pela comissão especial da Câmara, que aprovou relatório favorável à abertura do processo na segunda (11). Já o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) queria, além da suspensão, a anulação doparecer da comissão especial que recomendou a abertura do processo.
Três ações tentavam alterar a forma e a ordem definidas pelo presidente da Câmara, mas o Supremo validou o rito da votação – e a votação por ordem alfabética foi descartada. Os pedidos foram feitos pelo PCdoB e pelos deputados Weverton Rocha (PDT-MA) e Rubens Junior (PCdoB-MA).
Após o julgamento, que durou mais de sete horas, o presidente da Corte, RicardoLewandowski, afirmou que atos imputados a Dilma no processo de impeachment em curso no Congresso poderão ser contestados no STF.
"Que fique essa fundamentação na ata, que acabo de explicitar, para que essa questão da tipificação possa eventualmente ser reexaminada no momento oportuno", afirmou Lewandoski. "Não fechamos a porta para uma eventual contestação no que diz respeito à tipificação dos atos imputados à senhora presidente no momento adequado."
PP vai punir filiados que votarem contra impeachment de Dilma
BRASÍLIA - Dois dias após anunciar o desembarque do PP do governo e o apoio do partido ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, o presidente da legenda, senador Ciro Nogueira (PI), deverá fechar questão sobre o tema, com punição para aqueles que desrespeitarem a ordem. A decisão é uma retaliação às negociações individuais que deputados do partido fizeram para dar seus votos contrários ao impeachment em troca de cargos no governo.
Moro sequestra casa onde vive mãe de Dirceu
Imóvel localizado em Passa Quatro, interior de Minas, é alvo da Operação Pixuleco, parte da Lava Jato
O juiz federal Sérgio Moro decretou o sequestro da casa em Passa Quatro, no interior de Minas Gerais, onde vive a mãe do ex-ministro da Casa Civil durante o governo Lula, José Dirceu, condenado por corrupção no mensalão e preso na Pixuleco, 17ª fase da Lava Jato, no ano passado acusado de receber propinas no esquema Petrobrás.