Há 2 anos, antevi Lula preso em 18
O jornalismo e coisas que até se parecem com ele, mas são mera propaganda, andam empestados de pessoas que fazem previsão sobre o que aconteceu ontem. Não sou futurólogo, adivinho, Mãe Dinah, “Pai Reinaldo” e afins. Não faço adivinhações, faço análise. E também prognósticos.
No dia 21 de setembro de 2016, fiz um editorial no programa que eu comandava, então, na Jovem Pan, antevendo a prisão de Lula em 2018. Os petistas deveriam ter levado a sério. Mas eles estavam muito ocupados me xingando. Assim como hoje há expressões “da direita” — essa coisa que se intitula “direita” ou “liberalismo” no Brasil, livre como um táxi… — a fazer o mesmo.
Há 2 anos, antevi Lula preso em 18 e nova jurisprudência sobre prisão
O jornalismo e coisas que até se parecem com ele, mas são mera propaganda, andam empestados de pessoas que fazem previsão sobre o que aconteceu ontem. Não sou futurólogo, adivinho, Mãe Dinah, “Pai Reinaldo” e afins. Não faço adivinhações, faço análise. E também prognósticos.
No dia 21 de setembro de 2016, fiz um editorial no programa que eu comandava, então, na Jovem Pan, antevendo a prisão de Lula em 2018. Os petistas deveriam ter levado a sério. Mas eles estavam muito ocupados me xingando. Assim como hoje há expressões “da direita” — essa coisa que se intitula “direita” ou “liberalismo” no Brasil, livre como um táxi… — a fazer o mesmo.
Lula, ‘El Cid de São Bernardo’
O Estado de S.Paulo
06 Abril 2018 | 03h00
Como era previsível, os petistas trataram a decisão do Supremo Tribunal Federal de rejeitar o habeas corpus para o ex-presidente Lula da Silva como um atentado “contra o País e sua soberania, contra o processo democrático, contra o povo brasileiro”. Assim, o PT e seu chefão outra vez reafirmam sua natureza autoritária – para o partido, só são democráticas as instituições que se ajoelham perante o demiurgo de Garanhuns, pois este, segundo a mitologia lulopetista, é “o maior líder popular do País” e o “candidato da esperança” do “povo brasileiro”, conforme se lê na nota oficial do PT a respeito da nova derrota judicial, que o partido classificou como “um dia trágico para a democracia”.
A manobra fracassada
O Estado de S.Paulo
06 Abril 2018 | 03h00
Se o julgamento do habeas corpus do sr. Lula da Silva mostrou que é possível o bom senso prevalecer no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), a sessão de quarta-feira passada também revelou até onde pode ir a ousadia de alguns ministros na tentativa de livrar o ex-presidente petista das consequências da lei. É normal haver num tribunal divergência de opiniões, mas o que os ministros Marco Aurélio e Ricardo Lewandowski fizeram ao longo do julgamento do mérito do habeas corpus foi muito mais do que expor suas posições jurídicas. Tentaram ganhar no grito o que não puderam ganhar por meio da argumentação e da estratégia.
Mais que uma quarta-feira / FERNANDO GABEIRA
FERNANDO GABEIRA*, O Estado de S.Paulo
06 Abril 2018 | 03h00
O que estava em jogo na quarta-feira era uma questão central para o País: romper ou não com um sistema de corrupção que se alimenta da lentidão da Justiça. O Brasil estava se tornando um país bizarro, com um vaivém de cadeiras de rodas nas cadeias. Era tão difícil prender alguém, no labirinto de agravos e recursos, que já chegava bem velho.
Prisão de Lula reforça o estado de direito
Rejeitado o pedido de habeas corpus em favor de Lula no início da madrugada de ontem, pelo Supremo, o juiz Sergio Moro, responsável pela condenação do ex-presidente em primeira instância, determinou, no fim da tarde, que ele se entregue à Polícia Federal, em Curitiba, até as 17h de hoje, para começar a cumprir a pena de 12 anos e um mês de prisão, em regime fechado, por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá. Fecha-se um ciclo na política brasileira, no momento em que um líder populista esbarra na Constituição.