Após caso de Gilmar, deputado critica ministros: “São seres especiais?”
O deputado federal Marcelo Calero (PPS-RJ) afirmou nesta sexta-feira, 8, que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, corre o “risco de prática de crime” caso interceda na Corte em favor de Gilmar Mendes, no procedimento aberto pela Receita Federal para identificar supostos “focos de corrupção, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio ou tráfico de influência” do ministro e sua esposa, Guiomar.
Eleito ao Congresso em 2018, Calero foi pivô da queda de Geddel Vieira Lima (MDB) do governo Michel Temer, em novembro de 2016, quando pediu demissão e denunciou suposta pressão do emedebista, então chefe da Secretaria de Governo, para a liberação de um imóvel de alto padrão em Salvador. O empreendimento estava embargado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), vinculado ao Ministério da Cultura, ocupado à época por Calero.
Faltava intriga. Não falta mais - VEJA
As desconfianças começaram ainda durante a campanha, quando o general Hamilton Mourão, então candidato a vice-presidente, sugeriu participar dos debates no lugar de Jair Bolsonaro, o cabeça da chapa, que se recuperava do atentado que sofrera. Suspeitando que Mourão tentava conquistar uma posição de protagonismo no cenário nacional, os filhos de Bolsonaro derrubaram a ideia no ato. Na montagem do governo, a relação entre o vice e a família Bolsonaro se esgarçou um pouco mais. Mourão queria assumir a função de coordenador da máquina administrativa, mas também acabou escanteado. A família presidencial fez questão de deixar claro que o seu papel era ser um vice com um perfil, digamos, decorativo. Ao fim do primeiro mês de governo, ficou claro que Mourão não se encaixa no papel de mero coadjuvante — e, por isso, já virou alvo preferencial de uma parte da artilharia bolsonarista.
Na história democrática brasileira, não são incomuns relações atritadas entre presidente e vice. Aconteceu com Fernando Collor e Itamar Franco, com Dilma Rousseff e Michel Temer. E, sempre, sem exceção, o antagonismo resulta em mirabolantes teorias conspiratórias — a tese mais amalucada da hora sugere que Mourão está acenando a setores estratégicos para tomar o poder das mãos de Bolsonaro. Eis o que disse o ex-astrólogo e filósofo Olavo de Carvalho, guru bolsonarista: “Estará o Mourão planejando livrar-se do Bolsonaro e usar a eleição dele como mera camuflagem para dar ares de legalidade eleitoral a um golpe militar?”.
Proposta ‘anticrime’ de Moro despista sobre foco principal - VEJA
Talvez você tenha ficado intrigado, assim como boa parte dos professores de Processo Penal, quando ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) apresentou o "pacote anticrime" sem exposição de motivos, pelo menos na fase atual em que sequer foi encaminhado formalmente ao Congresso Nacional. Sem justificativa, torna-se difícil a compreensão democrática do que pretende o governo — ou justamente resida aí a tática de despiste. Normalmente, quando não se está em Estado de exceção, as normas demandam uma justificativa democrática das razões suficientes às medidas a se adotar.
Desdobrar a legítima defesa praticamente autorizando o abatimento antecipado, nos moldes do “assassinato seletivo” (targeted killing), significa matar quem gera risco potencial (real e/ou imaginado) a depender dos critérios e da probabilidade de o evento futuro ocorrer. Então, antecipando o futuro, age-se antes de os fatos ocorrerem.
100 toneladas de peixes são encontrados mortos no Açude Castanhão, em Jaguaribara
Cerca de 100 toneladas de peixes tilápia foram encontrados mortos na manhã deste sábado (9) no Açude Castanhão, em Jaguaribara. Desde a última quinta-feira (7), os peixes são vistos no local.
Segundo a prefeitura, foi perdida toda a produção de tilápia dos piscicultores das regiões do Curupati, Jaburu e proximidades do escritório do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), causando prejuízo aos produtores.
As causas das mortes estão sendo apuradas, mas a principal suspeita é de que elas tenham sido causadas pela diminuição do oxigênio da água do açude, que atualmente acumula menos de 4% de sua capacidade.
Durante todo o sábado, usando tratores e caçambas, funcionários da prefeitura trabalharam na retirada dos peixes da água para evitar a contaminação.
Em nota, a prefeitura informou que através das das Secretarias de Aquicultura e Pesca e Infraestrutura dará todo o suporte necessário aos psicultores da região. DIARIONORDESTE
PT e PDT ganham espaços estratégicos no 2º Governo Camilo
Se por um lado ter um arco de aliança com 23 partidos garante apoio ao governador Camilo Santana (PT) na hora de aprovar projetos no Legislativo, por outro, requer dele ainda mais diálogo para manter tantos aliados na base do Governo.
Após a definição do primeiro escalão e da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, governistas estão na "fila" da base, aguardando serem chamados ao Palácio da Abolição, para reivindicar espaços na máquina pública.
Enquanto isso, na correlação de forças dentro do grupo governista, o PDT, liderado pelos irmãos Cid e Ciro Gomes, e o PT, partido do governador, ganharam musculatura no início desta segunda gestão de Camilo. Basta ver a composição do secretariado, que envolveu indicações técnicas, mas também políticas.
PSL torna o ‘novo’ de Bolsonaro coisa bem velha.
Dizia-se que o noticiário político deveria sair na seção de polícia. Mas no caso do PSL, partido de Jair Bolsonaro, o caderno de economia talvez se revele uma opção mais adequada. A sigla parece atuar como uma legenda de negócios. Dedica-se à produção de laranjas, indicam reportagens da Folha.
Em Pernambuco, a candidatura cítrica da desconhecida Maria de Lourdes Paixão à Câmara obteve ridículos 274 votos. Entretanto, quatro dias antes da eleição, o pseudocomitê da hipotética candidata recebeu R$ 400 mil do fundo eleitoral bancado pelo Tesouro Nacional. Alega-se que 95% da cifra serviu para pagar a impressão de panfletos e adesivos. No endereço gravado na nota fiscal, porém, não há vestígio de gráfica.