Fechada há 5 anos, Biblioteca Pública do Ceará não tem prazo para reinauguração
Cinco anos fechada e sem data para reabertura. Essa é a situação da Biblioteca Pública Menezes Pimentel. Fundada em 1867, o equipamento de cultura mais antigo do Ceará permanece inacessível, à espera de uma reformacujos contornos beiram o improvável. Em fevereiro de 2014, quando deixou de receber visitantes, o espaço já pelejava com a falta de cuidados. Infiltrações, problemas de ventilação e a pouca acessibilidade afastavam os frequentadores e colocavam em risco o acervo histórico da instituição. Anos depois, as obras já se encerraram, mas a biblioteca ainda não foi reinaugurada por falta de mobiliário.
A situação é simbólica porque atinge diretamente um dos espaços responsáveis por guardar e, em tese, difundir a memória do Ceará. No equipamento, estão armazenados cerca de 10 mil livros raros e 80 mil edições de jornais que circularam pelo Estado e ajudam a contar a história dos cearenses. Esse conteúdo serve de fonte para pesquisadores, que se veem prejudicados com a inacessibilidade da biblioteca.
Em 100 dias, Bolsonaro não levou governo para a direita, puxou-o para baixo.
É falsa a impressão de que Jair Bolsonaro leva o governo para a direita. Puxa-o para baixo. Sem oposição, Jair desperdiçou os primeiros cem dias criando problemas para Bolsonaro. A fatura da inépcia começa a ser cobrada, indica o Datafolha. O capitão cavalga a pior avaliação já atribuída a um presidente em início de governo desde a redemocratização, em 1985. Decepcionou até quem gosta dele. Quase metade dos seus eleitores negaram-se a avaliá-lo como um presidente ótimo ou bom.
Na campanha eleitoral, Bolsonaro não tinha um programa de governo nítido. Ele dispunha de um bordão —"Brasil acima de tudo, Deus acima de todos"— e de um versículo do Evangelho de João —"Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." Descobre agora que, embora Deus esteja em toda parte, o demônio controla o Planalto quando não há uma diretriz. Percebe que a verdade à luz do gabinete presidencial não é a mesma ao sol das filas onde se desesperam 13 milhões de desempregados.
Nando Reis evoca o conservadorismo visual da discografia de Roberto Carlos na capa de álbum em tributo ao 'Re
À primeira vista, a capa do álbum que Nando Reis lança em 19 de abril, Não sou nenhum Roberto (mas às vezes chego perto), parece sem graça, até simplória. SQN. O charme reside justamente na simplicidade do close que expõe o cantor em foto de Jorge Bispo.
É que, com a capa do disco em que canta 12 músicas do repertório de Roberto Carlos, Nando Reis evoca o conservadorismo visual que pauta a discografia do Rei desde sempre, mas sobretudo a partir da década de 1980.
A menina que cresceu sonhando com um lar sem goteiras e hoje 'transforma casas' de graça
Fernanda ainda era criança quando olhava para o teto e pensava: "Sinto raiva da chuva".
Ela morava com os pais e os cinco irmãos em uma casa "bem pequena, de taipa e tijolos brancos" em Natal, no Rio Grande do Norte, onde tinham sala, cozinha, dois quartos e um banheiro nos fundos do quintal - com um monte de goteiras.
Quando chovia, uma caixa de fogão transformada em guarda-roupa, a cama e o chão sempre ficavam encharcados. O "reboco antigo", de barro, também infiltrava e o cheiro que ficava no ar - para "vergonha" da menina - foi chamado de ruim por um amigo da escola.
"O que eu pensava era que quando crescesse ia querer uma casa que não tivesse goteiras", diz. "Era com isso que eu sonhava."
Hoje técnica em controle ambiental, tecnóloga em construção de edifícios e prestes a se formar em Engenharia Civil, ela lembra da história para explicar por que, aos 21 anos, decidiu criar um projeto voluntário para reformar casas, sem cobrar nada.