Ao chegar ao Japão, Bolsonaro diz que não aceitará ser advertido no G20
Ao chegar ao Japão para participar da reunião do G20, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que não aceitará advertências de outros países ao comentar declaração da chanceler alemã, Angela Merkel, sobre estar preocupada com o desmatamento no Brasil.
"Eles [alemães] têm a aprender muito conosco. O presidente do Brasil que está aqui não é como alguns anteriores que vieram aqui para serem advertidos por outros países. Não, a situação aqui é de respeito para com o Brasil. Não aceitaremos tratamento como no passado de alguns casos de chefes de estado que estiveram aqui", disse, sem citar exemplos a quem se referia.
Bolsonaro disse não ter problema em falar com a alemã, que afirmou que aproveitará o G20 para ter "uma conversa clara" com o brasileiro.
Segundo a assessoria de imprensa da Presidência, a chanceler não buscou a comitiva do Brasil para marcar um encontro.
Na quarta (26), Merkel disse ver com grande preocupação as ações do governo brasileiro em relação ao desmatamento.
"Assim como vocês, vejo com grande preocupação a questão das ações do presidente brasileiro [em relação ao desmatamento] e, se ela se apresentar, aproveitarei a oportunidade no G20 para ter uma discussão clara com ele", afirmou a chanceler alemã a deputados de seu país.
Questionado sobre se achava que a primeira-ministra da Alemanha havia sido desrespeitosa, ele disse que só sabia do que foi relatado pela imprensa e que "lamentavelmente, grande parte do que a imprensa escreve não é aquilo"
Diálogos entre Moro e Lava Jato têm caminho improvável para autenticidade; entenda
Exclusão de mensagens, falta de acesso a equipamentos e dificuldade de inspecionar os arquivos mantidos pelo aplicativo Telegram devem ser entraves de uma eventual perícia para atestar a autenticidade dos diálogos divulgados pelo site The Intercept Brasil e atribuídos ao ex-juiz Sergio Moro e a procuradores da Lava Jato.
Nesta terça-feira (25), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes defendeu adiar o julgamento que pode beneficiar o ex-presidente Lula, entre outros motivos, para dar mais tempo para que as mensagens vazadas ao longo deste mês sejam analisadas pelas autoridades.
Câmara aprova nova distribuição dos recursos do pré-sal
26 de junho de 2019 | 21h41
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 26, projeto que propõe uma nova distribuição dos recursos que o governo vai obter com a exploração do pré-sal. O texto reduz investimentos em saúde e educação e inclui Estados e municípios na divisão, além do financiamento à expansão de gasodutos.
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Hoje, 100% dos recursos do pré-sal vão para o Fundo Social do Pré-Sal, criado em 2010, como poupança para investimentos em educação, saúde, entre outras áreas.
Bonat manda bloquear até R$ 78 mi de Lula
Ricardo Brandt, Luiz Vassallo e Fausto Macedo
26 de junho de 2019 | 23h40
O juiz federal Luiz Antonio Bonat, atual responsável pela Operação Lava Jato, determinou o bloqueio de até R$ 78 milhões do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O valor é referente às supostas propinas da Odebrecht oriundas de contratos da Petrobrás que teriam abastecido o PT.
A medida cautelar se deu no âmbito de processo em que o petista é réu por vantagens indevidas de R$ 12,5 milhões da empreiteira. Os valores são referentes à aquisição de um terreno em São Paulo, onde supostamente seria sediado o Instituto Lula, e à compra do apartamento vizinho à residência de Lula em São Bernardo do Campo.
Nesta ação penal, Lula já entregou alegações finais, mas ainda não foi sentenciado. De acordo com o juiz, o bloqueio é decretado ‘para garantir a reparação dos danos decorrentes do crime’. “Tratando-se de arresto ou sequestro de bens substitutivos, não tem relevância se os bens foram ou não adquiridos com recursos lícitos”.
O valor dos imóveis, já sequestrados pela Justiça, poderá ser descontado do bloqueio.
Alexandre barra férias em resort no Caribe a senador condenado
Luiz Vassall/SÃO PAULO, Breno Pires e Vianey Bentes/BRASÍLIA
26 de junho de 2019 | 21h15
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes revogou a decisão da Justiça do Distrito Federal que concedia ao senador Acir Gurgacz (PDT-RO) – que cumpre pena de 4 anos e 6 meses em domiciliar – viagem de férias em um resort com cassino no Caribe. A decisão foi de ofício, apesar de a Procuradoria-Geral da República ter pedido a revogação da decisão que concedeu a viagem de Gurgacz. Alexandre de Moraes é relator da ação penal que levou à condenação de Gurgacz, no Supremo.
Por decisão do juiz de direito Fernando Luiz de Lacerda Messere, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, Gurgacz estava autorizado a passar de 17 de julho a 3 de agosto em um hotel resort e cassino em Aruba, ilha que fica relativamente próxima à Venezuela. Segundo o juiz, o Ministério Público concordou com o pedido do condenado.
Com agenda própria, Senado reage a Bolsonaro e dá aval a armas no campo
26 de junho de 2019 | 21h40
Atualizado 27 de junho de 2019 | 01h03
BRASÍLIA - O Senado decidiu reagir às iniciativas do presidente Jair Bolsonaro e tenta levar adiante agenda própria sobre a legislação de armas no País. Nesta quarta-feira, 26, um dia após o governo editar três novos decretos e enviar projeto de lei sobre o assunto, o plenário do Senado aprovou em votação relâmpago a permissão para moradores do campo usarem armas em toda a extensão da propriedade rural - e não apenas na sede.
Outro texto aprovado estabelece que moradores da zona rural, a partir de 21 anos, poderão adquirir armas de fogo para segurança da família e da propriedade. Ambos os textos alteram o Estatuto do Desarmamento e vão agora para a Câmara. Além disso, ao menos outros quatro projetos sobre o tema foram protocolados nesta quarta no Senado - um deles do PSL, partido do presidente, recuperando integralmente o decreto editado por Bolsonaro em maio que flexibilizava as regras para porte.
O projeto sobre posse aprovado pelo Senado nesta quarta é de autoria de Marcos Rogério (DEM-RO) e passou em poucas horas na Comissão de Constituição e Justiça e no plenário. Para o parlamentar, a mudança corrige um equívoco do Estatuto, que autoriza a posse de arma de fogo no interior das residências e no local de trabalho, mas não trata da situação dos imóveis rurais - com a mudança, um proprietário ou gerente de fazenda pode andar armado em toda a área.