Brasil deverá ter produção recorde de grãos na safra 2019/2020
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou nesta quinta-feira, 10, que a safra de 2019/2020 de grãos no país deve ser recorde. Segundo o primeiro levantamento do órgão para essa safra, a produção brasileira está estimada em 245,8 milhões de toneladas, com aumento de 1,6% em relação ao período anterior. Quanto à previsão da área plantada total no país, a expectativa da companhia é que sejam cultivados 63,9 milhões hectares, uma variação para mais de 1,1% em comparação à safra 2018/2019.
A produção brasileira de soja deve puxar o recorde. São estimados 120,4 milhões de toneladas, aumento de 4,7% ante o ciclo anterior. Além de uma recuperação na produtividade média, após uma safra afetada pela seca em alguns Estados, a Conab projetou aumento de 1,9% na área plantada de soja, para 36,6 milhões de hectares. Com isso, o Brasil pode se tornar o maior produtor global da commodity em 2019/2020, passando os Estados Unidos.
O estudo aponta ainda que o milho (primeira safra) tem produção estimada em 26,3 milhões de toneladas, 2,5% acima à de 2018/19, com um crescimento de 1% na área, totalizando 4,14 milhões hectares. O milho da segunda safra, no entanto, que representa cerca de 70% do total do grão, só começará a ser plantado após a colheita da soja.
Em evento com PMs em São Paulo, Bolsonaro é exaltado e Doria, vaiado
O presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que estão com as relações estremecidas, dividiram nesta sexta-feira, 11, o mesmo palco durante cerimônia de formatura da Escola de Sargentos da Policia Militar do Estado de São Paulo, no Sambódromo, na zona norte de São Paulo.
Mas foi a plateia, formada por cerca de 12 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, quem deixou claras as divergências entre os dois mandatários. Enquanto Bolsonaro era ovacionado a cada vez que tinha seu nome anunciado pelo serviço de som do Sambódromo, Doria, que é o comandante da PM paulista, era vaiado.
Dirigindo-se ao Alto Comando da Policia Militar do Estado de São Paulo e aos formandos, Bolsonaro disse ser o primeiro presidente a valorizar as Forças Armadas e as polícias brasileiras. Disse que foram as duas instituições “que impediram os comunistas de tomarem o Brasil”. “A esquerda foi vencida. Eles perderam”, discursou, aos gritos de ‘mito’ da plateia.
A investigação sobre pagamentos do PCC a um advogado do PT
Lucas de Sousa Oliveira se apresentava como empresário e dizia às pessoas com quem tinha contato em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, que estava trabalhando para transformar em pousada sua mansão em Búzios, outra cidade do litoral fluminense, a uma hora de distância de carro dali. Ele dirigia uma caminhonete prata Mitsubishi Triton L200, modelo avaliado em cerca de 170 000 reais, quando foi cercado por policiais no dia 14 de agosto. “Vim para este fim de mundo e vocês me pegaram aqui”, reclamou, depois de soltar um palavrão. Lucas era a identidade falsa usada por Décio Gouveia Luiz, uma das principais lideranças do Primeiro Comando da Capital nas ruas brasileiras. Décio Português, como ele é conhecido, gozava da plena confiança de Marcos Williams Herbas Camacho, o Marcola, líder da facção, que cumpre pena hoje no presídio federal de Brasília. Uma das funções principais de Décio Português envolvia cuidar da contabilidade do PCC, lavando e ocultando bens e valores. Era a ele também que os chefões repassavam as missões mais importantes. No curso das investigações realizadas nos últimos meses, foram descobertas uma carta com planos para assassinar três policiais e uma mensagem no celular de Décio Português com indícios perturbadores de ligações entre o PCC e um advogado do PT, o que gerou até um pedido de quebra do sigilo fiscal e bancário do defensor do partido
Os grandes segredos de Pompeia / ISTOÉ
Se existe um lugar na Europa decisivo para o desenvolvimento da arqueologia moderna é a cidade de Pompeia, no sul da Itália, situada a 23 quilômetros de Nápoles. Junto com suas vizinhas, Herculano e Stabia, ela foi soterrada por uma erupção do Vesúvio em agosto de 79 d.C. Passou dezesseis séculos sob a poeira vulcânica e a lava até que as primeiras escavações começassem a ser feitas na região, em 1748, sob o patrocínio do monarca espanhol Carlos III. O que se descobriu nas suas ruínas, desde então, permite que se estabeleça um retrato do cotidiano de uma cidade romana dominada por uma elite de comerciantes de azeite e vinho no início da nossa era. As pessoas cuidavam de afazeres domésticos e profissionais quando foram atingidas por pedras e pelos chamados fluxos piroclásticos, nuvens de cinzas com temperaturas elevadíssimas e repletas de gases venenosos. Morreram na hora. Mais de mil corpos encontrados na cidade foram paralisados em posições impressionantes, surpreendidos em atividades rotineiras pela fúria do Vesúvio.
Pensando em 2020 - MURILO DE ARAGÃO
As possibilidades de crescimento em 2019 estão limitadas apesar do sucesso esperado com a reforma previdenciária, a cessão onerosa dos campos de petróleo e o prosseguimento do programa de concessões e privatizações. Deveremos crescer pouco mais do que 1,5% do PIB. Já é hora de pensar em 2020.
De fato existem condições positivas para um desempenho melhor: juros baixos, inflação sob controle, capacidade ociosa da indústria, reservas cambiais expressivas e aumento de investimentos em infraestrutura e no setor petrolífero e de telecomunicações. O quadro será ainda melhor caso o Congresso aprove uma boa Reforma da Previdência, como se espera.
Funcionalismo público na mira do governo
Com a votação da Reforma da Previdência entrando na reta final, o governo Bolsonaro aposta suas fichas na reestruturação de carreiras do funcionalismo federal para evitar o estrangulamento das contas públicas. A Reforma Administrativa em elaboração prevê novas regras para contratação, promoção e desligamento de servidores. “Não temos condições de continuar rodando com gastos com folha de pagamento nessa magnitude”, diz Gleisson Rubin, secretário especial adjunto de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia. A meta é enviar o projeto ainda em outubro ao Congresso. O Executivo conta com o apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que o considera a “prioridade número 1”.
Com as mudanças, o governo federal pretende reduzir o número de categorias do funcionalismo federal em até 80%. Passarão de 117 carreiras para algo entre 20 e 30, diminuindo muito o gasto com pessoal. Também é avaliada a regulamentação da avaliação de desempenho, prevista pela Constituição, que permitirá a premiação de bons servidores e a demissão por atuação insatisfatória. Serão incluídos ainda mecanismos para impedir que os bônus se estendam a todos os servidores. Outras modificações incluem a revisão de licenças e gratificações, a criação de um contrato de trabalho temporário, o estímulo à contratação pela CLT por concurso, a aproximação entre os salários do funcionalismo e do setor privado, a redução dos salários de entrada e a ampliação do prazo para se chegar ao topo da carreira.