Bolsonaro tem 56% e Haddad, 44%, na disputa à Presidência, diz pesquisa
Daniel Bramatti, O Estado de S.Paulo
25 Outubro 2018 | 19h03
O Datafolha divulgou nesta quinta-feira, 25, sua pesquisa de intenção de voto para a Presidência da República nas eleições 2018. O candidato Jair Bolsonaro (PSL) tem 56% das intenções de voto, enquanto seu adversário, Fernando Haddad (PT), aparece com 44%. Na comparação com o último Datafolha, a diferença entre os candidatos diminuiu de 18 pontos porcentuais para 12 pontos em uma semana.
Uma eleição plebiscitária
Não há dúvidas que esta é uma eleição plebiscitária, muito marcada pelo anti-petismo. O PT foi durante décadas a encarnação das esperanças da esquerda, mas me parece óbvio que a sua imagem como alternativa desejada pelos eleitores está em colapso. A esquerda brasileira, alimentada pela “bolha” formada pela fina flor da “intelligentsia” universitária, encontra-se atualmente perdida no labirinto do seu mundo utópico igualitário.
Os Tiros no pé - MERVAL PEREIRA
Essa eleição é tão atípica que os disputantes do segundo turno, além de terem índices de rejeição semelhantemente altos, vivem às voltas com problemas que seus próprios aliados ou seguidores criam.
São campanhas desorganizadas, a do PT pela fragilidade das posições que foram mudando ao longo da campanha de maneira patética, até fazer desaparecer por completo a cara do ex-presidente Lula. A de Bolsonaro, por soberba, pois já se consideram dentro do Palácio do Planalto.
Os candidatos têm que se haver também com seus passados políticos, Haddad não exatamente com o seu, que é escasso, mas com o do PT. Aceitando o papel de poste de Lula, levou consigo toda a rejeição ao próprio Lula e ao PT, e não tem luz própria para compensar essas perdas.
Sertanejos buscam alternativas para sobreviver à seca em Alagoas
Por Yasmin Pontual e Isabella Padilha, TV Gazeta
No Sertão de Alagoas, falta de tudo, inclusive água para as atividades mais básicas do dia a dia. Por isso, os sertanejos têm adotado medidas extremas para enfrentar uma das piores secas da história: a plantação é regada com a água reaproveitada da lavagem das roupas e os animais estão bebendo da água salgada que restou nos açudes da região.
Maria de Lourdes já não se lembra da última vez que choveu na zona rural de Jaramataia, um dos 38 municípios alagoanos em situação de emergência por causa da seca. Água potável só por meio da Operação Carro-Pipa, do Exército, que passa duas vezes por mês no Povoado Tião, onde Lourdes e outras sete famílias dividem uma cisterna comunitária.