Sob a sombra do laranjal dos Bolsonaro - Carlos José Marques
No clima primaveril de diplomação e festejos, o novo governo desabrocha exalando um odor inconfundível de laranja podre, com suspeitas de velhas práticas, esquemas condenáveis e descaso pela verdade a imolar uma gestão que se pretendia, desde o início, incorruptível. A movimentação atípica de uma pequena fortuna por parte do motorista policial Fabrício de Queiroz, amigo dileto, de longa data, dos Bolsonaro, e os depósitos que entravam e saiam de sua conta na mesma velocidade dos pagamentos dos salários da Alerj (a Assembleia Legislativa do Rio), deixam um rastro imenso de dúvidas sobre a lisura das práticas dessa turma.
Delatado, Aécio recicla discurso do PT contra delações - POR BERNARDO MELLO FRANCO
“O Brasil acordou perplexo com as mais graves denúncias de corrupção da nossa história recente”. Às vésperas da eleição de 2014, Aécio Neves comentava o depoimento de Paulo Roberto Costa à Lava-Jato. Para o tucano, a delação do ex-diretor da Petrobras valia como prova cabal contra a adversária.
“As denúncias do senhor Paulo Roberto mostram que a Petrobras vem sendo assaltada ao longo dos últimos anos por um grupo político, comandado pelo PT, com o objetivo de perpetuar-se no poder”, sentenciou, no dia seguinte.
Militantes do Bolsonaro agem exatamente como petistas - CORA RÓNAI
A quantidade de gente que bloqueei no Facebook desde 2009, quando abri conta, dava uma pequena aldeia. Da última vez que contei estava perto dos cinco mil, e isso foi antes do impeachment. É difícil contar. O Facebook não fornece ferramentas. Mentor Neto, grande amigo e bloqueador feroz (há um grupo chamado “Fui bloqueado pelo Mentor Neto”), desenvolveu uma técnica usando Excel, mas como não domino o Excel, nunca mais soube ao certo.
Entenda por que a absolvição de deputado crítico da ditadura, há 50 anos, foi a 'gota d'água' para o AI-5
O governo do militar Artur da Costa e Silva foi surpreendido quando, em 12 de dezembro de 1968, a Câmara dos Deputados negou a autorização para processar e cassar o deputado Márcio Moreira Alves (MDB), acusado de "uso abusivo do direito de livre manifestação e pensamento e injúria e difamação das Forças Armadas". Parlamentar de primeiro mandato, ele foi absolvido no Congresso por 216 votos a 141, com 12 abstenções. Hoje, o episódio é visto como a gota d'água para a promulgação do famigerado Ato Institucional número cinco (AI-5), que inaugurou o momento mais duro de repressão às liberdades no país, dando poderes quase absolutos ao regime militar.
Ex-assessor de Flávio Bolsonaro passou 248 dias em Portugal enquanto trabalhava para o deputado
O ex-assessor do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL), o tenente-coronel da Polícia Militar do Rio de Janeiro Wellington Servulo Romano da Silva, cujo nome aparece em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), passou 248 dias em Portugal enquanto trabalhou com o parlamentar na Assembleia Legislativa do RJ (Alerj). O caso foi revelado pelo Jornal Nacional desta quarta-feira (12).
É hora de punir crimes fiscais
O Estado de S.Paulo
13 Dezembro 2018 | 03h00
Vários governadores prestes a deixar o cargo estarão sujeitos a penas de prisão caso não encontrem solução para o grave problema financeiro que deixarão para seus sucessores. Despesas autorizadas por esses governadores não serão pagas durante seu mandato nem haverá disponibilidade de caixa para honrá-las no ano que vem. Isso configurará violação da Lei de Responsabilidade Fiscal e crime contra as finanças públicas passível de punição dos responsáveis com até quatro anos de reclusão. Durante todo o mandato de quatro anos, que termina no dia 31 de dezembro, eles não conseguiram equilibrar as finanças estaduais e é pouco provável que consigam, no curto período que lhes resta no cargo, afastar o risco de serem punidos.