Lava Jato tenta identificar destinatário de R$ 3 mi pagos pela Odebrecht por projeto no Senado
Perícia realizada nos sistemas de comunicação e de contabilidade informais da Odebrecht mostra que a empresa pagou pelo menos R$ 8,5 milhões, entre maio e agosto de 2012, a cinco políticos – os senadoresRomero Jucá (MDB-RR) e Renan Calheiros (MDB-RR) e os ex-senadores Delcídio do Amaral (sem partido-MS) e Gim Argello (sem partido-DF), além de um quinto nome ainda não identificado.
O político indicado nas planilhas da empreiteira pelo codinome de "Glutão" teria recebido R$ 3 milhões em Brasília em maio de 2012, mas a Polícia Federal ainda não sabe de quem se trata.
Bandidos fora da cadeia - Hélio Schwartsman
Um dos problemas do ser humano é que, pelo menos no mundo moderno, nossos impulsos atávicos nem sempre correspondem ao que é melhor para nós. Um bom exemplo desse abismo é a questão do encarceramento de criminosos.
Não há dúvida de que aqueles que violam as normas do grupo precisam receber alguma sanção. Modelos matemáticos mostram que sociedades só são estáveis quando punem aqueles que tentam levar vantagem indevida. Até aqui, nossas intuições e necessidades estão do mesmo lado. As complicações surgem quando temos de definir quais são as sanções cabíveis.
Temer, missão cumprida - Antonio Delfim Netto
Quando os tempos se acalmarem, pesquisadores honestos concentrarão suas teses de doutoramento nos incríveis quase 14 anos de governo do PT.
Sob Lula, registrou-se o único surto de crescimento dos últimos 20 anos. Ajudado por uma extraordinária melhoria das “relações de troca”, soube aproveitá-la para melhorar a distribuição de renda.
Tudo foi destruído pela ação voluntarista de Dilma, que produziu uma dramática recessão. Entre 2012 e 2016, o PIB per capita caiu 7%, a produção industrial voltou ao nível de 2003 e os PACs deixaram mais de 7.000 obras inacabadas. A tragédia fiscal foi escondida pela destruição dos registros contábeis que levaram ao impeachment.
Essa foi a herança de Temer. Ele soube organizar uma espécie de “parlamentarismo de ocasião” e cercar-se do que há de mais competente na administração pública do país.
Na balança - Alexandre Schwartsman
Não tenho dúvida que, do ponto de vista econômico, o breve governo de Michel Temer será dos mais estudados nos próximos anos, independentemente da trajetória a ser seguida pela economia brasileira no futuro imediato (tema para a semana que vem).
Apesar de legar muitas tarefas a cargo do seu sucessor, houve avanços importantes no período, seja do ponto de vista conjuntural, seja pelas transformações institucionais que tentou promover.