Temer, missão cumprida - Antonio Delfim Netto
Quando os tempos se acalmarem, pesquisadores honestos concentrarão suas teses de doutoramento nos incríveis quase 14 anos de governo do PT.
Sob Lula, registrou-se o único surto de crescimento dos últimos 20 anos. Ajudado por uma extraordinária melhoria das “relações de troca”, soube aproveitá-la para melhorar a distribuição de renda.
Tudo foi destruído pela ação voluntarista de Dilma, que produziu uma dramática recessão. Entre 2012 e 2016, o PIB per capita caiu 7%, a produção industrial voltou ao nível de 2003 e os PACs deixaram mais de 7.000 obras inacabadas. A tragédia fiscal foi escondida pela destruição dos registros contábeis que levaram ao impeachment.
Essa foi a herança de Temer. Ele soube organizar uma espécie de “parlamentarismo de ocasião” e cercar-se do que há de mais competente na administração pública do país.
Na balança - Alexandre Schwartsman
Não tenho dúvida que, do ponto de vista econômico, o breve governo de Michel Temer será dos mais estudados nos próximos anos, independentemente da trajetória a ser seguida pela economia brasileira no futuro imediato (tema para a semana que vem).
Apesar de legar muitas tarefas a cargo do seu sucessor, houve avanços importantes no período, seja do ponto de vista conjuntural, seja pelas transformações institucionais que tentou promover.
No Twitter, Bolsonaro anuncia que ministro vai a Israel negociar parceria tecnológica para dessalinização de água
RIO — O presidente eleito, Jair Bolsonaro , anunciou em seus perfis nas redes sociais nesta terça-feira que o futuro ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, visitará em janeiro Israel com o objetivo de estabelecer parcerias com o país na área. O astronauta deve visitar instalações de dessalinização de água. A técnica, segundo o presidente eleito, pode beneficiar o Nordeste.
"Pretendemos ainda em janeiro construir instalação piloto para retirar água salobra de poço, dessalinizar, armazenar e distribuir para agricultura familiar, estendendo o projeto para mais localidades após testes e ajustes", escreveu Bolsonaro no Twitter, rede social que tem usado com frequência mesmo durante o período de descanso na Ilha da Marambaia, área militar na Costa Verde do Rio onde passa o Natal.
Uma obra de 26 Natais
Lá se foram 26 Natais. O Sol chupa poços há 9.490 dias, e a obra do canal com a água prometida avança lenta, capionga como diz por ali. O ritmo é de nove metros a cada jornada. A chuva da semana passada até foi celebrada em discursos na última sessão do Congresso, em Brasília. Mas é só um alento natalino, advertem meteorologistas: precisa-se de dois ou três anos de enxurradas para que as duas dezenas de baixios ressecados no sertão alagoano possam, de novo, ser chamados de rios.