Youssef que ‘nova delação’ esclarecerá repasse à campanha de Dilma em 2010 Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/brasil/youssef-quebra-silencio-diz-que-nova-delacao-esclarecera-repasse-campanha-de-dilma-em-2010-17296916#ixzz3jrgc5VNo ©
BRASÍLIA — O doleiro Alberto Youssef afirmou na acareação com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, nesta terça-feira, que uma nova delação premiada vai esclarecer a divergência entre os dois sobre o repasse de recursos para a campanha da presidente Dilma Roussef em 2010, por meio do ex-ministro Antonio Palocci. Youssef tem habeas corpus para ficar em silêncio, mas quebrou o silêncio e aceitou responder a essa pergunta. — Ratifico meus depoimentos dados como réu colaborador. E vou dizer mais ainda. Vou me reservar ao silêncio com referência a esse assunto porque existe investigação desse assunto do Palocci que vai ser revelado e logo vai ser esclarecido. Outro réu colaborador está falando. Eu não fiz esse repasse. Assim que for revelado vocês vão saber — disse Youssef, completando: — Vocês vão saber realmente quem foi que pediu o recurso e quem repassou.
Costa reiterou que, “pelo que se lembra”, o assunto chegou até ele através do doleiro. O ex-diretor da estatal afirmou ainda que foi liberado R$ 2 milhões da cota do PP para contribuir. — Pelo que me lembro esse assunto veio através do Youssef de um pedido de R$ 2 milhões e autorizei repassar recursos do PP para a campanha de Dilma Roussef — afirmou o ex-diretor. Youssef obteve um habeas corpus do ministro Teori Zavascki do Supremo Tribunal Federal (STF), que lhe garante o direito de não se autoincriminar e de ficar em silêncio. Youssef tinha avisado que ficaria em silêncio logo na primeira pergunta feita pelo relator, Luiz Sérgio (PT-RJ).
— Eu vou me reservar ao direito ao silêncio por conta do salvo conduto dado pelo Supremo Tribunal Federal. Vou me reservar ao silêncio — disse o doleiro.
Eliseu Padilha anuncia a liberação de R$ 500 milhões em emendas parlamentares Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/brasil/eliseu-padilha-anuncia-liberacao-de-500-milhoes-em-emendas-parlamentares-17297435#ixzz3jrdTvSHH © 1996 - 2015. T
Um dia depois de anunciar o seu afastamento da articulação política do governo, o ministro da Aviação Civil Eliseu Padilha anunciou na Câmara que a área econômica do governo liberou os R$ 500 milhões em emendas aos deputados que haviam sido negociadas, mas retidas pelo Ministério da Fazenda. Padilha, que esteve na Câmara na tarde desta terça-feira para comunicar a liberação das emendas com líderes da base aliada, relatou ter passado a noite em conversas telefônicas com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy — que estava nos Estados Unidos —, para fechar os termos da liberação. A retenção dos R$ 500 milhões por parte de Levy foi um dos estopins da saída de Temer e Padilha do núcleo de articulação do governo. Ambos estavam sofrendo cobranças por parte dos parlamentares da base por não estarem cumprindo os acordos negociados durante a votação do ajuste fiscal.
Aperto no crédito chega ao campo
A escassez do crédito agora bate às portas do agronegócio, uma das únicas atividades da economia brasileira que continua crescendo mesmo com a crise. Segundo reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo na edição desta segunda-feira, produtores de soja estão reclamando da dificuldade em conseguir empréstimos a menos de um mês da semeadura da nova safra.
Os agricultores relatam casos de morosidade na análise dos pedidos de empréstimos, aumento das exigências por parte dos bancos e elevação dos juros. Segundo eles, o crédito mais restritivo tem atrasado a compra de insumos necessários para o início do plantio, como sementes e fertilizantes, e pode acabar com os consecutivos ganhos do setor.
BR alterou licitação para incluir cartel que lesou Petrobrás, aponta auditoria
Andreza Matais - BRASÍLIA / O ESTADO DE SP
Relatório de investigação interna em contratos da empresa, subsidiária da estatal, mostra que ela direcionou licitações vencidas pela UTC Engenharia no valor de R$ 574 milhões
Auditoria da BR Distribuidora em contratos investigados pela Operação Lava Jato descobriu que a empresa direcionou quatro licitações vencidas pela UTC Engenharia no valor de R$ 574,1 milhões em 2010. Até agora, havia sido descoberto apenas que a empreiteira pagou R$ 20 milhões em propina para ter acesso antecipado a estimativas de preços, o que lhe garantiu apresentar a melhor proposta nos certames. Mas o relatório de auditoria, finalizado em março deste ano e inédito até agora, apontou, no entanto, que a BR também facilitou a vitória ao substituir uma lista inicial de empresas que seriam convidadas a participar das licitações por outra relação que incluiu empreiteiras do chamado “clube da propina” – que já fraudavam, com a UTC, as licitações na Petrobrás. O resultado da auditoria reforça a tese da força-tarefa da Operação Lava Jato de que as empreitaras investigadas atuavam em conjunto, como um cartel, para lesar a Petrobrás e suas subsidiárias.
Empresa é condenada por acidente de trabalho com base em lei ambiental
A falta de segurança no trabalho pode ser equiparada a um problema ambiental. Foi com esse entendimento que 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) para condenar uma empresa a indenizar por danos morais, estéticos e materiais, além de pagar os custos médicos, um cortador de cana que lesionou o braço em um acidente de trabalho. A empresa recorreu ao Tribunal Superior do Trabalho. Relator do caso no TRT-3, o juiz convocado Paulo Eduardo Queiroz Gonçalves, enquadrou o acidente no conceito de poluição, previsto no artigo 3º, inciso III, alínea "a" da Lei 6.938/1981, que regula a Política Nacional do Meio Ambiente. Ele considerou que o acidente foi consequência da falta de boas condições do meio ambiente de trabalho. O dispositivo citado diz que poluição é a degradação da qualidade ambiental resulta de atividades que, direta ou indiretamente, prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população.
Plenário pode votar proposta que amplia alcance do Supersimples
Também está na pauta a PEC que efetiva os titulares de cartórios que estavam à frente do serviço antes da exigência constitucional de concurso público / Nilson Bastian / Câmara dos Deputados
O Plenário da Câmara dos Deputados pode votar, a partir de terça-feira (25), o aumento dos limites de enquadramento do Supersimples.
Aprovado por uma comissão especial no começo de julho, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 25/07 aumenta de R$ 360 mil para R$ 900 mil a receita bruta por ano para enquadramento de microempresas, e de R$ 3,6 milhões para R$ 14,4 milhões para pequenas empresas.
Nesses limites de enquadramento, as empresas podem pagar vários tributos de uma só vez com alíquota diferenciada e menor que as grandes empresas. Segundo o relatório do deputado João Arruda (PMDB-PR), a grande maioria das empresas brasileiras (mais de 90%) poderá optar pelo Supersimples com o aumento dos limites. O texto também permite a inclusão dos fabricantes artesanais de cervejas especiais e pequenos produtores de cachaças, licores e vinhos no regime especial de tributação.