Uruguai registra maior taxa de contágios diários por covid-19 do mundo
Redação, O Estado de S.Paulo
MONTEVIDÉU - O Uruguai, considerado um exemplo na luta contra a covid-19 durante a maior parte de 2020, começou a registrar a maior quantidade de novos casos diários per capita do mundo, segundo um balanço da agência France-Press.
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O país registrou cerca de 1.370 novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, de longe a maior taxa do mundo, já que nenhum outro país superou os 1.000 contágios diários por 100 mil habitantes neste período, segundo estatísticas da agência realizadas com base em dados oficiais.
O governo uruguaio reportou na segunda-feira 71 mortes por covid, a maior cifra desde o início da emergência sanitária, em março de 2020. No total, o país de 3,5 milhões de habitantes registra 149.430 contágios e 1.595 mortes em razão do novo coronavírus.
O aumento do número de contágios põe em risco o atendimento em hospitais públicos e privados em todo o país, onde 53% dos leitos de terapia intensiva estão ocupados por infectados com a covid-19. Segundo boletim da Sociedade Uruguaia de Medicina Intensiva, até a segunda-feira havia 77% de ocupação total nas unidades de terapia intensiva.
Sem endurecer as medidas
Outrora um exemplo regional por sua bem sucedida gestão da pandemia, o país vive seu pior momento sanitário. Mas o presidente Luis Lacalle Pou se mostrou relutante em endurecer as medidas existentes para restringir a mobilidade, argumentando que seu governo não acredita em "um Estado policial".
O país, que nunca decretou quarentena obrigatória, suspendeu as aulas presenciais e os espetáculos públicos e fechou alguns escritórios públicos não essenciais. Mas estabelecimentos comerciais de todos os setores, incluindo bares e restaurantes, permanecem abertos, com muita movimentação nas ruas.
Por volta das 21H de terça-feira, um forte panelaço pôde ser ouvido em vários bairros de Montevidéu pedindo mais medidas para conter os contágios, constataram jornalistas da AFP.
A convocação para bater panelas, que não foi feita por nenhuma organização política, realizou-se durante o dia pelas redes sociais com a hashtag #UruguayCacerolea.
Até o momento, no entanto, a administração parece ter apostado todas as fichas em um programa de vacinação que avança em um ritmo bom e não dá sinais de anunciar novas medidas restritivas.
Quase 26% da população uruguaia recebeu a primeira dose das vacinas da CoronaVac ou da Pfizer, e 6% a segunda, desde que teve início a campanha de imunização no país, em 1º de março. / AFP
Bolsonaristas tentam criar CPI contra Doria na Alesp; PT e PSOL resistem
14 de abril de 2021 | 16h11
Em meio à crise política provocada pela instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado para averiguar ações do governo Jair Bolsonaro no enfrentamento da covid-19, deputados bolsonaristas tentam aprovar na Assembleia Legislativa de São Paulo uma CPI para investigar gastos do governador João Doria (PSDB) durante a pandemia.
Apresentado em março, o pedido depende do apoio de parlamentares do PT e do PSOL para ter chances de avançar. Ambas as legendas, no entanto, não veem o tema como prioritário. Por enquanto, o projeto de resolução que propõe a CPI tem apenas 15 das 36 assinaturas necessárias – ao todo, são 94 cadeiras na Alesp. Doria afirmou ao Estadão que o “governo de São Paulo não teme CPI”.
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O autor da proposta é o deputado Sargento Neri (Avante), integrante do grupo Parlamentares em Defesa do Orçamento (PDO), um bloco independente e informal criado com o objetivo de fiscalizar contratos relativos à pandemia em São Paulo. São dez deputados – todos representantes das chamadas bancada da bala e bancada da bíblia.
Eleito para seu primeiro mandato na onda bolsonarista, Neri cobra o apoio do PT para viabilizar a CPI. “O deputado (Teonilio) Barba se comprometeu em plenário que toda a bancada do PT iria assinar. Se ele cumprir a palavra que me deu ficará mais fácil assegurar a instalação desta CPI, que não pretende ser contra ou a favor do governo Doria. Minha intenção é poder fiscalizar as decisões e os gastos feitos por ele”, afirmou.
Diferentemente da proposta da CPI da Covid autorizada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que tem como foco inicial a investigação do colapso na Saúde no Amazonas, o pedido de Neri não tem uma denúncia específica como base. “Há uma série de atitudes tomadas pelo governador que foram imprudentes. Os hospitais de campanha montados pelo Estado, por exemplo, foram utilizados no momento errado”, disse o parlamentar do Avante.
Segundo o Estadão apurou, deputados petistas apontam a ausência de uma denúncia específica no pedido de Neri como impeditivo para o apoio. Além disso, eles alegam que já conseguiram emplacar duas outras CPIs com potencial para incomodar o governo do PSDB.
Uma delas é a CPI da Dersa, que os tucanos haviam conseguido barrar nos últimos dois anos. A outra comissão pretende investigar benefícios fiscais que o governo concedeu na última década que são questionados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Dos dez parlamentares da bancada do PT, só dois assinaram o projeto de CPI sobre a pandemia até agora: Emídio de Souza e Luiz Fernando Teixeira. Carlos Giannazi (PSOL) também assinou o pedido, mas disse que seu objetivo, caso o colegiado seja instalado, será debater o motivo pelo qual o governo Doria não pagou auxílio emergencial no Estado até agora. “Assinar a CPI foi decisão minha, essa não é uma questão de bancada”, afirmou o parlamentar, que trata a eventual investigação como uma demanda bolsonarista. “A única intenção deles é eleitoral. Fazem todo o possível para minar o governo Doria.”
Respiradores
Integrante do grupo Parlamentares em Defesa do Orçamento e apoiador da CPI, o deputado Coronel Telhada (PP) declarou que a investigação é necessária para que se tenha conhecimento dos gastos do governo paulista na crise sanitária, especialmente os relacionados à compra de respiradores vindos da China. O contrato firmado sem licitação para aquisição de 3 mil unidades, no valor de US$ 100 milhões, é alvo de um inquérito do Ministério Público e foi cancelado após atraso na entrega dos produtos.
Telhada disse que os pedidos de CPIs na Alesp e no Senado não têm qualquer relação. “Nós entramos há tempos com o pedido e estamos discutindo o governo estadual”, afirmou o deputado, que já foi do PSDB.
Carla Morando (PSDB) afirmou que a proposta de CPI é uma “manobra bolsonarista” para desviar o foco da CPI da Covid do Senado. A deputada destacou que o governo Doria tem adotado medidas assertivas para proteger a saúde da população. “E faz isso baseado na ciência. Atualmente, oito de cada dez pessoas imunizadas contra o coronavírus no Brasil são vacinadas com a Coronavac, vacina que foi desmoralizada pelo governo Bolsonaro diversas vezes”, disse Carla, acrescentando que, em São Paulo, não há motivos para uma CPI.
Para Arthur do Val (Patriota), o pedido de CPI é mais “um serviço à base bolsonarista” do que uma tentativa de investigar, de fato, o governo. “Sou antibolsonarista, mas apoiaria uma CPI se ela estivesse em debate. Nem me pediram para assinar o pedido”, afirmou.
Além de Neri, Giannazi, Emídio e Teixeira, assinam o pedido os deputados Major Mecca, Janaína Paschoal, Letícia Aguiar e Danillo Balas – todos do PSL –, Gil Diniz (sem partido), Douglas Garcia (PTB), Coronel Telhada (PP), Conte Lopes (PP), Edna Macedo (Republicanos), Márcio Nakashima (PDT) e Adriana Borgo (PROS).V
Bloco governista define membros e completa composição da CPI da covid-19
14 de abril de 2021 | 15h33
BRASÍLIA – O bloco dos partidos aliados do presidente Jair Bolsonaro no Senado escolheu os senadores Marcos Rogério (DEM-RO) e Jorginho Mello (PL-SC) para integrar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19. Os nomes estavam cotados desde terça-feira, 13, publicou o Estadão/Broadcast e foram confirmados pelos líderes partidários nesta quarta-feira, 14, completando a lista.
A ala bolsonarista inclui parlamentares do DEM, PL e PSC. Após as indicações chegarem oficialmente na Secretaria-Geral da Mesa, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), poderá convocar a reunião de instalação, ainda sem data para ocorrer. Por 10 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal decidiu nesta quarta-feira, 14, que o Senado tem de instalar a CPI, mas cabe à própria Casa definir como devem ser executados os trabalhos do grupo, se presencialmente, por videoconferência ou modelo híbrido
Os indicados podem ser substituídos a qualquer momento, durante o funcionamento da CPI. O governo terá apenas quatro parlamentares na tropa de choque entre os 11 titulares. A oposição terá dois representantes. O restante do grupo se posiciona como independente, mas é crítico à postura do presidente Jair Bolsonaro na crise do coronavírus. A composição acendeu um alerta no governo, que tentará adiar ao máximo o funcionamento.
Veja como está a formação da CPI da Covid-19 no Senado, conforme definição das bancadas:
Titulares:
1. Eduardo Braga (MDB-AM) – independente
2. Renan Calheiros (MDB-AL) – independente
3. Otto Alencar (PSD-BA) – independente
4. Omar Aziz (PSD-AM) – independente
5. Tasso Jereissati (PSDB-CE) – independente
6. Humberto Costa (PT-PE) – oposição
7. Randolfe Rodrigues (Rede-AP) – oposição
8. Ciro Nogueira (PP-PI) – governista
9. Eduardo Girão (Podemos-CE) – governista
10. Marcos Rogério (DEM-RO) – governista
11. Jorginho Mello (PL-SC) – governista
Suplentes:
1. Jader Barbalho (MDB-PA) – independente
2. Angelo Coronel (PSD-BA) – independente
3. Alessandro Vieira (Cidadania-ES) – oposição
4. Rogério Carvalho (PT-SE) – oposição
5. Marcos do Val (Pode-ES) – governista
6. Zequinha Marinho (PSC-PA) – governista
7. Indefinido (MDB-PP-Republicanos)
O salão dos passos perdidos - Paulo Delgado, O Estado de S.Paulo
Tragédia desnecessária é lástima. Em algum lugar da Comédia Humana, de Balzac, há referência a um imenso salão onde as pessoas buscam solução para seus problemas, mas que de tão monumental faz parecer mesquinho tudo o que o cerca. São aqueles lugares e situações em que a espera vira agonia. No Brasil é o salão onde a Justiça se faz degrau da política e se dispõe a alimentar com colher outro Poder. E a omissão do Parlamento não deixa a política andar pelas próprias pernas.
Muitos congressistas sofrem da “doença do mandato”, que os faz perambular pelas duas Casas preservando o mandato sem exercê-lo. São vítimas de presidentes que mobilizam emoção sem entender do assunto.
O presidente, estrela ociosa cuja riqueza veio da política, é presa fácil do poder sem lastro que o estimula a passar o rodo. Telefona nu do palácio. Avança para destruir o patrimônio institucional, construído pela elite e pelo povo brasileiro nos últimos 132 anos. Vaga fora do alcance da luz confiante no círculo de aduladores-vingadores.
Maus sentimentos fazem maus governos. É preciso alguém elevado, capaz de se cercar de ideias coletivas, para ajudar o País a escapar do descarrilamento. O político, como parte essencial da elite do poder, deve abandonar o tabu da falta de propósitos comuns e fazer das ramificações na sociedade a fonte do poder.
Há uma crise do progresso agravada pela falta de reação ao fracasso do Executivo. Um entorpecimento social e econômico, também estimulado pela alienação das pesquisas que avalia friamente os brasileiros, como se não quisesse deixá-los em paz para refletirem sobre seu silêncio. A vida como eleição faz perder o êxtase, recalca a consciência do presente e mete o cidadão numa prisão que o priva da liberdade de decidir.
O eleitor é o herói-vítima de quem fala por ele e a quem se impõe uma ação que talvez não queira. Sondagens são rédeas, reduzem a democracia ao mínimo eleitoral e empurram o País para o abismo da urna outra vez como panaceia e loteria.
A política nada conseguirá se continuar esse carrossel de cavalões correndo, viciados em rondó de ideologias e o povo, cavalinhos sofrendo – teu populismo, esmeralda ou rubi, acabou enlouquecendo. O sol tão claro lá fora. E a alma, por te seguir, desaparecendo (apud Manuel Bandeira). Bijuterias políticas. Chega da equitação de poderosos não cooperativos, montados na construção mental dispersa da desorganização do sistema público. É hora de domar o cavaleiro, e não mais amestrar o cidadão.
A sociedade continua tratada como superfície plana, tela de uma exposição do expressionismo abstrato, onde artistas deslumbrados com o preço irreal do que pintam vivem seu próprio mundo mais importante do que sua obra. É necessário dobrar o sino da complacência com gigolôs de pobres, tribunais, quartéis e igrejas. Quem for demagogo, justiceiro, vivandeira, santo do pau oco, que o seja para si, mas não enquanto político.
O presidente, pelo que demonstra em suas atitudes, jamais alcançaria posto acima do nível tático, como atingiu. O acesso a posto superior da hierarquia militar, relacionado ao nível estratégico, exige capacidade de pensamento complexo, que envolve abstração, análise de múltiplos fatores e outras competências cognitivas elevadas. Que formam o conceito de mérito, essencial nas instituições em que a ascensão a comandos se faz pela avaliação de conhecimento e preparo.
Quando diz que “todos têm que morrer um dia”, revela desprezo pelo efeito da pandemia, que é levar muita gente à morte antes do que ocorreria “um dia” por outras causas. Não se deve brincar com a transgressão. Por coerência, aplicada ao mandato presidencial a mesma ideia, “todo eleito tem que sair um dia”, não é anormal antecipar “esse dia”. Afinal, sem possuir fundamento positivo suficiente para enfrentar a complexidade atual é bom evitar que a catástrofe vire revolta.
Sintomas de pensamento desestruturado, que enfiou o País numa gaiola, incapaz de abstrair e compreender o geral e o específico, valendo-se de cabeças de aluguel, estão presentes em todas as suas atitudes. Armas, cloroquina, máscara, vacina. Não se ganha autoridade afrontando o pacato cidadão: é crueldade negar o testemunho da dor e da razão lógica. No presidencialismo falhas do defeito gritam.
Sua visão estreita dos problemas complexos o faz tratar o essencial como minoritário e o ultraminoritário como essencial. Não quer CPI porque não quer ser investigado em sua culpa ou dolo. É preciso parar a imprudência. Melhor a autópsia do governo que a de meio milhão de brasileiros.
Questões que longinquamente ressoam um Brasil dominado e revivido por correntes de opinião disfuncionais. Mais bondade, menos orgulho. O bem é mais antigo do que o mal, e o governante é responsável pelo que o outro realiza em seu nome ou por sua influência. Se continuarmos a antecipar o mundo das eleições, a tragédia em curso continuará um ponto periférico e o presidente conseguirá completar sua sina como o intimidador invencível que sempre foi.
SOCIÓLOGO. E-MAIL: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
Paes libera prática de atividades coletivas em praças, áreas públicas, praias e ruas desde que não gerem aglomerações
Luiz Ernesto Magalhães / O GLOBO
RIO — O prefeito Eduardo Paes decidiu liberar, nesta quarta-feira, a prática de atividades coletivas em praças, áreas públicas, praias e ruas desde que não gerem aglomerações. A medida foi publicada no Dário Oficial. A regra vale, inclusive, para atividades com professores. No entanto continua proibida a presença de pessoas na areia para o banho de sol. Já clubes passam a poder abrir a partir das 6h até às 21h. Antes, as atividades só podiam começar às 11h. As demais regras para comércio, serviços e indústrias estão mantidas.
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Na última sexta-feira, a prefeitura do Rio decidiu flexibilizar as medidas restritivas que vinha mantendo na capital desde 26 de março. As medidas valem até 19 de abril. Com a mudança, vale o funcionamento presencial de bares e restaurantes, até as 21h. Já as praias continuam proibidas, não podendo haver ambulantes (fixo ou itinerante), aula e prática de esportes coletivos, permanecer na areia e estacionamento na orla (com exceção de moradores, idosos, pessoas com deficiência e hóspedes de hotéis). Essas restrições também valem para parques e cachoeiras.
De acordo com o município, as restrições tiveram impacto no número de atendimentos na rede básica, que teve indicativo de queda. No último boletim epidemiológico, o 14º, a cidade foi classificada com risco muito alto.
Veja como estão as restrições na cidade:
Até as 21h
- Bares
- Lanchonetes
- Restaurantes
- Quiosques da orla
Foi estipulada uma hora de tolerância para o efetivo encerramento dos serviços nestes locais.
- Clubes sociais e esportivos (as áreas de lazer a partir das 11h)
Do meio-dia às 21h:
- Museus
- Galerias
- Bibliotecas
- Cinemas
- Teatros casas de festa
- Salas de apresentação
- Salas de concerto
- Salões de jogos
- Circos
- Recreação infantil
- Parques de diversões, temáticos e aquáticos
- Pontos turísticos
- Exposição de arte
- Aquários
- Jardim Zoológico
- Demais atividades de prestação de serviço
Das 10h às 18h:
- Comércio
Das 8h às 17h:
- Órgãos não essenciais da administração pública
O que continua suspenso:
- Boates
- Casas de espetáculo
- Ambulantes nas praias
- Feiras especiais, feiras de ambulantes, feiras de antiquários
- Rodas de Samba
- Festas em áreas públicas e particulares
- A permanência nas vias, áreas e praças públicas das 23h às 5h
-
Praias, parques e cachoeiras
STF pode tornar Lula inelegível? Ouça no ‘Estadão Notícias’
Gustavo Lopes Alves / O ESTADÃO
14 de abril de 2021 | 00h10
Nesta quarta-feira, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) começa a se debruçar sobre a decisão monocrática do ministro Edson Fachin que, no dia 8 de março, anulou as condenações do ex-presidente Lula na 13ª Vara Federal de Curitiba.
Ao entender que os casos do triplex do Guarujá, Sítio de Atibaia e Instituto Lula estavam relacionados à Petrobras, o magistrado enviou os processos para a Justiça Federal, em Brasília. Com a decisão, o petista retomou seus direitos políticos, e se tornou elegível para 2022.
Agora, os 11 ministros do STF devem decidir se o entendimento do ministro Edson Fachin será mantido ou devolver os casos para a Vara Federal de Curitiba. Como já existe uma decisão pela suspeição do ex-juiz Sergio Moro, no caso do triplex do Guarujá, os processos terão que ser retomados do início.
Afinal, o que pode acontecer, de fato, com Lula neste julgamento? Qual o abalo da decisão para os processos envolvendo o ex-presidente? No episódio de hoje, o repórter do Estadão, Rafael Moraes Moura, traz os bastidores do STF, e o clima entre os ministros para este julgamento. Quem também participa desta edição é a professora da FGV Direito-SP e coordenadora do Supremo em Pauta, Eloisa Machado.
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Apresentação: Emanuel Bomfim
Produção/Edição: Gustavo Lopes e Ana Paula Niederauer
Sonorização/Montagem: Moacir Biasi