TSE investigará campanha de Dilma
Brasília - Em julgamento marcado por intenso debate e bate-boca entre os ministros, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já tem maioria formada para aceitar um recurso apresentado pelo PSDB e dar continuidade a uma ação que pede que o mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) e de seu vice, Michel Temer, seja impugnado. O próximo passo, após a aceitação do recurso e prosseguimento da ação, é a intimação de Dilma e Temer para que eles apresentem a defesa e o Tribunal possa dar início à produção de provas. Apesar de um novo pedido de vista, o terceiro que suspende a análise deste recurso, o fato de cinco dos sete ministros já terem votado indica que a ação terá continuidade. Até o momento, Gilmar Mendes, João Otávio de Noronha, Luiz Fux e Henrique Neves votaram pela continuidade da ação. O único voto pelo arquivamento do caso foi da ministra Maria Thereza, relatora do caso, que foi alvo de fortes críticas do ministro Gilmar Mendes. O pedido de vista (mais tempo para análise) foi feito pela ministra Luciana Lóssio e o presidente do Tribunal, o ministro Dias Toffoli, ainda não votou.
Mendes pede nova investigação sobre campanha de Dilma
O ministro Gilmar Mendes, relator da prestação de contas da presidente Dilma Rousseff no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), enviou ao Ministério Público Estadual de São Paulo relatório técnico elaborado pelo Fisco Paulista que detectou irregularidades em uma empresa contratada pela campanha de 2014 da petista. A empresa, com nome de Angela Maria do Nascimento Sorocaba-ME, foi aberta em agosto de 2014 - a dois meses da eleição - e somente entre agosto e setembro emitiu notas fiscais no valor de 3,683 milhões de reais. Deste valor, 1,651 milhão de reais foi emitido em nome da campanha presidencial petista. Segundo o apurado, não há nenhum destaque de impostos nas notas fiscais emitidas e não há "registro de entrada de materiais, produtos e serviços". A empresa seria responsável por entregar produtos de publicidade, placas e faixas, além de despesas com pessoal. A Fazenda Estadual de São Paulo não encontrou a empresa no seu endereço comercial. A proprietária da companhia foi localizada em endereço residencial e disse ter sido "orientada a abrir a empresa para funcionar no período eleitoral". De acordo com ela, todo o material era proveniente de outra empresa, a Embalac Indústria e Comércio Ltda. O contador das duas empresas, Carlos Carmelo Antunes, disse ter aberto a segunda empresa a pedido dos sócios da Embalac "com o intuito de faturar os produtos destinados às eleições em nome de Angela, para que a Embalac não fosse desenquadrada do regime Simples Nacional".
Dilma admite que 2016 não será um ano maravilhoso para o Brasil
SÃO PAULO - A presidente Dilma Rousseff admitiu, na manhã desta terça-feira, 25, que 2016 "não será um ano maravilhoso" para o Brasil. Em entrevista às rádios Morada de Araraquara e Difusora de Catanduva, região do interior de São Paulo onde cumpre agenda hoje, Dilma culpou novamente a crise internacional, citando especificamente a que atingiu neste início de semana os mercados internacionais, em razão da turbulência no mercado chinês, e disse que não é possível prever os reflexos no mercado brasileiro. "Espero que a situação melhore no futuro, mas não tem como garantir que 2016 será maravilhoso. Não teremos uma situação maravilhosa em 2016 (no País), mas também não será aquela dificuldade imensa que muitos pintam."
Na rápida entrevista, concedida por telefone do Palácio do Alvorada, antes de seguir viagem para cumprir agenda em quatro cidades, a presidente da República frisou que a economia brasileira é forte, mas como não há controle sobre a economia de outros países, é difícil prever os reflexos de tais crises no País. "Vivemos um momento de dificuldade, em que temos de fazer ajustes na economia para voltar a crescer e é razoável que as pessoas se sintam inseguras e preocupadas com o futuro", disse. E frisou: "Faço apelo para que a preocupação não se transforme em pessimismo."
Dinheiro desviado teria pago motorista de Gleisi Hoffmann Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/brasil/dinheiro-desviado-teria-pago-motorista-de-gleisi-hoffmann-1-17295239#ixzz3jri7309V © 1996 - 2015. Todos direitos reservados a Infogl
SÃO PAULO — Documentos apreendidos pela Polícia Federal (PF) no escritório do advogado da senadora Gleisi Hofmann (PT-PR) indicam pagamentos suspeitos a motorista da petista. O dinheiro teria origem na empresa Consist - suepieta de desvios de empréstimos consignados intermediados pelo Ministério do Planejamento Por conta do foro privilegiado, o juiz federal Sérgio Moro suspendeu as investigações da 18ª fase da Operação Lava-Jato, batizada de “Pixuleco II”, e encaminhou o processo ao Supremo Tribunal Federal (STF). Os indícios foram encontrados em documentos apreendidos no escritório de Guilherme Gonçalves, advogado de Gleisi, em Curitiba, no dia 13 de agosto, durante a Operação Pixuleco II. Uma planilha, de fevereiro de 2015, mostra um crédito de R$ 50.078,00 em favor da senadora e de pessoas ligadas a petista. Em um dos lançamentos de débito, em uma coluna identificada como “Fundo Consist”, consta a anotação “salário motorista — cheque 828”. Em outro, aparece “Diversos PT, PB, Gleisi”. Segundo a PF, na coluna “Fundo Consist” constariam pagamentos feitos através de recursos desviados de contratos da Consist. E-mail que mostra o pagamento da Consist feito para Gleisi Hoffmann -
Youssef que ‘nova delação’ esclarecerá repasse à campanha de Dilma em 2010 Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/brasil/youssef-quebra-silencio-diz-que-nova-delacao-esclarecera-repasse-campanha-de-dilma-em-2010-17296916#ixzz3jrgc5VNo ©
BRASÍLIA — O doleiro Alberto Youssef afirmou na acareação com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, nesta terça-feira, que uma nova delação premiada vai esclarecer a divergência entre os dois sobre o repasse de recursos para a campanha da presidente Dilma Roussef em 2010, por meio do ex-ministro Antonio Palocci. Youssef tem habeas corpus para ficar em silêncio, mas quebrou o silêncio e aceitou responder a essa pergunta. — Ratifico meus depoimentos dados como réu colaborador. E vou dizer mais ainda. Vou me reservar ao silêncio com referência a esse assunto porque existe investigação desse assunto do Palocci que vai ser revelado e logo vai ser esclarecido. Outro réu colaborador está falando. Eu não fiz esse repasse. Assim que for revelado vocês vão saber — disse Youssef, completando: — Vocês vão saber realmente quem foi que pediu o recurso e quem repassou.
Costa reiterou que, “pelo que se lembra”, o assunto chegou até ele através do doleiro. O ex-diretor da estatal afirmou ainda que foi liberado R$ 2 milhões da cota do PP para contribuir. — Pelo que me lembro esse assunto veio através do Youssef de um pedido de R$ 2 milhões e autorizei repassar recursos do PP para a campanha de Dilma Roussef — afirmou o ex-diretor. Youssef obteve um habeas corpus do ministro Teori Zavascki do Supremo Tribunal Federal (STF), que lhe garante o direito de não se autoincriminar e de ficar em silêncio. Youssef tinha avisado que ficaria em silêncio logo na primeira pergunta feita pelo relator, Luiz Sérgio (PT-RJ).
— Eu vou me reservar ao direito ao silêncio por conta do salvo conduto dado pelo Supremo Tribunal Federal. Vou me reservar ao silêncio — disse o doleiro.
Eliseu Padilha anuncia a liberação de R$ 500 milhões em emendas parlamentares Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/brasil/eliseu-padilha-anuncia-liberacao-de-500-milhoes-em-emendas-parlamentares-17297435#ixzz3jrdTvSHH © 1996 - 2015. T
Um dia depois de anunciar o seu afastamento da articulação política do governo, o ministro da Aviação Civil Eliseu Padilha anunciou na Câmara que a área econômica do governo liberou os R$ 500 milhões em emendas aos deputados que haviam sido negociadas, mas retidas pelo Ministério da Fazenda. Padilha, que esteve na Câmara na tarde desta terça-feira para comunicar a liberação das emendas com líderes da base aliada, relatou ter passado a noite em conversas telefônicas com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy — que estava nos Estados Unidos —, para fechar os termos da liberação. A retenção dos R$ 500 milhões por parte de Levy foi um dos estopins da saída de Temer e Padilha do núcleo de articulação do governo. Ambos estavam sofrendo cobranças por parte dos parlamentares da base por não estarem cumprindo os acordos negociados durante a votação do ajuste fiscal.