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Dinheiro desviado teria pago motorista de Gleisi Hoffmann Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/brasil/dinheiro-desviado-teria-pago-motorista-de-gleisi-hoffmann-1-17295239#ixzz3jri7309V © 1996 - 2015. Todos direitos reservados a Infogl

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SÃO PAULO — Documentos apreendidos pela Polícia Federal (PF) no escritório do advogado da senadora Gleisi Hofmann (PT-PR) indicam pagamentos suspeitos a motorista da petista. O dinheiro teria origem na empresa Consist - suepieta de desvios de empréstimos consignados intermediados pelo Ministério do Planejamento Por conta do foro privilegiado, o juiz federal Sérgio Moro suspendeu as investigações da 18ª fase da Operação Lava-Jato, batizada de “Pixuleco II”, e encaminhou o processo ao Supremo Tribunal Federal (STF). Os indícios foram encontrados em documentos apreendidos no escritório de Guilherme Gonçalves, advogado de Gleisi, em Curitiba, no dia 13 de agosto, durante a Operação Pixuleco II. Uma planilha, de fevereiro de 2015, mostra um crédito de R$ 50.078,00 em favor da senadora e de pessoas ligadas a petista. Em um dos lançamentos de débito, em uma coluna identificada como “Fundo Consist”, consta a anotação “salário motorista — cheque 828”. Em outro, aparece “Diversos PT, PB, Gleisi”. Segundo a PF, na coluna “Fundo Consist” constariam pagamentos feitos através de recursos desviados de contratos da Consist. E-mail que mostra o pagamento da Consist feito para Gleisi Hoffmann -

Para os investigadores, a indícios de que o motorista da petista, Hernany Mascarenhas, foi pago com dinheiro desviado do Ministério do Planejamento. A PF sustenta ainda que parte dos recursos pode ter ido para o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, marido da senadora. Em um documento apreendido no escritório do advogado consta a anotação do pagamento de R$ 50 mil em honorários ao advogado pela Consist em 29 de setembro de 2011. De acordo com a PF, o pagamento teria sido acertado com o ex-ministro Paulo Bernardo que teria ficado “com todo o montante”.

Para Moro, há fortes indícios de que “parte expressiva da remuneração da Consist foi repassada, por solicitação de Alexandre Romano, ao advogado Guilherme Gonçalves, em Curitiba, que, por sua vez, utilizou esses mesmos recursos para pagamentos associados à senadora Gleisi Hoffmann“.

Ao justificar o encaminhamento do processo ao Supremo, Moro disse que “os fatos foram descobertos em desdobramento natural das investigações” e que para as investigações continuarem na Justiça do Paraná é necessário a autorização da Corte.

A “Pixuleco II” revelou um esquema de pagamento de propina dentro do Ministério do Planejamento, que já foi comandado Paulo Bernardo. Segundo os investigadores, mais de R$ 40 milhões foram desviados de um contrato para fornecimento de crédito consignado a servidores federais. O esquema teria sido operado por pessoas ligadas ao PT, entre elas o ex-vereador petista Alexandre Romano, preso durante a operação. O contrato foi assinado pela empresa Consist durante a gestão de Paulo Bernardo, em 2010.

Em nota, a senadora Gleisi Hoffmann informou que conhece o advogado Guilherme Gonçalves “há muito tempo, desde estudante quando militava no Partido dos Trabalhadores”. De acordo com a petista, Gonçalves atendeu “a vários mandatários e ao PT como advogado”. A senadora disse que o advogado trabalhou em suas campanhas em 2008 e 2012 e na campanha do PT em 2014. Gleisi afirmou que a contratação do escritório consta “nas prestações de contas aprovadas pela Justiça Eleitoral”.

Sobre o motorista Hernany Bruno Mascarenhas, a assessoria da senadora disse que ele é filiado ao PT e é motorista do advogado Guilherme Gonçalves. “Como a senadora conhece Guilherme há muito tempo, ele cedia seu motorista quando a senadora não possuía escritório em Curitiba”.

Gleisi disse ainda que desconhece “as relações contratuais que o Dr. Guilherme Gonçalves mantém com outros clientes” e “qualquer doação ou repasse de recursos da empresa Consist a sua campanha”.

Mais tarde, a advogada da senadora Verônica Abadalla Sterman ingressou na 13ª Vara Federal do Paraná com uma petição dizendo que Gleisi “foi surpreendida” com a decisão do juiz de acatar a representação policial de levar o caso para o STF em “decorrência de indícios de que a senadora seria beneficiária de valores de possível natureza criminosa” e diz que não teve acesso aos documentos da representação policial, à manifestação do Ministério Público Federal, “tampouco aos documentos referidos na decisão, uma vez que não estão disponíveis no sistema e-proc (onde a justiça do Paraná disponibiliza todos os documentos da Lava-Jato)”.

A advogada da senadora pede para ter conhecimento dos documentos “para que se garanta, com efetividade, a ampla e plena defesa” da senadora, “independente de sua remessa ao Supremo”.

O juiz Sérgio Moro foi rápido e já liberou o acesso da senadora ao processo, mas não liberou toda a documentação para não colocar em “risco diligências pendentes”. Depois de reafirmar que não há no Paraná “nenhuma medida processual contra a senadora”, pede que novos requerimentos sejam feitos diretamente ao Supremo Tribunal Federal.

Em nota, Gonçalves informou que os recursos da empresa Consist “ingressaram no escritório via pessoa jurídica e, após a devida tributação. E, depois, foram depositados em contas pessoais do advogado. Gonçalves informa ainda que “o pagamento da Consist não teve nenhuma relação com a senadora Gleisi Hoffmann”. O globo

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