Cármen Lúcia expressa preocupação com crise entre Poderes e avalia que STF sairá desgastado
Remediado está Presidente do STF, Cármen Lúcia não escondeu de ninguém nesta segunda (2) seu cansaço e preocupação com o impasse instaurado entre a corte e o Senado após a decisão que afastou Aécio Neves (PSDB-MG). Ciente de que o veredito será derrubado pelos políticos, a ministra conversou com colegas. Disse ter dormido pouco e avaliou, com lamento, que o Supremo sairá desgastado do episódio. O tribunal não deve mais versar sobre o assunto em liminares. Ao plenário, a palavra final, dia 11.
Lula personifica tolerância à corrupção diante de ações sociais
Pesquisa Datafolha divulgada nos últimos dias trouxe uma aparente contradição: como pode a maioria dos brasileiros defender a prisão do ex-presidente Lula, em função da Operação Lava Jato, mas mesmo assim escolher novamente o petista para ocupar o cargo nas eleições do próximo ano?
Uma observação mais atenta dos resultados e da frequência de suas ocorrências já esclarece bastante a questão. A posição sobre a pena de Lula está longe de ser unânime –com base no total da amostra, 54% acham que ele deve ser preso, mas 66% duvidam que isso aconteça de fato.
Dois passos e um longo caminho
O Estado de S.Paulo
02 Outubro 2017 | 05h00
Como é cada vez mais remota a possibilidade de o Congresso realizar uma verdadeira reforma política, é até possível entender como um avanço a aprovação pela Câmara da proposta que acaba com as coligações em eleições proporcionais a partir de 2020 e estabelece uma cláusula de desempenho para o acesso ao Fundo Partidário e ao horário eleitoral. De toda forma, impressiona a capacidade do Legislativo de retardar uma melhora efetiva do sistema político, pois, mesmo quando caminha em sentido correto, parece fazer de tudo para atrasar sua implantação, como no caso do fim das coligações, ou afrouxar seus bons efeitos, diminuindo a taxa mínima de desempenho dos partidos. Cabe agora ao Senado ser diligente, já que, para a cláusula de barreira valer nas eleições de 2018, os senadores precisam aprová-la, em dois turnos, até o dia 7 de outubro.
OS DEZ MANDAMENTOS DO COMUNISMO DECÁLOGO DE LÊNIN
Em 1913, Lênin escreveu o "Decálogo" que apresentava ações táticas para a tomada do Poder
1.Corrompa a juventude e dê-lhe liberdade sexual
2.Infiltre e depois controle todos os veículos de comunicação de massa;
3.Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais
4.Fale sempre sobre Democracia e em Estado de Direito, mas, tão logo haja oportunidade, assuma o Poder sem nenhum escrúpulo;
5.Colabore para o esbanjamento do dinheiro público;
6.Coloque em descrédito a imagem do País, especialmente no exterior e provoque o pânico e o desassossego na população por meio da inflação;
7.Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do País;
8.Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as coíbam;
9.Contribua para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes. Nossos parlamentares infiltrados nos partidos democráticos devem acusar os não-comunistas, obrigando-os, sem pena de expô-los ao ridículo, a votar somente no que for de interesse da causa socialista;
10.Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa...
Traição
Denis Lerrer Rosenfield*, O Estado de S.Paulo
02 Outubro 2017 | 05h00
A carta de Antônio Palocci ao PT, apresentando a sua desfiliação, e a reação dos líderes partidários, acusando-o de “mentiroso” e “traidor”, expõem um certo modo de fazer política que se aparenta ao crime, subvertendo completamente o significado mesmo da moralidade. O avesso da tão anunciada política petista de renovação nacional nada mais foi do que uma demonstração de uma política criminosa. As palavras vieram a perder o seu significado.
A ‘unanimidade’ contra Temer
O Estado de S.Paulo
02 Outubro 2017 | 05h00
Desde o início de seu governo, o presidente Michel Temer cercou-se de alguns assessores de duvidosa carreira no mundo político. Compreende-se que a formação de uma administração a toque de caixa, para garantir a governabilidade depois do impeachment de Dilma Rousseff, tenha obrigado Temer a recorrer a amigos e conhecidos, decerto confiante em sua capacidade de articulação para enfrentar aqueles difíceis momentos e recolocar o País no rumo da normalidade. Mas desde o início estava claro que os eventuais ganhos políticos obtidos com essas escolhas mal compensariam os esperados prejuízos para a imagem do governo e do presidente. As mais recentes pesquisas de opinião, contudo, mostram um fenômeno raríssimo em política: Temer, agora ele mesmo acusado de corrupção, é rejeitado pela quase totalidade dos eleitores.