Fernando Hugo critica educação do país e propõe reflexão
Deputado Fernando HugoFoto: Edson Júnior Pio
O parlamentar ressaltou que esse é um dado preocupante, e que precisa ser refletido, para que ações sejam tomadas. “A educação é a marca de toda ascensão qualitativa de um povo, e quando falo quantitativa me refiro ao discernimento, à produção geracional, ao emprego e renda, fatores que necessariamente estão atrelados à educação de um povo”, analisou.
Érika Amorim destaca lançamento da cartilha “Alegria de Viver”
Érika Amorim ressaltou que a cartilha, escrita pela psicopedagoga Andréia Lima, está sendo distribuída em escolas de Fortaleza, Região Metropolitana e municípios do interior do Estado. “A publicação aborda temas como identidade, autoestima, resiliência, relacionamentos, família e diversos tipos de inteligência. Isso pode dar um norte aos professores para discutir temas importantes em sala de aula”, pontuou.
De acordo com Érika Amorim, a primeira versão foi lançada em setembro, na Câmara Municipal de Fortaleza, pela vereadora Priscila Costa (PRTB). “Esperamos que esse material se torne um instrumento de conhecimento, compreensão e de ajuda aos nossos adolescentes de todo o Estado”, disse.
STJ suspende julgamento marcado para esta quarta de ação contra Lula no caso do sítio de Atibaia
Por Mariana Oliveira e Rosanne D'Agostino, TV Globo e G1 — Brasília
O ministro Leopoldo Raposo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou nesta terça-feira (29) a suspensão de julgamento no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), marcado para esta quarta-feira (30), sobre o caso do sítio de Atibaia, no qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado.
Raposo é o atual relator da Lava Jato. O desembargador convocado substitui o ministro Felix Fischer, que está afastado por questões médicas.
O TRF-4 iria decidir nesta quarta se a condenação de Lula deve ser anulada para cumprir o entendimento do Supremo de que delatores devem falar antes do delatado nas alegações finais do processo.
Parceria com produtores vai criar Vale do Caju no Ceará
O Ceará terminou o ano de 2018 como líder na exportação de castanha de caju no Brasil e como terceiro produto mais exportado pelo Estado na balança comercial. Mesmo assim há uma cadeia produtiva que apresenta problemas e uma parceria no Ceará busca criar o Vale do Caju. Produtores se ressentem de anos prolongados de seca, que prejudicaram investimentos na produção, além da perda de indústrias que compram o caju como matéria-prima e consequente redução de preços.
Iniciativa de produtores em conjunto com o Conselho dos Secretários Municipais de Agricultura, Desenvolvimento Econômico e Tecnológico do Estado do Ceará (Comdetec) é que vai viabilizar a instalação do Vale do Caju. O espaço se estende por onze cidades da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) e tem como exemplo o Vale do Silício, nos Estados Unidos, promovendo as melhores práticas e relação entre o setor produtivo, poder público e indústrias.
 O secretário de Desenvolvimento Econômico de Pacajus e presidente do Comdetec, Roberto Cariri, explica que a ideia parte do princípio de fortalecer a cajucultura na RMF. Ele ainda diz que parceria com indústrias que usam o caju como matéria-prima é realizada, com a Jandaia, por exemplo. O êxito do projeto pode gerar experiências parecidas em outras regiões do Estado.
Vereadores cassam José Hilson de Paiva; defesa vai recorrer
A instabilidade política instalada em Uruburetama desde julho deste ano deu trégua ontem, ao menos por algumas horas, na avaliação de moradores do município que clamam por justiça. Durante a sessão da Câmara Municipal, era possível observar o sentimento de vitória nos rostos e nas palmas dos populares que acompanhavam a votação da cassação do mandato do ex-prefeito José Hilson de Paiva, conhecido como Dr. Hilson.
Afastado desde 15 de julho deste ano, ele perdeu o cargo ontem, em decisão unânime, por infração político-administrativa. Onze vereadores participaram da sessão, sendo dois suplentes. A determinação, no entanto, não agradou à defesa, que questiona a legalidade do rito e deve recorrer da decisão na Justiça.
No comando interino da Prefeitura de Uruburetama desde que José Hilson foi obrigado a deixar as funções do Executivo Municipal, o vice-refeito, Artur Wagner Vasconcelos Nery (PCdoB), é efetivado no cargo com a cassação. Ele revela querer retomar uma imagem positiva da cidade.
"Nós queremos ter orgulho do nosso município como tínhamos antes, que é uma terra boa. Vamos trabalhar com honestidade e seriedade em benefício de Uruburetama", afirmou. O processo de cassação contra José Hilson foi aberto após a revelação, pelo Sistema Verdes Mares, em julho, de abusos sexuais e estupros praticados pelo ex-prefeito contra pacientes enquanto atuava como médico ginecologista nos municípios de Cruz e Uruburetama, de 1986 a 2018.
Toffoli crê em fim da prescrição e em Papai Noel...
O jogo que levará ao fim da prisão na segunda instância, como se sabe, está jogado. Escalado pelo destino para proferir o voto que consolidará o histórico gol contra, Dias Toffoli tenta atenuar a corrosão de sua imagem atraindo o Congresso para o lance. Em carta às presidências da Câmara e do Senado, sugeriu que o Legislativo modifique o Código Penal para impedir a prescrição dos crimes atribuídos aos bandidos que recorrerão em liberdade ao STJ e ao STF.
A correspondência de Toffoli carrega nas entrelinhas duas revelações incômodas. Numa, o ministro admite que a mudança na regra sobre prisão restaurará o cenário que leva à prescrição de crimes e, em consequência, à impunidade. Noutra revelação, mais inquietante do que a primeira, o presidente do Supremo Tribunal Federal sinaliza que acredita em fantasias. É como se, depois dos 50 anos, Toffoli alardeasse sua crença em Papai Noel.
Tudo bem, pois alguém que acredita que um Congresso apinhado de culpados e cúmplices será capaz de fechar a saída de emergência da prescrição pode acreditar em qualquer alucinação. Toffoli deveria inclusive enviar para o bom velhinho uma cópia da carta que endereçou a Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre.
Para azar de Toffoli, o brasileiro tornou-se um sujeito cético. Sabe distinguir as coisas. Já não confunde conversa mole com com profundidade, pose com densidade, cumplicidade com neutralidade, compadrio com moralidade, omissão com habilidade. O brasileiro já não confunde Supremo com divindade.