Governo reúne apenas cinco senadores em reunião de líderes da base no Planalto
BRASÍLIA - Na véspera do desembarque do PMDB do governo, o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, conduziu uma reunião de líderes do Senado esvaziada no Palácio do Planalto. Apenas cinco senadores compareceram, três deles do PT. Além dos petistas, participaram do encontro Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) e Wellington Fagundes (PR-MT).
Presidente decidiu leiloar o Brasil para tentar ficar no cargo.
O PMDB desembarca do governo nesta terça. E a ainda presidente Dilma Rousseff teve uma ideia para tentar se manter no cargo, hoje seu único plano estratégico: lotear o Brasil. É, não estou brincando, não. Segundo informa aFolha nesta segunda, a, digamos, estratégia foi definida na noite deste domingo pelo comando político do Planalto. Com o PMDB fora do governo, a presidente teria à sua disposição ao menos 500 cargos.
Sem mensalão nem petrolão, a aliança congressual do governo sofre apagão
Governo mapeia cargos do PMDB para distribuí-los a aliados

BRASÍLIA E SÃO PAULO - Após dar como perdida a batalha para manter o PMDB na base aliada, o governo decidiu fazer um mapeamento dos cargos hoje ocupados por apadrinhados peemedebistas — o objetivo é redistribuir esse espólio a outros partidos que possam dar votos para salvar a presidente Dilma Rousseff do processo de impeachment no Congresso.
Governo Dilma usa cargos para atrair siglas da base

Diante da certeza de um desembarque do PMDB, o governo Dilma vai oferecer a partidos como PP, PR e PSD cargos hoje em poder dos peemedebistas e a promessa de terem um papel de "protagonistas" caso a petista sobreviva ao impeachment. Nas contas de assessores da presidente Dilma, quase 500 cargos podem entrar nas negociações se todos os peemedebistas decidirem seguir a decisão do diretório nacional do PMDB, na terça-feira (29), quando deve ser oficializado o rompimento.
Com queda de repasses, prefeituras fecham escolas e demitem servidores
Em um ano, a Prefeitura de Porteirinha (MG), a 594 km de BH, precisou demitir 350 funcionários, fechar 37 das 54 escolas municipais e reduzir em 15% os salários de todos os servidores comissionados. O município tem 39 mil habitantes e metade vive na zona rural. Por isso, tem baixa arrecadação de IPTU (tributo sobre imóveis urbanos) e ISS (taxa sobre serviços cobrada de empresas), os principais impostos municipais. Assim, depende dos repasses de verba dos governos estadual e federal para sobreviver.
A velocidade do desemprego
É dramático o custo social que a irresponsabilidade na condução da política econômica ao longo dos 13 anos do governo do PT está impondo ao País. Nada menos que 9,6 milhões de brasileiros não encontram trabalho. O índice de desemprego de 9,5% no trimestre encerrado em janeiro é o mais recente recorde aferido pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os próximos meses continuarão a mostrar o crescimento do desemprego, já havendo previsões de que, em meados do ano, serão mais de 13 milhões de trabalhadores à procura de ocupação.
SEM EMPREGO E COM RECISÃO PARCELADA

Tradicional fabricante de produtos têxteis, a Polyenka, instalada em Americana (SP) há 45 anos, já foi uma das maiores empresas do ramo de filamentos de poliéster no País e chegou a empregar 2 mil pessoas no fim dos anos 90. Em janeiro, encerrou atividades e fez um acordo com os atuais 350 funcionários para parcelar o valor das rescisões.
CRISE PROVOCA O FECHAMENTO DE MAIS DE 4 MIL FÁBRICAS EM SÃO PAULO EM UM ANO
A crise que paralisa a economia brasileira deixa um rastro de empresas desativadas. Só no Estado de São Paulo, 4.451 indústrias de transformação fecharam as portas no ano passado, número 24% superior ao de 2014, quando 3.584 fabricantes deixaram de operar, segundo a Junta Comercial.
Grupo de Temer diz ter 80% dos votos para rompimento com Dilma -
BRASÍLIA - Após dias de reclusão em São Paulo, o vice-presidente Michel Temer desembarcará em Brasília amanhã para tentar unificar o PMDB em torno da decisão majoritária de deixar o governo Dilma Rousseff. Nas contas de integrantes da cúpula do partido, já há maioria folgada para o rompimento de cerca de 80% dos votos do Diretório Nacional. O governo ainda tenta arregimentar apoio do principal partido aliado, mas admite que, na reunião do diretório, terça-feira, a derrota é inevitável.


