Não há ingênuos nesse prostíbulo
*José Nêumanne, O Estado de S.Paulo
14 Junho 2017 | 03h11
A entrada dos irmãos Batista de Anápolis, Goiás, no noticiário político-policial com a visita de Joesley ao presidente Michel Temer no porão do Jaburu inicia uma devastação de reputações. A primeira é a do anfitrião, Temer, que já havia sido citado em delações e se comporta de forma permissiva com seus sete ministros delatados. No caso dele, parecia ponto pacífico que não seria atingido por investigação policial, acusação do Ministério Público nem condenação judicial, pois só pode ser incriminado por delitos cometidos no exercício da Presidência.
Com a delicada situação política e a necessidade de confiabilidade para conduzir a economia à recuperação, parecia difícil ele se arriscar a um flagrante. A visita de Joesley surpreendeu a todos, pois nada a justifica, a não ser a certeza absoluta da impunidade e o total desprezo pela inteligência alheia. No entanto, deu-se o que menos se esperava: uma delação premiada (!) dos acionistas e executivos da holding J&F e uma ação programada da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) flagraram Temer ouvindo um delinquente, acusado em cinco operações policiais, a confessar delitos que levantam suspeitas claríssimas de crimes cometidos de corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da investigação. Mas, em vez de negar com fatos as acusações, Temer mostrou-se obsessivo em ficar no governo, alegando que precisa completar sua cruzada contra a recessão e tendo a seu favor a indefinição quanto à sua substituição.
Ministros atacam Fachin por tirar sigilo de delação da Odebrecht
Os ministros que compõem a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aproveitaram o julgamento de mais de 50 recursos de ex-executivos da Odebrecht, que assinaram acordo de delação premiada no âmbito da Lava Jatopara colocar em dúvida a legalidade da retirada do sigilo dos depoimentos, autorizada em abril pelo ministro Edson Fachin, relator da operação.
Moro condena Cabral a 14 anos e 2 meses de prisão na Lava Jato
O ex-governador teria recebido 1% como propina da Andrade Gutierrez em obra de terraplenagem
Por: Reinaldo Azevedo
Publicada: 13/06/2017 - 16:37
O pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, condenou o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral a 14 anos e 2 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, além de pagamento de multa de R$ 528 mil, em processo da Operação Lava Jato. A progressão de regime só deve acontecer após a devolução das vantagens indevidas recebidas e o ex-governador deve aguardar o recurso encarcerado.
Lula usa advogado de Temer para criticar Moro
Sem muita esperança de ser absolvido por Sergio Moro, Lula reage à condenação que está por vir no caso do tríplex como um paciente que, impossibilitado de retocar a radiografia, ataca o médico responsável pelo diagnóstico. O réu petista veiculou nas redes sociais um vídeo que intercala embates da defesa de Lula com Moro e ataques ao juiz da Lava Jato. Entre os personagens que desempenham na peça o papel de membros da infantaria anti-Lava Jato está o advogado de Michel Temer, Antônio Mariz de Oliveira.
Temer joga BNDES na frigideira da crise política
“Nós temos um novo presidente no BNDES”, declarou Michel Temer às duas dezenas de governadores e vice-governadores recebidos para o jantar no Alvorada, na noite desta terça-feira. Embora fosse de conhecimento geral que Paulo Rabello de Castro ocupara o assento de Maria Silvia Bastos havia 18 dias, a proclamação do anfitrião soou como uma espécie de abracadabra para a caverna das verbas públicas. Com o mandato em chamas, disposto a tudo para barrar na Câmara a denúncia criminal em que a Procuradoria o acusará de corrupção, Temer jogou o bom e velho BNDES na fogueira.
Idalmir Feitosa comemora seu retorno à Câmara
O vereador Idalmir Feitosa (PR), depois de mais de dois meses afastado por problemas de saúde, usou a tribuna da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) na manhã desta TERÇA, 13, para comemorar o seu retorno. “Mato a saudade que eu sentia dessa Casa”, declara. O republicano afirma que precisou fazer uma cirurgia cardíaca durante a licença. O parlamentar declarou que retornava à Casa com “os mesmos propósitos cívicos e sentimentos democráticos”, adicionado querer concluir o mandato “com o mesmo entusiasmo”. Feitosa afirmou ainda que, para matar a saudade do plenário, acompanhava as sessões pela TV. DIARIONORDESTE