Pós-verdade, factoides e eleições
*Murillo de Aragão, O Estado de S.Paulo
02 Junho 2017 | 03h05
A disseminação de notícias falsas com fins políticos não é um fenômeno novo. A antiga “imprensa marrom” já tratava de denegrir a imagem de uns e outros em jornais e revistas. O poder de denegrir ou incensar imagens sempre foi valorizado, daí sempre ter existido uma associação íntima entre poder constituído e imprensa. Não à toa, no Brasil muitos donos de veículos de comunicação viraram políticos e muitos políticos viraram donos de veículos de comunicação. Era o poder da mídia alavancando candidaturas e/ou a serviço da verdade personalizada de seu político-dono.
O conforto da fantasia - O ESTADO DE SP
O lugar escolhido para o lançamento do “Plano Popular de Emergência”, proposto pela Frente Brasil Popular para “restabelecer a ordem constitucional democrática, defender a soberania nacional, enfrentar a crise econômica, reverter o desmonte do Estado e salvar as conquistas históricas do povo trabalhador”, não poderia ser mais apropriado: um teatro.
A recuperação ameaçada - O ESTADO DE SP
O Brasil pode ter saído da recessão no primeiro trimestre, puxado pelo excelente desempenho da agropecuária e pela incipiente reanimação da indústria, mas isso foi antes do recrudescimento da crise política. A recuperação pode ter continuado no trimestre seguinte, mas neste momento é inútil consultar as bolas de cristal sobre o futuro próximo: estão embaçadas como nunca estiveram nos últimos 12 meses. A diferença entre o antes e o depois da visita do empresário Joesley Batista ao presidente Michel Temer foi dramaticamente realçada num intervalo de menos de 24 horas. Na manhã de ontem apareceu a boa notícia sobre a economia pré-crise. O Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre foi 1% maior que o dos três meses finais de 2016. Foi o primeiro resultado positivo, depois de oito trimestres de recuo.
Eunício agenda para terça-feira PEC da legalidade da vaquejada
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), agendou para terça-feira (6) a promulgação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC304/17), que torna legal a prática da vaquejada em todo o país. A proposta foi apresentada após decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, ao julgar Ação Direta de Inconstitucionalidade impetrada pelo Ministério Público Federal contra lei estadual do Ceará que regulamentava as vaquejadas, afirmou haver “crueldade intrínseca” contra os animais. (com a Agência Senado) COM BLOG DO ELIOMAR
Lula chama de ‘canalha’ o campeão de empréstimos do BNDES na era petista
Ao discursar na abertura do 6º Congresso Nacional do PT, no final da noite de quinta-feira, Lula referiu-se ao delator Joesley Batista, do Grupo JBS, em termos pouco lisonjeiros: “Um canalha de um empresário disse que abriu uma conta pra Dilma e outra pra mim. Mas está no nome dele. É ele que mexe com a grana”, afirmou Lula, arrancando risos da plateia companheira. “Agora, eu e a Dilma temos até conta no exterior. Eu nem sabia que ela tinha. E ela não sabia que eu tenho.”
PT age como bêbado sem rumo em noite escura
O 6º Congresso Nacional do PT, que começou nesta quinta-feira e vai até sábado, tem como principal objetivo renovar o partido, a fim de prepará-lo para os futuros embates. Na renovação do PT, o novo tem uma cara meio antiga. O partido elegerá como sua presidente uma senadora investigada no Supremo Tribunal Federal: Gleisi Hoffmann, ex-ministra de Dilma Rousseff. De resto, o PT venderá a ideia de que a felicidade do Brasil depende da volta de Lula ao poder. O partido defenderá Lula atacando a Lava Jato.