Para Lula, tentativa de Delcídio de barrar Lava Jato foi 'uma grande burrada'
Em almoço com dirigentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do PT nesta quinta-feira, 26, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como “uma grande burrada” a tentativa do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) de tentar barrar as investigações da Operação Lava Jato.
Lula foi provocado durante o almoço na sede da CUT, em São Paulo, a comentar o assunto, mas tentou se esquivar do tema. Se limitava a dar respostas curtas como “é um absurdo” ou “que loucura”. Diante da insistência disse que “foi uma grande burrada, ou alguma palavra parecida”, segundo um dos participantes do almoço.
O ex-presidente disse ter ficado surpreso quando soube dos detalhes da gravação que levou Delcídio à cadeia. Para Lula, o senador é um político experiente, sofisticado, que não poderia ter se deixado gravar de forma simples como foi feito por Bernardo Cerveró.
Embora não tenha o hábito de abandonar os companheiros pelo caminho, Lula não deve sair em defesa de Delcídio, ao menos que o senador apresente uma defesa consistente sobre o ocorrido. Segundo pessoas próximas, Lula condenou a ação de Delcídio contra a Lava Jato e considera que a atuação do senador preso causou constrangimento para o governo e para o PT.
Banco Central cometeu irregularidade ao omitir 'pedaladas', diz procurador
João Villaverde e Adriana Fernandes - O Estado de S. Paulo
Ministério Público que atua no TCU pede que o BC passe a registrar dívidas com bancos públicos na contabilidade oficial; valor é de R$ 57 bilhões em 2015
BRASÍLIA - O Ministério Público de Contas, que atua no Tribunal de Contas da União (TCU), concluiu que o Banco Central cometeu irregularidades no registro das contas públicas. No parecer, finalizado nesta quinta-feira, 26, o procurador Júlio Marcelo de Oliveira defende que o Banco Central passe a incorporar na dívida líquida do setor público o total ainda devido pelo governo aos bancos públicos (BNDES, Caixa, BB) e ao FGTS neste ano, relativo às chamadas pedaladas fiscais.
O documento, obtido pelo Estado, servirá de base para o julgamento dos recursos apresentados pelo governo Dilma Rousseff contra a decisão do tribunal de contas que considerou as pedaladas uma manobra irregular, que fere a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
O parecer propõe que o TCU negue parcialmente o recurso da União, que pedia reexame do julgamento realizado pela Corte de Contas em abril. Na ocasião, de forma unânime, o governo foi condenado pelas pedaladas. A decisão do Ministério Público de Contas é mais um revés na tentativa do governo de evitar uma punição mais severa pelo uso das pedaladas fiscais.
A naturalização da corrupção deve ser combatida
Ontem, novas prisões que deixaram o País perplexo. Delcídio Amaral, um dos parlamentares de maior desenvoltura na política brasileira, foi preso. O senador exercia a função de líder do Governo. Ou seja, representava o Governo do Brasil no Senado da República. É tudo muito grave.
Senado derrota Renan e PT para fazer história
Renan Calheiros, presidente do Senado, foi acordado na manhã desta quarta-feira por um telefonema do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O chefe do Ministério Público Federal avisou ao comandante da Câmara Alta que, na noite anterior, o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, ordenara a prisão do senador Delcídio Amaral (PT-MS).
Do instante em que desligou o telefone até o encerramento da sessão noturna na qual o Senado debateu a inédita detenção de um senador em pleno exercício do mandato, Renan conspirou para revogar a ordem de prisão. Foi ignorado até pelo seu partido, o PMDB. Obteve a adesão apenas da liderança do PT.
Renan disse aos senadores que eles estavam prestes a escrever mais do que simplesmente o noticiário do dia seguinte. “Nós estaremos fazendo a história”, vaticinou. Parecia farejar a derrota. Mantendo Delcídio na cadeia, disse Renan, o Senado iria “abrir mão de uma prerrogativa do Legislativo que vai, não tenho dúvida, causar muitos danos à democracia e à separação dos poderes.”
Por 59 votos a 13, mais uma abstenção, o Senado derrotou Renan e o líder do PT, Humberto Costa (PE), único a orientar sua bancada a votar pela libertação do senador petista pilhado em gravação tentando comprar o silêncio de um delator da Lava Jato, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.
Durante o dia, Renan conversara com os líderes partidários. Reunira-se também com o presidente do PSDB, Aécio Neves. Dissera a todos que a prisão de Delcídio, se mantida, abriria um precedente “perigosíssimo”. Investigado por suspeita de receber propinas extraídas dos cofres da Petrobras, Renan soava como se advogasse em causa própria.
Nove dos 13 votos contra prisão de Delcídio são de petistas; 2 da sigla dizem “sim”
Só 13 senadores votaram contra a manutenção da prisão do senador Delcídio Amaral. Nove deles são petistas, e um é Fernando Collor (PTB). Os outros três são Temário Mota (PDT-PR), João Alberto Souza (PMDB-MA) e Roberto Rocha (PSB-MA). A bancada do PT tem 12 senadores: dois deles votaram a favor da prisão: Walter Pinheiro (BA) e Paulo Paim (RS). Uma não compareceu: Fátima Bezerra (RN). Opuseram-se os seguintes patriotas: Angela Portela (RR), Donizeti Nogueira (TO), Gleisi Hoffmann (PR) , Humberto Costa (PE), Jorge Viana (AC), José Pimentel (CE),Lindbergh Farias (PT), Paulo Rocha (PA) e Regina Sousa (PI).
Com 18 votos, o PMDB deu nada menos de 15 em favor da prisão: Edson Lobão (MA), um investigado pela Lava-Jato, se absteve; Renan Calheiros, por presidir a Mesa, não votou, e João Alberto Souza (MA) foi contra mesmo. Nem poderia ser diferente, não é? Na conversa com o filho de Nestor Cerveró e com o advogado Edson Ribeiro, Delcídio chega a dizer que Michel (Temer) estaria preocupado. Parece que o partido quis demonstrar o contrário. Como se percebe, a resistência organizada mesmo ficou restrita ao PT. A direção da sigla se absteve de fazer a defesa de Delcídio, mas a maioria dos seus pares correu em seu auxílio, inclusive gente sob investigação, como a senadora Gleisi Hoffman (PR). Cada vez mais é o que resta ao PT: a defesa de criminosos. REINALDO AZEVEDO
PERFIL PARLAMENTAR - Augusta Brito
Augusta Brito de Paula nasceu a 27 de maio 1976 no bairro Ellery, em Fortaleza. Filha de Augusto Brito e Gançala Edilene de Paula Brito. Pelo fato do pai ser bancário, residiu em outros lugares, fixando-se porém no Graça quando, em 1988, Augusto Brito fora eleito o primeiro prefeito daquele município para o quadriênio 1989 - 1992.
Augusta iniciou vida de estudante em Santana do Acaraú. Concluindo o ensino fundamental no município do Mucambo, posto que Graça ainda não o havia estruturado, o que aconteceria nos primeiros anos da administração de seu pai. Concluiu o Ensino Médio em Fortaleza. Cursou o Ensino Superior em Sobral, formando-se em Enfermagem em setembro de 2000. Prestou serviço no Hospital Municipal do Graça e lecionou Ciencias nos Ensinos Fundamental e Médio deste município. É casada com Gadyel Aguiar de Paula e é mãe de três filhos: Eduarda, Gabryele e Gadyel Filho.
Em 2004 candidatou-se a prefeita do Graca, sendo eleita com 4.760 votos num percentual de 63% dos votos válidos. Foi reeleita em 2008 e, após cumprir seu segundo mandato (2012), foi nomeada Secretária de Educação de São Benedito, exercendo o cargo até 2014, quando se candidatou a Deputada Estadual, galgando a eleição com 50.849 votos. É a primeira mulher a ser eleita pelo PCdoB no Ceará para o cargo de deputada estadual.
Augusta é presidente da Comissão de Juventude e faz parte das comissões de Infância e Adolescência (Vice-Presidente); Educação (Membro); Industria, Comercio, Turismo e Serviço (Membro); Meio Ambiente e Desenvolvimento do Semiárido (Membro); Seguridade Social e Saúde (membro); Orçamento, Finanças e Tributação (Suplente); Trabalho, Administração e Serviço Publico (Suplente); Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (suplente); Viação, Transporte e Desenvolvimento urbano (suplente); Fiscalização e Controle (suplente) e Defesa do Consumidor (suplente).
Comissões
Juventude (Presidente) Da Infância e Adolescência (Vice-Presidente) Educação (Membro) Industria, Comercio, Turismo e Serviço (Membro) Meio Ambiente e Des. Semiárido (Membro) Orçamento, Finanças e Tributação (Suplente) Trabalho, Administração e Serviço Publico (Suplente) / AGÊNCIA DE NOTICIAS DA AL