Paradoxo: quanto mais provas, menor é o risco
O julgamento do processo sobre a cassação da chapa Dilma-Temer vai se tornando uma novela cada vez mais paradoxal. Ao decidir colher novos depoimentos, sobretudo do marqueteiro João Santana e da mulher dele Monica Moura, agora convertidos em delatores da Lava Jato, o Tribunal Superior Eleitoral abriu a perspectiva de empurrar para dentro do processo novas provas. Mas para que essas provas sejam obtidas, o tribunal atrasou o calendário do julgamento, exatamente como desejava Michel Temer.
Renan compara governo Temer à gestão Dilma
Em jantar encerrado na madrugada desta quarta-feira, Renan Calheiros comparou Michel Temer a Dilma Rousseff. Enxerga no governo atual a mesma “falta de rumo” que via no anterior. “A diferença é que a Dilma não sabia para onde ir. E o Michel não tem para onde ir”, disse o pajé do PMDB do Senado, rodeado por outros caciques do partido do presidente. Para Renan, não resta a Temer senão a alternativa de negociar um abrandamento da sua reforma da Previdência —sob pena de perder o apoio do seu próprio partido.
Dilma x Dilma - Vera Magalhães
Um dos únicos consensos entre ministros, advogados e procuradores na tumultuada sessão de ontem do Tribunal Superior Eleitoral era de que a entrevista concedida por Dilma Rousseff no dia do início do julgamento do pedido de cassação da chapa que encabeçava foi uma bomba. Para ela.
Moralização administrativa - O ESTADO DE SP
Sem muito alarde, para não aumentar ainda mais os focos de resistência política às suas propostas de reforma trabalhista e previdenciária, o governo federal vem adotando medidas pontuais destinadas a conter gastos com a folha de pagamento do funcionalismo, reduzir o gigantismo estatal e conferir maior eficiência à máquina governamental.
O Estado podre e a Nação emparedada - JOSÉ NÊUMANNE*
“Há algo de podre no reino da Dinamarca” W. Shakespeare (‘Hamlet’)
O estágio de decomposição moral vivido no Brasil oficial hoje resulta de muitos anos – o correto seria dizer séculos – de completa devassidão e absoluta impunidade gozadas por nossas elites dirigentes política e econômica. No entanto, chegamos agora a um ponto, inusitado em nossa História, em que o cinismo ultrapassou todos os limites da decência e da normalidade.
O ‘petromonialismo’ da Operação Lava Jato - ÉRICA GORGA
Celebrados três anos da Operação Lava Jato, o patrimonialismo permanece, mais do que nunca, arraigado entre nós. Aliás, pode-se agora intitulá-lo de “petromonialismo”, que consiste na não distinção entre os desvios de dinheiro público e privado no “petrolão”, e da persecução, pela Lava Jato, somente dos crimes que atentam contra o primeiro, mas não dos que atentam contra o segundo.