Ceará precisa requalificar 350 mil trabalhadores da Indústria
O mercado de trabalho cada vez mais concorrido e que requer capacitações específicas dos profissionais tem estimulado muitas pessoas a procurarem alternativas rápidas e eficientes cuja contratação de mão de obra pelas empresas ocorre de forma mais acelerada.
Segundo o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-CE), as áreas mais demandadas pela indústria cearense são metalmecânica, construção civil, alimentícia, eletrotécnica, energias, logística, eletroeletrônica e a área de mecatrônica. O levantamento da entidade leva em consideração os resultados do Mapa do Trabalho Industrial feito pelo Senai Nacional e indica também que as profissões ligadas à tecnologia terão alto crescimento até 2023. No Estado, será necessária a requalificação de pelo menos 350 mil trabalhadores industriais.
De acordo com o Senai-CE, o avanço desses segmentos fez a busca por cursos profissionalizantes crescer 25% no primeiro semestre de 2019, na comparação com igual período do ano passado, totalizando 25 mil matrículas nos primeiros seis meses. Em termos de investimento, o estudante precisa levar em consideração qual área vai escolher e em qual instituição educacional vai realizar o curso.
Salários consomem mais recursos que expansão de redes de água e esgoto nas estatais do setor
BRASÍLIA - Enquanto o Congresso se prepara para discutir um novo marco legal para o saneamento, um estudo do Ministério da Economia aponta que, nos últimos anos, empresas públicas que dominam o setor gastaram mais com salários do que com melhorias no sistema. De acordo com o levantamento, obtido pelo GLOBO, as despesas com pessoal dessas companhias somaram R$ 68,1 bilhões entre 2010 e 2017. O valor supera em quase 8,5 bilhões os investimentos realizados no mesmo período, que somaram R$ 59,7 bilhões.
Para a equipe econômica, o diagnóstico indica falta de eficiência das estatais, já que houve aumento nas receitas. Nos anos analisados, as tarifas de água e esgoto subiram mais de 80%, acima da inflação de 62,9% acumulada no período.
Os dados, baseados no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), serão usados pelo governo para argumentar que a resistência a mudanças na legislação que aumentariam a competição no setor é fruto do lobby de funcionários que buscam manter altos salários nas estatais.
- O investimento derreteu e o salário não para de subir. O custo médio por funcionário é algo impressionante, mais de R$ 300 mil (por empregado) no caso da Caesb (DF). Quase isso no Piauí, que é um estado pobre. É inadmissível — diz Diogo Mac Cord, secretário de Desenvolvimento de Infraestrutura da pasta da Economia.
Bolsonaro flexibiliza lei sobre rodeios e desfila em cavalo em Barretos
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou na noite deste sábado (17) decreto que flexibiliza a legislação sobre rodeios no país.
O anúncio foi feito no estádio de rodeios do Parque do Peão de Barretos, durante a terceira noite da 64ª Festa do Peão de Boiadeiro.
Com o decreto, fica definido que compete ao Ministério da Agricultura avaliar os protocolos de bem-estar animal elaborados por entidades promotoras de rodeios e será possível a realização de provas hoje não disputadas em alguns rodeios.
“Ele [Bolsonaro] está mostrando que é possível fazer rodeio com 100% de boas práticas. Vai acabar com essa história de juízes bloquearem rodeios aos 47 [do segundo tempo]”, disse Ricardo Rocha, presidente de Os Independentes, associação que organiza a festa no interior paulista.
Em Barretos, por exemplo, uma lei municipal impedia a prova do laço, já não realizada na Festa do Peão desde meados da década passada, e a organização suspendeu a prova do bulldog após a morte de um bezerro, em 2011. Na prova, o bezerro é imobilizado pelo competidor.
Agora, a festa –e todas— poderá realizar as provas, desde que seguidas normas definidas pelo ministério. Isso não quer dizer que a associação Os Independentes fará a prova.
Acabou o dinheiro - FOLHA DE SP
O presidente Jair Bolsonaro corretamente destacou o grave quadro das finanças públicas na sexta-feira (16). "O Brasil inteiro está sem dinheiro. Os ministros estão apavorados." Ainda comentou que o "Exército vai entrar em meio expediente", pois não tem recursos nem mesmo para pagar a alimentação dos recrutas.
O problema decorre do crescimento acelerado das despesas obrigatórias, indexadas aos índices de preços ou às receitas do governo.
Os números são preocupantes. Mais de 90% da receita primária federal é destinada a pagamento de despesas determinadas por lei e 60% tem regras de reajuste, crescendo entre R$ 30 e R$ 35 bilhões por ano.
Esse crescimento não incorpora o aumento do gasto decorrente do envelhecimento da população e o maior pagamento de benefícios previdenciários, apenas parcialmente mitigados pela reforma a ser aprovada pelo Senado.
Os 60% de despesas indexadas crescem para 70% quando se incorpora o mínimo legal de gasto público com educação, saúde, fundos constitucionais e emendas parlamentares.
Mais ricos ficam com 56% das deduções com saúde do Imposto de Renda
18 de agosto de 2019 | 05h00
BRASÍLIA -- Mais da metade das deduções de gastos com saúde do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) é concedida a contribuintes que ganham acima de dez salários mínimos ao mês. Levantamento feito pelo Estadão/Broadcast a partir de dados da Receita Federal mostra que os 19,7% mais ricos entre os declarantes abateram R$ 44,4 bilhões em despesas com saúde na declaração de 2018, que considera os rendimentos obtidos no ano anterior. O valor é 56% do total da isenção. Na educação, esse também é o grupo mais contemplado pelo benefício.
A lei hoje não estabelece nenhum teto para deduções de despesas médicas da base de cálculo do Imposto de Renda. Como geralmente é a população de maior renda que tem mais acesso a serviços médicos particulares, ela é a maior contemplada, ao conseguir abater a totalidade dos gastos. Na prática, no entanto, o benefício tributário acaba sendo usado irregularmente até mesmo para procedimentos estéticos, como aplicação de botox.
INSS vai mudar pagamento da aposentadoria a partir de 2020
O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) anunciou nesta semana que, a partir de 2020, todos os novos benefícios terão o primeiro pagamento feito por meio de cartão magnético, que poderá ser usado também na função débito, para fazer compras.
Hoje, para receber o primeiro pagamento, o segurado recebe uma carta do INSS. Com o documento, ele precisa ir até a uma agência bancária indicada pelo órgão e apresentar a documentação de identificação.
Quem não tem conta-corrente pode optar pela emissão do cartão magnético e continuar recebendo a aposentadoria nesta conta. Nessa modalidade, é possível sacar apenas o valor total do benefício mensal.
Aqueles que têm conta-corrente podem optar pelo crédito em conta. A partir daí, a movimentação dos valores da aposentadoria segue as regras da conta normalmente. O segurado também pode optar por sacar o dinheiro ou fazer a transferência para outro banco.
A partir do ano que vem, porém, todos os novos pagamentos serão feitos automaticamente por cartão magnético. O cartão, que terá as mesmas funções de um cartão de débito, não obrigará o segurado a abrir conta-corrente em nenhum banco. Com isso, não será cobrada nenhuma taxa ou anuidade do segurado.