Usina desativada há 15 anos afeta a economia de Barbalha
Há exatos 15 anos, era desativada a então Usina Manoel Costa Filho, hoje Usina Cariri I. A descontinuidade dos trabalhos, em 2004, viria a ser um forte baque para a economia da região, sobretudo para a cidade de Barbalha, onde o empreendimento fora instalado. Mas, para conseguir dimensionar o impacto com a paralisação da Usina, é necessário voltar no tempo.
Na década de 1970, quando foi instalada, a unidade que atuava na cultura da cana-de-açúcar gerou renda e prosperidade. No fim dos anos de 1980 e início de 1990, a usina já era responsável por quase quatro mil empregos diretos e indiretos. No auge da produção, comercializava cinco mil sacos de açúcar e tinha capacidade de produção de 40 mil litros de álcool por dia.
No centro da disputa - MERVAL PEREIRA
O senador Tasso Jereissati, que já presidiu o PSDB e hoje se mantém como uma figura política influente no partido, embora sem cargo formal, avalia como provável que surja até 2022 um nome do centro político, mais à esquerda, mais à direita, para enfrentar a polarização de posições que continua dominando a disputa partidária.
Numa entrevista na quarta-feira na Central da Globonews, o senador tucano avaliou que se o centro político oferecer uma opção competitiva ao eleitorado, o que não aconteceu em 2018, a dualidade de extremos será quebrada.
Tasso se recusa a citar nomes de possíveis candidatos, alegando que a dinâmica política já demonstrou que não é possível fazer um prognóstico desses tanto tempo antes da eleição.
Lembrou o caso do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que pouco antes da eleição na sabia se teria condições de se eleger deputado federal e acabou ministro da Fazenda e candidato vitorioso à presidência da República.
'Brasil todo está sem dinheiro' e 'ministros estão apavorados', diz Bolsonaro
BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira que o governo federal “não tem dinheiro” e que os ministros estão “apavorados” com a situação. Com um Orçamento estrangulado por despesas obrigatórias, principalmente pagamentos de salários e aposentadorias, os gastos federais com custeio da máquina e investimentos vão atingir o menor valor em dez anos, segundo dados do Tesouro Nacional. As chamadas despesas discricionárias, que não são de execução obrigatória, chegarão a R$ 95,4 bilhões no fim de 2019, o que representa o menor valor da série histórica iniciada em 2009.
- O Brasil todo está sem dinheiro. Obrigado pela pergunta. Em casa que falta pão, as pessoas brigam e ninguém tem razão. Os ministros estão apavorados. Não tem dinheiro. Eu já sabia disso. Estamos fazendo milagre, conversando com a equipe econômica. A gente está vendo o que a gente pode fazer para sobreviver - disse Bolsonaro.
Você vai pagar a conta - ISTOÉ
A equipe econômica prepara a volta do famigerado imposto do cheque. É a ideia mais nefasta da Reforma Tributária, que com seu efeito cascata penaliza o trabalhador, dificulta o ambiente de negócios e asfixia a economia – além de estimular a informalidade. Cabe à Câmara barrar tal insanidade
O anacrônico sistema tributário brasileiro foi remendado ao longo das últimas décadas até se tornar um pesadelo improdutivo e kafkiano. Exige uma reformulação urgente para melhorar a competitividade do País e deixar de penalizar o contribuinte que sustenta uma máquina pública hipertrofiada e ineficiente. Essa avaliação é unânime. Mas, em se tratando de Brasil, o que é ruim sempre pode piorar. O risco é iminente. Em fase final de elaboração, o projeto do governo Jair Bolsonaro destinado a reformular o sistema tributário ressuscita uma das piores experiências já realizadas no País: o imposto do cheque – ou seja, a taxação sobre operações financeiras. Denominado Contribuição sobre Pagamentos (CP), o novo imposto pode asfixiar a economia com seu efeito cascata e insuflar a informalidade. Um retrocesso sem precedentes. Imagine a volta do dinheiro no colchão ou mesmo do escambo? Sim, porque é lícito imaginar que as pessoas, temendo a perda da renda mensal e do consequente poder de compra, irão fugir em desabalada carreira da nova mordida do Leão. A saída para evitar a sobretaxação será uma espécie de desbancalização, quer dizer, a circulação de recursos fora do sistema bancário e as transações em dinheiro vivo, o que além de tudo pode estimular, por óbvio, a corrupção.
A justificativa canhestra é de que o novo tributo vai ser usado para compensar a desoneração das folhas de pagamentos – empresários deixariam de pagar a contribuição previdenciária patronal. Trata-se de um sofisma, pois não há garantias de ganhos de um lado, mas há certezas de incalculáveis perdas do outro, nas faixas onde se concentram a maioria da população. Na verdade, o imposto trará a reboque todos os cacoetes equivocados de taxação. Senão vejamos. Ele impõe taxas em torno de 2%, e seria cobrado nas duas pontas: cada vez que um depósito é feito em uma conta corrente, e também quando há um resgate. Assim, a cada movimentação, seria subtraído 4% do titular (a antiga CPMF tinha uma alíquota de 0,38%, cobrada apenas na retirada). Pior é o efeito cumulativo da taxação. Quem recebe o seu salário ou deposita um cheque, por exemplo, será descontado. Ao pagar uma conta, será taxado novamente. Ao transferir o dinheiro para outra conta, cobrado mais uma vez, e assim por diante. No caso das indústrias, que dependem de dezenas ou centenas de fornecedores, esse efeito cascata encarece o produto e derruba a eficiência. Mas isso não é tudo. “O efeito mais regressivo é no pagamento dos lucros e salários, nos rendimentos em geral, que deveriam ser tributados no imposto de renda”, lamenta o advogado e economista Eduardo Fleury. “Vai afetar mais a classe média do que das classes mais altas. O principal dano está no que faz no processo produtivo. Você acaba criando mais impostos nas cadeias que têm mais elos.”
Existe algo de grave na nossa economia
O economista Marcos Lisboa tem se firmado como uma das vozes mais influentes no debate econômico nos últimos anos. Após participar do primeiro governo Lula como secretário de Política Econômica, despertou reações ao criticar os rumos da gestão Dilma, e anteviu a crise que se seguiria. Agora, ele alerta sobre o fato de que o País estará condenado à estagnação e ao crescimento baixo se as reformas como a da Previdência não forem logo implementadas. “É preciso reconhecer que existe algo de grave na nossa economia”, afirma. Lisboa considera que o governo está lento na agenda de privatizações. Pior: acha que não tem sido eficiente para melhorar o ambiente de negócios e atrair mais investimentos: “A medida da liberdade econômica me decepcionou profundamente. A impressão que fica, com raras exceções no governo, é que existe boa intenção, mas pouco conhecimento técnico.” Sobre a Reforma Tributária, o próximo grande projeto que vai mobilizar o Congresso e pode ajudar a destravar a economia, ele é enfático: “Voltar à CPMF é inacreditável”.
Como o senhor vê as propostas de Reforma Tributária que incluem uma nova CPMF?
O Brasil perdeu o bonde da história. Mais de 150 países usam o imposto sobre valor agregado (IVA), que é bastante simples. Você paga sobre o que vendeu, descontado o que seus fornecedores já recolheram. É simples, padrão. Temos um sistema tributário completamente deformado, e isso aparece em diversos indicadores.
As pupilas de Trotsky - MURILO DE ARAGÃO
Caso existissem exames psicotécnicos para políticos, muitos seriam reprovados. A quantidade de líderes alucinados é assustadora. São fáceis de identificar. Os piores são os que deliram na sobriedade. São contidos. Transformam suas ideias tortas em considerações respeitáveis. Eliminam dúvidas com aparente franqueza e sinceridade. Mostram mansidão, todavia, atuam em profundidade. Manipulam os eleitores, a mídia e os companheiros. Não têm escrúpulos. Mentem e acreditam que estão imbuídos da verdade. São implacáveis.
Outros loucos da política são maiores que a vida. São grandiloquentes, expansivos e cheios de si, como Mussolini, que parecia mais talhado para açougueiro ou dono de cantina. Transitando por ideais políticos ao sabor da própria loucura, foi da esquerda à direita. Já Stalin saiu do banditismo e chegou ao genocídio. O albanês Enver Hoxha, herói do PCdoB, gastou milhões que seu país não tinha para construir milhares de casamatas individuais para soldados que o defenderiam de invasões só imaginadas.