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Heitor Férrer diz que violência é resultado da falta de políticas

Deputado Heitor FérrerDeputado Heitor FérrerFoto: Paulo Rocha

 
O deputado Heitor Férrer (SD) apontou, nesta terça-feira (17/04), no primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa, a falta de políticas públicas voltadas para a população mais pobre como a principal causa da violência. Segundo ele, os cearenses menos favorecidos são submetidos a condições degradantes, a começar pela falta de moradia digna. 

“A economia do Ceará cresceu 1% acima do Nordeste. A empresa Latam chegará a 50 voos por dia, com o hub de Fortaleza. Só que esses avanços não capilarizam para a sociedade mais pobre, que tem o gosto de fel na boca. O Ceará que cresce economicamente tem 1,1 milhão de famílias no bolsa família, ou seja, metade da população, 4,5 milhões de habitantes, está na linha de pobreza”, afirmou.  

Para o parlamentar, os ganhos gerados pelo crescimento da economia do Estado só beneficiam os mais abastados. “Os benefícios só crescem para os mesmos. A concentração continua sendo mais perversa ainda. Quem tem mais terá mais e quem tem menos continuará com menos”, afirmou. Ele salientou que a renda média não chega hoje a um salário mínimo.

Em termos regionais, Heitor Férrer destacou que a renda do Ceará só ganha do Pauí, Maranhão e Alagoas. Segundo o deputado, os dados que estabelecem que o Ceará está com economia em crescimento não levam à aplicação de maiores recursos em políticas públicas, que possam melhorar a vida dos mais pobres.

“É uma tragédia. É por isso que temos de exigir dos governos políticas públicas que desmontem esse status quo. Não há como essas pessoas excluídas não descambarem para a violência. A vida sem moradia minimamente digna leva ao desespero, à desesperança e à droga, criando uma sociedade marginal”, pondera.

Heitor Férrer defendeu um estado mais protetor, mas, segundo ele, hoje há omissão dos poderes públicos.

Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (Pros) considerou que as famílias vivem em dois cômodos, com até 12 pessoas. “Elas não estão mas nem pensando em chamar polícia, em caso de necessidade. O traficante ajuda mais que o Estado e a Polícia. Como se falar em valores se a dignidade não existe. Essas condições deveriam ser alvo de estudo de sociólogos”, comentou.

JS/AT

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