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Deputado Carlos Felipe lembra Dia da Consciência Negra

Deputado Carlos FelipeDeputado Carlos FelipeFoto: Edson Júnior Pio

 
O deputado Carlos Felipe (PCdoB) destacou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa desta terça-feira (21/11), o Dia da Consciência Negra, comemorado na última segunda-feira. Ele lembrou que o Ceará foi o primeiro estado do País a libertar os escravos, e por isso é conhecido como Terra da Luz .

O parlamentar assinalou que, no século passado, na cidade mineira de Mariana, o pelourinho, local de castigo de escravos negros, era localizado em uma praça em frente a uma igreja católica e ao lado da estátua da Justiça. “Ou seja, os escravos muitas vezes morriam de apanhar com a inércia da igreja e a complacência da Justiça.” 

Conforme salientou Carlos Felipe, o Ceará foi o primeiro local no País a negar desembarque aos navios negreiros. “Chico da Matilde, conhecido como Dragão do Mar, disse que não iria transportar negros em seu barco. Ele demonstrou que pessoas simples podem mudar a realidade. Ceará é Terra da Luz por um mundo mais justo”, acrescentou.

Apesar de os escravos terem sido libertos há mais de 100 anos, no Brasil, segundo o deputado, os negros ainda recebem 2/3 do salário dos brancos. Eles são também a maior parte das vítimas de assassinatos, reforçou o deputado. “O racismo existe de forma velada no País. Até na grande imprensa vemos jornalista usando expressões racistas como 'isso é coisa de negro'.”  

Carlos Felipe observou que estudo recente apontou que o negro só entrará em equidade com o restante da população em 2089. Ele assinalou ainda que as leis trabalhistas, implantadas pelo “governo golpista, não permitem que terceirizado coma no mesmo restaurante em que trabalha e reduziram a folga de almoço para meia hora . “Aumentou-se jornada de trabalho à exaustão, e a burguesia  não quer que se dê  direitos ao trabalho doméstico”, pontuou.

O deputado revelou ainda que as cotas nas universidades para estudantes das escolas públicas estão corrigindo a distorção social. “Isso não é feito como privilégio, mas para reparar uma injustiça histórica. Para conquistar equidade é preciso dar melhor condição aos egressos do sistema educacional público”, afirmou.

JS/AT

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