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Capitão Wagner cobra esclarecimentos sobre irregularidades apuradas na Sesa

Deputado Capitão WagnerDeputado Capitão WagnerFoto: Máximo Moura

 
O deputado Capitão Wagner (PR) destacou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa desta terça-feira (24/10), operação deflagrada pelo Ministério Público do Estado do Ceará (PMCE) e pelo Ministério Público de Contas junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) que apura fraude na compra de medicamentos e material médico-hospitalar pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa).

Segundo o parlamentar, a investigação, denominada “Operação Medicar”, identificou diversos crimes e irregularidades nas aquisições realizadas pela Sesa de 2015 a 2017, como a troca de materiais, pagamento de fornecedores antes da entrega das mercadorias, recebimento de materiais sem registro nos órgãos de vigilância sanitária e superfaturamento de preços.

Ainda de acordo com o deputado, as investigações apontam para a anuência de servidores da Sesa em algumas dessas irregularidades. Nessa fase da operação, já foram presas duas pessoas, sendo uma delas servidora da Secretaria. “Essas duas pessoas presas têm relação com o Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), que gerencia o sistema de saúde do Estado e que, de 2008 para cá, recebeu dos cofres públicos quase R$ 3 bilhões”, alertou Capitão Wagner.

Para ele, “se os crimes identificados forem confirmados, poderemos ter o maior escândalo de desvio de recursos públicos da história do Ceará, por conta de uma relação promíscua entre a Sesa e o ISGH”.

O deputado defendeu a convocação do titular da Sesa, Henrique Javi, para prestar esclarecimentos sobre a operação na Assembleia. “Temos o dever de chamar o debate desse tema para a Casa, cobrando a responsabilidade do secretário de saúde para vir dar explicações”, argumentou.

Em aparte, o deputado Carlos Matos (PSDB) considerou grave o episódio apresentado, avaliando que ele deve ser apurado minuciosamente.

“É uma questão moral e pontual, que deve ser muito bem apurada, mas levanta uma discussão também para o modelo de gerenciamento do sistema de saúde adotado no Estado”, salientou Carlos Matos.

O deputado Odilon Aguiar (PMB) comentou que é necessário aprofundar o entendimento sobre a operacionalidade do ISGH. “Temos obrigação de pautar esse tema e averiguar os contratos firmados entre esse instituto e a Sesa”, pontuou.

Já o deputado Leonardo Araújo (PMDB) considerou a investigação de “extrema gravidade” e que o Governo do Estado está omitindo informações.

“O Governo do Estado está escondendo informações, como é de praxe, o que é passível de uma investigação do MPCE sobre a conduta do Executivo nessa questão”, destacou o peemedebista.

RG/PN

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