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Heitor Ferrer destaca fraude em compra de medicamentos pela Sesa

Deputado Heitor FérrerDeputado Heitor FérrerFoto: Máximo Moura

 
O deputado Heitor Férrer (PSB) destacou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa desta terça-feira (24/10), os resultados da Operação Medicar, do Ministério Público, que apura fraudes na compra de medicamentos e materiais médico-hospitalares pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa).

De acordo com Heitor Férrer, essa operação pode ter origem nas denúncias que fez em 2010, quando propôs a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o fortalecimento do Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH). “Naquela época, mesmo com o número de assinaturas suficientes, a CPI não foi protocolada”, recordou.

De acordo com o parlamentar, é necessário que os colegas da Assembleia Legislativa formem uma comissão especial, “oficial ou não, para irmos à Sesa e ao ISGH investigar a intimidade desses órgãos e como eles manejam o dinheiro público”.

A operação Medicar apurou, segundo ele, que empresas envolvidas na compra e venda de medicamentos receberam do Estado mais de R$ 48 milhões, entre 2015 e 2017. “Esse valor daria para atender seis meses de exames de pacientes que estão esperando nas portas dos hospitais do Instituto de Saúde do Servidor do Estado (Issec)”, por exemplo. 

Ele reforçou que o papel primordial do Poder Legislativo é fiscalizar as ações do Poder Executivo. “Passarmos incólumes por uma denúncia como essa, como se não fôssemos pagos para fiscalizar isso, é algo muito grave”, afirmou.

Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PSD), lembrou que os parlamentares também solicitaram uma CPI para investigar o narcotráfico no Ceará e outra para investigar as obras do Acquário Ceará. Nenhuma foi instalada.

Para Roberto Mesquita, nem o Governo do Estado nem a Mesa Diretora tem interesse em instalar essas comissões. “Choramos muito pela instalação dessas CPIs, todas com o número de assinaturas suficientes, mas o Governo não quis. Hoje é impossível fiscalizar essas organizações, como o ISGH, quando o poder dos governantes faz a lei ser diminuída e milhões são aplicados de forma duvidosa”, comentou.

PE/PN

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