Agenor Neto lembrou que o processo de construção do Centro de Convenções de Iguatu se iniciou em 2010, na gestão do então presidente da AL, Domingos Filho. O termo aditivo para conclusão da obra, conforme observou, vem sendo solicitado desde 2014, e tem sofrido constantes recusas desde então.

O peemedebista afirmou, inclusive, que a assinatura do termo foi autorizada pelo governador do Estado, Camilo Santana. “Mas foi o nosso secretário de Turismo, Arialdo Pinho, que se recusou a assinar, passando por cima da recomendação do Governo”, disse.

Ele criticou também a Assembleia Legislativa por não ter votado ainda o requerimento. “É um requerimento sobre um convênio que nem envolve dinheiro, então só podemos pensar que é um motivo político. Na votação da semana passada, os deputados até saíram do plenário na hora de votar, inviabilizando o quorum”, exclamou.

Nesse ponto, Agenor Neto agradeceu aos 14 deputados que, na ocasião, votaram a favor do seu requerimento e anunciou que outros cinco parlamentares já anunciaram apoio à solicitação.

O presidente da Casa, deputado Zezinho Albuquerque (PDT), esclareceu que a Casa tem demorado a apreciar determinados requerimentos devido à grande quantidade de solicitações. “Foi um atraso devido à quantidade de proposições que temos que votar. Não iremos colocar a culpa na AL e nem municipalizar esse debate. A AL está aqui para ouvir a todos, e não está contra nenhum município, pois somos representantes do povo e nosso objetivo é fazer com que o Ceará e todos os seus municípios cresçam”, afirmou.                            

Em apartes, os deputados Roberto Mesquita (PSD), Tomaz Holanda (PMDB) e Leonardo Araújo (PMDB) manifestaram apoio à reivindicação de Agenor Neto. Mesquita frisou que a crítica do peemedebista é verdadeira. “Do contrário, a deputada Mirian Sobreira (PDT), a outra representante de Iguatu, estaria aqui fazendo o contraponto”, pontuou.

Tomaz Holanda criticou Arialdo Pinho, afirmando que ele negligencia o turismo cearense em busca de projetos incertos no exterior. “Ele vive viajando às custas dos contribuintes, buscando projetos fora daqui, mas ele erra ao fazer isso. Ele tem que valorizar nosso Estado e ver que o nosso turismo não se limita ao litoral. Iguatu é linda”, afirmou. Leonardo Araujo, por sua vez, afirmou que o secretário de Turismo age com “truculência” ao não assinar o aditivo – “comportamento que aprendeu com os Ferreira Gomes”, alfinetou.

Já o líder do Governo na AL, deputado Evandro Leitão (PDT), ressaltou a importância da vinda do secretário de Turismo ou de um representante à AL, para prestar esclarecimentos sobre o caso.  “Não vamos nos limitar a acusações. Precisamos dialogar para encontrar alguma solução”, disse.

PE/CG