Para Roberto Mesquita, se Lula tivesse admitido ser proprietário de um sítio em Atibaia e de um apartamento tríplex no Guarujá, como sugerem as investigações, ele não estaria precisando mentir continuamente.

O deputado acredita que a população do País está desapontada com o ex-presidente e que perdeu a confiança, após ver notícias de casos de corrupção em que a Petrobras e também a Eletrobrás estariam a serviço de alguns grupos, além dos casos que envolvem os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado. 

Ele acredita que esse cenário gera grande desconfiança e prejuízos também para a economia e para os trabalhadores, que estariam perdendo seus empregos devido ao clima de incertezas na política.

“Estamos chegando a um momento em que o governo da presidente Dilma Rousseff não se sustenta. Ela tem uma história bonita, e não deveria destruir como está fazendo o presidente Lula”, reforçou o deputado.

Roberto Mesquita declarou ainda que acredita que a melhor solução para a presidente seria a renúncia e que, mesmo não achando que o PMDB tenha as melhores características para suceder, é a solução mais viável institucionalmente, já que o vice-presidente foi colocado também pela população.

Em aparte, o deputado Audic Mota (PMDB) enfatizou que os líderes intelectuais do Partido dos Trabalhadores estão justificando as ações contra seus membros afirmando que há um golpe em curso, mas o parlamentar declarou que “o grande golpe já foi dado pelo PT”.

Segundo o deputado, está sendo questionado o modelo de gestão do PT e o maior escândalo de corrupção que envolve o partido. Ele acredita que os líderes do partido perderam a chance de falar francamente, quis enganar a nação e não teria mais como pedir um voto de confiança à população.

Audic Mota afirmou que, caso a presidente Dilma Rousseff não renuncie, será envolvida nesse escândalo. Ele enfatizou também que o texto da Constituição aponta como sucessor o vice-presidente, apesar de alguns políticos criticarem a possibilidade de Michel Temer assumir a Presidência, mas essa seria a única saída democrática.