Busque abaixo o que você precisa!

LULA ARTICULA APOIO DO JUDICIÁRIO E MAIORIA NO LEGISLATIVO PARA GARANTIR SEU PROJETO DE PODER CONGRESSO

Eliane Cantanhêde / O ESTADÃO

 

Enquanto Geraldo Alckmin, Gleisi Hoffmann e Aloizio Mercadante acertam a transição do governo Jair Bolsonaro para o terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, é um alívio ver os símbolos do bolsonarismo ruindo um atrás do outro, como caricaturas borradas e jogadas no lixo da história.

 

Um secretário de Cultura nazista e outro fascinado por armas, os quatro piores ministros da Educação, Roberto Jefferson com fuzis e granadas, Carla Zambelli de pistola em punho pelas ruas, Silvinei Vasques boicotando eleitores lulistas e atiçando bloqueio de estradas, pais e mães arrastando seus filhos para atos golpistas...

 

Lula ignora os fanáticos que não sabem o que é democracia, arregaça as mangas e constrói maioria parlamentar para tocar seu projeto de reconstrução, inclusão social e reinserção do Brasil no mundo.

 

Todos os continentes estão de olho neste Brasil que recomeça agora, com reconhecimento rápido do resultado da eleição e a vinda de Kamala Harris para a posse de Lula, que irá à COP-27 neste mês e ao Fórum Mundial de Davos em janeiro, para recuperar a liderança brasileira na questão ambiental e animar novamente os maiores investidores internacionais no País.

 

Os desafios, porém, são imensos e Judiciário e Congresso serão grandes aliados. O Supremo deverá livrar Lula do ônus político de consertar o orçamento secreto, assim como quebrou o ovo da serpente na internet e nos atos golpistas, driblou ações criminosas na pandemia e resolveu o bloqueio das estradas.

 

Bolsonaro lavou as mãos, o ministro da Justiça calou, a PGR sumiu, a Polícia Rodoviária Federal jogou lenha na fogueira. Quem assumiu o comando? Alexandre de Moraes, com apoio unânime dos demais ministros. A história fará justiça ao “fator Xandão” nesses tempos difíceis e absurdos. E o STF não faltará ao País no novo governo.

 

O Congresso está sendo chamado a aprovar a PEC da Transição, para garantir recursos para as promessas de campanha e projetos caros a Lula: aumento do salário mínimo, R$ 600 para o que nunca deixou de ser o Bolsa Família, mais merenda escolar e Farmácia Popular.

 

Lula está em campo, mas já mandou a Brasília o seu escalão precursor, liderado pelo vice Geraldo Alckmin, ímã para MDB, PSDB, PSD, União Brasil, Cidadania e... o Centrão. Vejam só, o presidente da Câmara, Arthur Lira, é fundamental para Lula, como é, ou foi, para Bolsonaro.

 

As coisas vão bem e o maior desafio é equilibrar recursos para o que é urgente e a responsabilidade fiscal, sem o teto de gastos. Como fechar a conta? Dois mais dois sempre serão quatro e ganhar a eleição é uma coisa, governar é que são elas.

Compartilhar Conteúdo

444