BR Distribuidora termina 2015 com prejuízo de R$ 1,2 bilhão
Subsidiária passou a sofrer a concorrência de importadores com a manutenção do preço da gasolina e o diesel acima do praticado no mercado externo
A BR Distribuidora, considerada pela Petrobrás um dos seus bens mais atrativos entre os que negocia a venda, registrou prejuízo de R$ 1,2 bilhão em 2015. Desde que a Petrobrás decidiu manter os preços da gasolina e do óleo diesel superiores aos praticados no mercado externo, a BR passou a sofrer a concorrência de importadores e perdeu participação de mercado. A empresa ainda é afetada pela retração do comércio de combustíveis no Brasil por conta do desaquecimento da economia.
A manutenção dos preços dos combustíveis em patamares elevados é favorável à contabilidade da Petrobrás controladora, mas prejudica o resultado da sua subsidiária de distribuição. Em 2015, melhoraram as margens da área de Abastecimento da Petrobrás - responsável pelas refinarias que fornecem à BR Distribuidora, informou o gerente-executivo de Relações com Investidores, Lucas Tavares de Mello, em teleconferência com analistas.
No mesmo período, no entanto, o resultado da BR caiu 3,4% no último ano, frente ao lucro de R$ 2,1 bilhões de 2014, por conta do "menor volume de venda", disse o executivo.
De dezembro de 2014 a igual mês do ano passado, a BR perdeu participação de mercado, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). No mercado de gasolina, a queda foi de 28,5% para 27,7%. Já no segmento de óleo diesel, foi de 38,52% para 37,23%. Saíram ganhando a Ipiranga, do Grupo Ultra, e a Raízen, uma parceria da Shell com a Cosan, que expandiram suas participações. A BR ainda decaiu nos mercados de querosene de aviação (QAV) e solventes. O ESTADO DE SP