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A QUEDA DO ÚNICO PILAR QUE RESTOU EM PÉ - FELIPE MIRANDA

Em maior ou menor grau, até aqui a crise brasileira já afetou os negócios, o emprego, a poupança, os investimentos e a aposentadoria de muitas pessoas. Os destinos de viagem foram alterados, a escola dos filhos teve de ser revista, a forma com que sua família faz compras pode ter mudado assim como o local. Talvez você conheça alguém que tenha perdido o emprego. Possivelmente, até mesmo você ou alguém de sua família tenha ficado desempregado. Já parece claro que, em alguma instância, TODO cidadão brasileiro foi afetado pela crise, positiva ou (na maioria esmagadora dos casos) negativamente. Infelizmente, esses são apenas alguns dos desdobramentos iniciais da crise atual, ainda que ela já represente o pior ciclo de crescimento econômico da história republicana brasileira. O que vou lhe mostrar a seguir é que este é apenas o começo da crise. A próxima fase deste processo revelará o seu DESFECHO e vai afetar o que talvez seja o único pilar ainda inabalado: o sistema financeiro.

Mas muito embora a situação seja complexa e o desfecho trágico, o argumento em si é bastante simples: A dívida pública brasileira vem crescendo em ritmo acelerado e já se encontra em patamares superiores àqueles observados para países com nível de renda semelhante. Mais do que isso: essa dívida vai crescer bastante ainda e nossa taxa de juros é a maior do mundo.Ou seja, temos muito juro sobre muita dívida, uma combinação explosiva. Falando de forma simples e clara: sem uma reforma ampla e profunda, a dívida brasileira já não é mais administrável. O gráfico a seguir mostra a evolução da dívida pública brasileira nos últimos anos. Tire suas próprias conclusões:

Terminamos o ano passado com uma dívida pública de R$ 2,79 trilhões, mais do que o dobro da dívida quando o atual governo assumiu o poder, em 2003.

Mais preocupante é a evolução recente dessa dívida: de 2014 para 2015, intervalo de apenas um ano, a dívida pública brasileira cresceu nada menos do que +21,7%. Isso não seria necessariamente um problema se a riqueza acumulada pelo País tivesse crescido na mesma proporção ao longo desse intervalo… Assim teríamos mais dívida, mas, para compensar, maior geração de riqueza e (pelo menos) a mesma capacidade de pagar essa conta.

Não é o caso. Como sabemos, o prognóstico para o PIB é bastante desafiador. Além disso, por conta de compromissos que assumimos pela constituição de 1988, cerca de 90% dos gastos públicos são vinculados, ou seja, não podem ser gerenciados e já estão contratados, independentemente das decisões do governo.

Por fim, o juro sobre a dívida é gigantesco. Não se esqueça: o Brasil é campeão mundial de juros. Este documento lhe mostrará que:

(1) nossa dívida já assumiu uma dinâmica explosiva e ainda vai crescer muito mais;


(2) o juro sobre essa dívida é o maior do mundo e alimenta um efeito bola de neve, tornando-a impagável;


(3) o Brasil está tecnicamente quebrado — uma comprovação algébrica.


Por fim, veremos quais serão as consequências disso tudo. E o que você deve fazer para não quebrar também.

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