O Presidente da Executiva Regional e líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, cumpre uma missão considerada estratégica e importante para a oposição no Ceará: excluir do palanque do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), o apoio de siglas que hoje estão na base política da administração municipal, mas integram o grupo de partidos aliados ao presidente interino Michel Temer. A lista tem PPS, PP, PSD e DEM.

Derrotado nas eleições de 2014 ao Governo do Estado pelos irmãos Cid e Ciro Gomes (PDT), Eunício os tem como inimigos políticos e quer, em uma aliança com o senador Tasso Jereissati (PSDB) e o ex-prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa (PR), unir o maior número de partidos contra os aliados do Governador Camilo Santana (PT) em colégios eleitorais importantes – como Sobral e Fortaleza.

Perto do Palácio do Planalto com articulações diárias junto aos Ministros Eliseu Padilha (Coordenação Política) e das Comunicações, Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, e com caciques nacionais do PMDB, PSD, PP, PSD e DEM, Eunício trabalha com a certeza de que irá excluir do palanque de reeleição do prefeito Roberto Cláudio siglas que hoje estão como aliadas da administração municipal de Fortaleza.

Nessas articulações, surgem componentes que podem fazer os ventos soprarem em direção à articulação deflagrada pelo senador Eunício Oliveira. Uma delas no PSD. O Presidente Nacional do PSD, Gilberto Kassab, teria insatisfações no Ceará porque entregou, em 2014, a sigla aos aliados do então Governador Cid Gomes com a promessa de que receberia apoio para eleger um deputado federal no Ceará.

A promessa não foi cumprida e, hoje, o PSD tem como representante o deputado federal Domingos Neto, que é aliado do Governador Camilo Santana (PT) e do prefeito Roberto Cláudio.

Domingos foi eleito pelo PSB, migrou para o PROS, depois para o PMB e agora está no PSD. Se prevalecer a força nacional a partir das ações de Eunício Oliveira, com a orientação para o PSD migrar para a oposição a Roberto Cláudio, não será surpresa.

O DEM é comandado pelo primeiro suplente do senador Tasso Jereissati, Chiquinho Feitosa, que, em Brasília, é aliado de primeira linha do PMDB e do Governo Michel Temer. O PP é dirigido pelo deputado federal Adail Carneiro que, na votação do impeachment, traiu Camilo Santana, Cid e Ciro.

O voto de Adail o garantiu, pelas mãos do senador e presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, o Diretório Regional do Partido Progressista. Adail perdeu temporariamente o comando do PP na Justiça para os irmãos Ferreira Gomes, mas a briga está na Justiça Federal em Brasília. Os aliados de Eunício Oliveira escrevem: Adail volta a comandar o PP no Ceará e estará no palanque da oposição.

Sob a direção do deputado federal Roberto Freire, o PPS é sintonizado com o PSDB de São Paulo, ligado ao senador e Ministro José Serra, e aliado do Governo de Michel Temer. No Ceará, o PPS é dirigido pelo empresário Alexandre Pereira e está presente, com cargos, nos Governos Estadual e Municipal de Fortaleza.

O senador Eunício Oliveira trabalha nesse cenário e se movimenta nos bastidores políticos para redirecionar os rumos do PPS, PP, DEM e PSD na sucessão em Fortaleza. Na corrida pela Prefeitura de Fortaleza, Eunício tem desestimulado o PMDB a apresentar candidato a prefeito e poderá compor uma aliança com o PR e PSDB em apoio à pré-candidatura do Capitão Wagner e indicar o nome do vice. Eunício tem dois nomes para vice do Capitão Wagner: o atual vice Gaudêncio Lucena e do sobrinho e deputado estadual Daniel Oliveira. CEARA AGORAR