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Lula dribla no JN pergunta sobre corrupção, admite erros de Dilma e enaltece Alckmin

SÃO PAULO

ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) buscou driblar as perguntas sobre como evitará corrupção no país caso seja reeleito e admitiu ter havido corrupção na Petrobras em governo petista.

Líder nas pesquisas de intenção de voto, ele participa de sabatina nesta quinta-feira (25) ao Jornal Nacional, da TV Globo.

O petista também admitiu erros do governo Dilma Rousseff (PT) na economia, enalteceu seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), e fez críticas a sigilos decretados no governo Jair Bolsonaro (PL) e à ação do procurador-geral da República, Augusto Aras, chamado por ele de "engavetador".

"Você não pode dizer que não houve corrupção se as pessoas confessaram", disse Lula, em relação a escândalos na Petrobras em governos petistas. Ele não respondeu de forma clara quais seriam suas propostas para evitar que esse tipo de caso volte a acontecer em nova gestão.

Questionado sobre a corrupção, Lula insistiu em dizer que só surge corrupção em governo que permite a investigação.

Lula disse que Dilma é uma das pessoas por quem mais ele tem respeito, mas que houve endividamento para manter as políticas sociais e desemprego e que a gestão dela "cometeu equívoco na questão da gasolina".

Apesar disso, ele defendeu Dilma e culpou os presidentes do Legislativo na época por parte das dificuldades econômicas que Dilma enfrentou durante seu mandato.

Lula foi o terceiro candidato à Presidência entrevistado pelos apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos.

Na segunda-feira (22), o JN sabatinou Bolsonaro, que mentiu sobre STF e pandemia e impôs condições para aceitar os resultados das eleições.

Na terça-feira (23), foi a vez de Ciro Gomes (PDT). Ele atacou o que chamou de "polarização odienta" protagonizada por seus dois principais rivais na disputa, Lula e Bolsonaro, e prometeu criar uma "lei antiganância".

A última entrevista que Lula concedeu enquanto candidato ao Jornal Nacional foi no pleito de 2006. Na época o petista enfrentava o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), que será seu vice na chapa deste ano.

"Hoje iremos juntos até lá", escreveu Lula nas redes na manhã desta quinta (25). E Alckmin respondeu: "E hoje estarei lá ao seu lado. Pela democracia, pela paz e pelo Brasil! Vamos juntos".

O perfil do PT no Twitter compartilhou o momento da chegada de Lula na Globo por volta das 19h30.

Mais cedo nesta quinta (25), circulou em grupos de WhatsApp criados pela campanha do petista um flyer com dicas de como os apoiadores do petista poderiam ajudar "a espalhar a palavra de Lula no Jornal Nacional".

"Publique nas redes fotos assistindo ao JN, sempre usando a hashtag #LulaNoJN", "relembre feitos positivos dos governos de Lula e Dilma", "fale sobre novos projetos de Lula" e "compartilhe os motivos que levam você a votar no Lula" eram algumas das recomendações.

À tarde, Lula compartilhou foto em suas redes sociais antes de sua participação na sabatina. "Gostaram da gravata? #LulaNoJN", escreveu o petista.

 

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